São 121 famílias, que constituem pelo menos 281 pessoas, a viver em casa sem condições, 15 pelo menos nas suas habitações em várias localidades do Concelho, 27 em núcleos precários e 28 com carências várias de alojamento condigno. A esta realidade acresce a necessidade de construção ou reabilitação de pelo menos 50 habitações, numa fase inicial, para fixar e atrair jovens casais, com idades entre os 20 e os 34 anos preferencialmente.
Para resolver o problema, a Câmara de Nelas vai discutir e votar na próxima reunião de Câmara da próxima quarta- feira, a Estratégia Local de Habitação gizada pelo Executivo e pelo Presidente da Câmara Municipal.
Prevê-se um investimento de quase 9 milhões de euros nos próximos quatro anos com o apoio estatal do “1º Direito” – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação (Decreto Lei 37/2018, de 4 de Junho e Portaria 230/2018 de 17 de Agosto), bem como no acesso ao Programa de Habitação a Custos Controlados.
A ideia destes Programas é, nos 50 anos do 25 de Abril – em 2024 – não ter ninguém em Portugal, a viver em habitação que não seja digna. A Câmara de Nelas já fez o seu diagnóstico e tem tudo pronto para submeter a candidatura, assim a mesma seja aprovada em reunião de Câmara e na Assembleia Municipal a realizar logo de seguida.
A par destes Projetos e Candidatura, a Câmara de Nelas vai começar em breve as obras de requalificação de todas as 47 habitações sociais já existentes (Figueira Velha, Bairro Dr, Augusto Rosado, Póvoa de Luzianes, Fiais e Canas de Senhorim), no âmbito de uma Candidatura de eficiência energética aprovada no Centro 2020, no valor de 450,000€.
A Câmara, no âmbito da Estratégia Local de Habitação e Construção de Habitação a Custos Controlados, vem adquirindo já terrenos junto à conhecida Quinta dos Bigote (e ao arruamento que dá acesso ao Novo Quartel dos Bombeiros de Nelas) para resolução do problema de habitação indigna dos núcleos precários, negociando terrenos junto ao Bairro de Santa Luzia para construção de apartamentos não destinados a residentes em núcleos precários ou acampamentos e disponibilizando ainda imóveis seus para reabilitação para esse fim (por exemplo no antigo Edifício da EDP, no Folhadal junto à Igreja da Sra. da Tosse e em Vila Ruiva).