Ao anoitecer, milhares de mentes sussurram em silêncio, vago e envergonhado, os milhares de desejos que são libertados pelo fervor das doze badaladas. As superstições, os vários rituais tradicionais, os fogos-de-artifício, as cores, alimentam a esperança, afinal é no espaço de uma noite para o dia que nascem mais 365 novas oportunidades. É neste período de viragem que se faz o balanço das experiências desde o distanciamento ao isolamento, das várias aprendizagens como por exemplo: o não tomar nada como garantido, o valorizar um olhar de amor, um gesto de carinho, e sobretudo, refletir sobre o nosso caminho de felicidade e concretização. São apenas alguns exemplos que permitem estabelecer novas metas e desafios para continuar a trilhar o longo caminho da vida.
Nesta busca do autoconhecimento a Hipnose Clínica torna-se uma forte aliada enquanto terapia de desenvolvimento pessoal. Inicialmente, a terapêutica oferece um olhar atento sobre as sombras e crenças limitadoras que lhe causam o depauperamento das suas potencialidades. Seguidamente, é trabalhada a aceitação, a compreensão e a libertação das experiências negativas através das mais variadas técnicas de ressignificação e de reeducação comportamental. A objetivação e clarificação das preferências, objetivos e sonhos torna-se fundamental não só na recuperação e libertação da auto estima, mas também na consolidação de um novo autoconceito.
Em jeito de conclusão, embora a magnificência dos festejos das doze badaladas animem a busca pela utopia das 365 novas oportunidades, o novo ano só existirá se existir em si mesmo uma mudança – um novo “eu”.
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar” – Eduardo Galeano.
Sara Morais
Hipnoterapeuta