Início » Tag Archives: Linha da Beira Alta

Tag Archives: Linha da Beira Alta

Nelas – Linha da Beira Alta faz 143 anos e Movimento Cívico quer a reabertura com brevidade

A Linha da Beira Alta celebrou neste domingo 143 anos,  foi inaugurada a 3 de agosto de 1882. Esta foi a primeira linha ferroviária internacional a ligar Portugal à Europa Central, desempenhando um importante papel económico e estratégico na exportação e transporte de mercadorias e passageiros.

Face às obras de modernização, que de certo vai tornar a Linha da Beira Alta mais confortável, a reabertura tem sido a espaço, numa fase inicial até Celorico da Beira, depois reabriu até Mangualde e agora falta que reabra na totalidade para poder ser usada pela comunidade diariamente
Desde abril de 2022, está parcialmente encerrada devido a obras profundas de modernização, tendo sido sucessivamente adiada a sua reabertura integral.

Há mais de três anos que populações e empresas da região da Beira Alta estão privados de um serviço ferroviário fundamental ao desenvolvimento desta região, com impacto na mobilidade, no acesso a serviços essenciais (saúde, educação, justiça), na qualidade de vida, no turismo, e ainda com prejuízos económicos e sociais para a população que aqui vive e trabalha e para as pequenas e médias empresas que aqui se instalaram, para além do impacto ambiental que se agravou com o desvio de passageiros e mercadorias para a rodovia.

Os sucessivos adiamentos da reabertura da Linha da Beira Alta têm tido um impacto profundo na região centro interior, uma zona já marcada pelo isolamento e envelhecimento da população, agravando-se a fixação de novos residentes e a captação de investimento.

Depois de várias promessas do atual ministro da infraestruturas e habitação, várias associações e movimentos da sociedade civil , com a presença da Deputada da Assembleia da Republica, Aida Carvalho, se reuniram na Estação de Nelas manifestando um profundo descontentamento e preocupação com a atitude do atual governo.

Fotos:AC

Comunicado – Movimento cívico exige reabertura imediata da Linha da Beira Alta

Vários cidadãos e associações da região irão organizar, no dia 3 de agosto, pelas 14h00, uma concentração na estação ferroviária de Nelas para exigir a reabertura integral da Linha da Beira Alta. A iniciativa, que coincide com o 143.º aniversário da histórica infraestrutura ferroviária, decorre sob o lema ‘’Beira Alta na Linha, já!”.

Em comunicado, 0 Movimento cívico refere:” Desde 19 de abril de 2022 que a principal ligação ferroviária da região da Beira Alta está cortada. O que começou como uma prometida intervenção de nove meses, com Pedro Nuno Santos na tutela, transformou-se numa saga de sucessivos adiamentos, justificações frágeis e promessas quebradas — com Pedro Nuno Santos, João Galamba e, mais recentemente, Miguel Pinto Luz a repetir o mesmo padrão: prazos por cumprir e uma região, mais uma vez, ignorada.
À data, somam-se cerca de 40 meses de encerramento, um número absurdo que, imagine-se, ultrapassa o tempo que demorou a construir toda a linha no século XIX!
Este encerramento tem tido um impacto profundo na região centro interior, uma zona já marcada pelo isolamento e envelhecimento da população, Destacando-se:
● a perda da mobilidade da população, com impacto no acesso aos principais centros urbanos e serviços essenciais (saúde, educação, justiça) e perda da qualidade de vida;
● os prejuízos económicos e sociais para a população que aqui vive e trabalha e para as pequenas e médias empresas que aqui se instalaram;
● a dificuldade de fixação de novos residentes e captação de investimento;
● a redução das exportações e importações via ferrovia, nomeadamente no eixo logístico Pampilhosa–Vilar Formoso;
● o impacto ambiental agravado, com o desvio de passageiros e mercadorias para a rodovia.
Para além disso, a ausência de transportes públicos eficazes durante o encerramento da linha, bem como a falta de comunicação e de transparência por parte da tutela, e a falta de envolvimento das comunidades nesta intervenção, agravou o sentimento de abandono e de desconfiança da população pelas instituições e discurso político.
A Linha da Beira Alta é uma infraestrutura estratégica para a região e liga o país à Europa, o interior ao litoral. É um instrumento de coesão social e territorial, um símbolo de justiça territorial e um pilar de desenvolvimento sustentável.

Por isso mesmo, exigimos:
● Respostas claras da tutela, com um cronograma de intervenção público, transparente e fiscalizável;
● Um compromisso sério com garantias políticas e técnicas que respeitem as populações;
● Responsabilização pelos atrasos acumulados e pelos danos causados;
● Medidas concretas de compensação e recuperação do serviço ferroviário regional, bem como um compromisso de estabelecimento de ligações de acesso às principais localidades (através de transporte complementar).
A Linha da Beira Alta é um direito de ligação entre pessoas, territórios e oportunidades ,é um instrumento de desenvolvimento regional e nacional.
Não aceitamos mais silêncio, mais promessas vagas, nem mais comunicados sem consequências.
O Futuro do interior passa pela Ferrovia”.

