Cerca de dois terços dos professores
contratados com menos de cinco anos de serviço não realizaram a prova de
avaliação para a qual estavam inscritos no distrito de Viseu, informou o
dirigente da Fenprof, Francisco Almeida.
“Estavam inscritos cerca de 800 professores para realizar a prova de
hoje, mas cerca de 2/3 não a fizeram devido à greve dos professores que
iriam estar a vigiar”, avançou.
No distrito de Viseu as provas iriam realizar-se em quatro escolas: três na cidade de Viseu e uma no concelho de Vouzela.
De acordo com Francisco Almeida, não se realizaram provas no
Agrupamento de Escolas do Viso, Agrupamento de Escolas Viseu Sul e na
EBI de Vouzela.
No Agrupamento de Escolas de Escolas Viseu Sul – ao qual pertence a
Escola Infante D. Henrique onde se concentraram durante a manhã de hoje
alguns professores que empunharam cartazes contra as provas – “só um dos
200 professores convocados para vigiar não fez greve”.
O Agrupamento de Escolas do Viso “teve dois professores que furaram a
greve” e na Escola EBI de Vouzela “a greve foi a 100 por cento”.
De acordo com o sindicalista, só na Escola Secundária Alves Martins os professores contratados prestaram prova.
“Apesar da forte adesão à greve naquela escola, realizaram-se provas”, acrescentou.
À entrada da Escola Infante D. Henrique, a professora contratada Gorete Lopes congratulou-se por não ter de realizar a prova.
“Agradeço muito aos professores que iam vigiar a prova e fizeram
greve. Esta prova significa que estão a gozar connosco”, apontou.
Na opinião da docente, quem deveria prestar prova é quem pertence ao
Ministério da educação, “para se saber se estão aptos para liderar o
ministério”.
Também a professora contratada Cláudia Lemos manifestou-se satisfeita
pela greve dos colegas de profissão, que evitaram “mais este
desrespeito”.
De acordo com números do IAVE, fornecidos depois de ter sido
concedida a possibilidade de dispensa da prova a professores contratados
com cinco anos de serviço, há aproximadamente 13.500 candidatos
inscritos para realizar a PACC, pouco mais de um terço dos 37 mil
candidatos avançados pelo ministério antes do acordo com a UGT, o que
deixa subentender o pedido de dispensa requerido por cerca de 23.500
professores.
fonte: Lusa//CMM // CC.