Comboio volta a circular no troço entre Celorico da Beira e Vilar Formoso

A Infrestruturas de Portugal (IP) informou que na próxima segunda-feira, dia 25 de novembro, será reposto o serviço de passageiros no troço entre Celorico da Beira e Vilar Formoso da Linha da Beira Alta. A reabertura desta ligação decorre da fase mais avançada de execução das empreitadas de modernização desta Linha entre Celorico da Beira e Guarda, que permitirá assegurar desde já a reposição da circulação de comboios, com maiores níveis de qualidade, conforto e segurança ao serviço dos utilizadores do transporte ferroviário de passageiros. Os horários atualizados estarão disponíveis nas estações, apeadeiros e locais de paragem do serviço alternativo de transporte rodoviário e nos sites :Infraestruturas de Portugal: https://servicos.infraestruturasdeportugal.pt/ e  CP – Comboios de Portugal: https://www.cp.pt/passageiros/pt
A IP informou ainda que devido à extensão, características específicas e complexidade técnica dos trabalhos ainda em curso, no troço entre Pampilhosa e Celorico da Beira, existe a necessidade de manter interdita a circulação ferroviária neste troço nos próximos meses. Por forma a minimizar os impactos negativos decorrentes deste constrangimento, vão continuar a ser assegurados transportes rodoviários alternativos existentes entre Coimbra e Guarda.

Linha da Beira Alta encerra já segunda -feira dia 19

A Linha da Beira Alta irá encerrar para obras de modernização, a partir do dia 19 de abril. A Infraestruturas de Portugal (IP) está a cargo da obra, apontando uma duração de 9 meses para a requalificação do troço ferroviário.

O troço da Pampilhosa a Vilar Formoso, no qual a cidade de Gouveia se insere nas viagens dos comboios regionais estará interdito, dado que, sem o encerrar da linha, as empreitadas iriam prolongar-se por vários anos, com penalizações muito acentuadas sobre a fiabilidade e qualidade do serviço.

Em colaboração com as autarquias e com os Comboios de Portugal, a IP tem vindo a trabalhar num plano alternativo de transporte, sendo o serviço ferroviário substituído pelo transporte de passageiros através de autocarros.
As obras de modernização vêm melhorar significativamente as condições de transporte e segurança de passageiros e mercadorias que utilizam esta infraestrutura, dado que seria impraticável executar as obras mantendo a circulação ferroviária, mesmo que de forma condicionada.

Entre o aumento da capacidade de comboios, o reforço da segurança e a instalação de equipamentos de controlo modernos, a modernização integral da Linha da Beira Alta permitirá um transporte ferroviário mais eficiente ao nível regional — e até mesmo internacional.

O investimento total da beneficiação da infraestrutura ronda os 500 milhões de euros. A Linha da Beira Alta retoma serviço no início de 2023. Assim vai haver alternativa de autocarro.

Linha da Beira alta encerra 9 meses mas há plano alternativo de transporte rodoviário

Encerramento da linha a partir do dia 19 de abril (inclusive), por um período estimado de 9 meses
De forma a minimizar os impactos nos Clientes afetados pela indisponibilidade temporária do serviço ferroviário decorrente deste constrangimento, a IP tem vindo a trabalhar, em estreita colaboração com a Comboios de Portugal (CP), para disponibilizar um plano alternativo de transporte rodoviário.
Assim e tendo presente as características e duração desta interdição, este plano teve base os fluxos de passageiros, ponderando as múltiplas Origens e Destinos, visando assegurar os horários e paragens que garantam a devida resposta às necessidades de mobilidade da região.
Nesse sentido, todos os comboios do atual horário vão ter um serviço rodoviário alternativo, indicando-se na imagem da publicação os locais onde será efetuado o embarque e desembarque de passageiros.
Em Fornos de Algodres o local de paragem de autocarro para o transbordo para dos comboios Intercidades e Regionais será o Largo da Estação.
A modernização integral da Linha da Beira Alta, integrada no Corredor Internacional Norte, reveste-se de elevada importância na requalificação em curso da Rede Ferroviária Nacional, disponibilizando às empresas e passageiros um transporte ferroviário mais eficiente nas ligações ferroviárias inter-regionais, bem como na ligação a Espanha e restantes países europeus, permitindo um serviço com maior qualidade, conforto, segurança e ambientalmente sustentável, com as seguintes mais-valias:
– Aumento da capacidade (permite duplicar o numero de comboios atual e a circulação de comboios de mercadorias até 750 m, aumentando em 26%, o número de toneladas/ano transportados);
– Melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade dos passageiros, através da remodelação das diversas Estações e Apeadeiros, incluindo o alteamento, alargamento e o prolongamento de plataformas;
– Reforço da fiabilidade de exploração, com melhoria dos tempos de percurso;
– Reforço da segurança;
– Dotação da infraestrutura ferroviária com equipamentos de controlo modernos, assim como com sistemas de sinalização e telecomunicações que cumpram os requisitos de interoperabilidade;
– Requalificação e supressão de várias Passagens de Nível;
– Reforço da segurança nos atravessamentos das estações;
– Redução de emissões, até 2046, em mais de 120 milhões de tonCO2eq.