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Casas para vender ou arrendar: só 1 em cada 3 tem ar condicionado

Apesar de estarmos em pleno verão e os termómetros do país já terem registado temperaturas elevadas, apenas 30% das casas em Portugal têm sistema de ar condicionado, segundo uma análise realizada pelo idealista, o marketplace imobiliário de Portugal. Para obter estes dados, o idealista analisou mais de 200 mil casas à venda e em arrendamento anunciadas na sua base de dados em junho de 2024.

Faro e Viseu são as cidades que apresentam mais casas com ar condicionado anunciadas para venda e arrendamento 50% e 40%, respetivamente, seguindo-se na lista Braga (38%), Aveiro (34%), Lisboa (33%), Leiria (30%), Funchal (29%), Porto (29%), Évora (25%), Coimbra (24%) e Setúbal (23%).

Em sentido contrário encontram-se Vila Real (12%) e Guarda (14%), que são as cidades portuguesas com menos casas anunciadas para venda e arrendamento equipadas com A/C. Seguem-se Santarém (17%), Castelo Branco (19%) e Viana do Castelo (21%).

Casas com ar condicionado: quais as diferenças entre venda e arrendamento?

No parque habitacional português a diferença entre as casas climatizadas à venda e para arrendar é significativa, ganhando vantagem de 6 pontos percentuais o arrendamento. Das casas disponíveis para arrendar, 35% conta com esta comodidade, enquanto as casas que se encontram à venda 29% têm ar condicionado.

No entanto, há cidades onde a oferta de casas à venda com ar condicionado supera o número de habitações colocadas no mercado de arrendamento com este sistema. Cerca de 17% das casas para arrendar em Leiria dispõem de ar condicionado, já para comprar são 30%. O mesmo acontece em Coimbra (arrendamento: 20%; venda: 24%), Santarém (arrendamento: 14%; venda: 18%), Castelo Branco (arrendamento: 17%; venda: 19%), Braga (arrendamento: 37%; venda: 38%) e Aveiro (arrendamento:33%; venda: 34%).

Por outro lado, 40% das casas para arrendar na Guarda dispõem de sistema de climatização, enquanto à venda apenas 12% contam com esse extra. Em Vila Real a situação é idêntica, existem mais casas para arrendar com ar condicionado (29%) do que para comprar (10%). O mesmo acontece em Évora (arrendamento: 35%; venda: 22%), Lisboa (arrendamento: 41%; venda: 31%), Viana do Castelo (arrendamento: 29%; venda: 20%), Porto (arrendamento: 36%; venda: 28%), Setúbal (arrendamento: 26%; venda: 23%), Funchal (arrendamento: 31%; venda: 29%), Viseu (arrendamento:41%; venda: 40%) e Faro (arrendamento: 51%; venda: 50%).

Por:RM-Idealista

Foto:DR

Estudo:Espaço, espaço, espaço… o fator que está a fazer subir os preços das casas na pandemia

Procura por casas com mais espaço, interior e exterior, está a impactar a evolução dos custos dos imóveis residenciais, segundo uma análise do idealista.

Os preços das casas, ainda que menos do que em anos anteriores, continuaram a aumentar em 2020, em termos médios, no país – e a tendência de subida deverá manter-se este ano. E o que explica este fenómeno num contexto de crise económica gerada pela Covid-19? A pandemia e os confinamentos trouxeram novas necessidades em termos habitacionais, gerando um aumento da procura por casas com mais espaço, interior e exterior. E o espaço é exatamente o fator que mais impacto está a ter na evolução dos custos dos imóveis residenciais, tal como mostra a análise do idealista.

As penthouses têm sido as “rainhas” deste período em que se identificaram novas prioridades habitacionais, tornando-se 9,3% mais caras num ano. O preço por metro/quadrado (m2) das coberturas passou de 3.121 euros em dezembro de 2019 para 3.411 euros no final de 2020, evidenciando o interesse pelo tipo de comodidades que costumam oferecer estes apartamentos: boa divisão de espaços – permitindo melhor conciliação familiar com teletrabalho; terraços e vistas desafogadas.

Mas não só. Ao analisar os dados fornecidos pelo idealista/data (com base nos anúncios de imóveis residenciais à venda publicados no portal em 2020), pode constatar-se que o preço dos apartamentos em geral com terraço, moradias e quintas também aumentou – mais uma vez, trata-se de tipologias que se distinguem por terem mais espaços ao ar livre e jardins, que funcionam como balões de oxigénio, e que se têm revelados fundamentais durante o confinamento – novamente prolongado em Portugal.

Os apartamentos com terraço tornaram-se 7,3% mais caros num ano, passando de 2.549 euros para 2.734 euros por m2. Nas moradias, o mesmo cenário, registando-se uma variação anual de 7%, com o preço do m2 a passar de 1.457 euros por m2 em dezembro de 2019 para 1.559 euros por m2 em dezembro de 2020. As quintas também ficaram 6,2% mais caras, com o preço do m2 a subir de 1.339 para 1.422 euros por m2. Um comportamento que se mostra alinhado com as novas tendências de mercado, tal como pudemos constatar neste artigo do idealista/news sobre as as casas mais procuradas em tempos de pandemia.

“Desde o início da pandemia, percebemos que os preços no mercado residencial de venda não baixaram, pelo contrário, de um modo geral, subiram ligeiramente. A procura por imóveis com mais espaço, seja inteiro ou interior, aumentou consideravelmente, e os preços seguiram essa tendência crescente, especialmente quando analisamos imóveis com características específicas, como terraços e jardim. Analisar a procura é essencial para perceber as variações na oferta”, aponta Inês Campaniço, responsável do idealista/data em Portugal.

Os preços subiram na generalidade das tipologias, mas há um dado curioso, que importa destacar. O valor por m2 subiu, num ano, cerca de 4,9% nos apartamentos sem quartos (T0), de 3.680 para 3.860 euros por m2. Em muitos dos casos este tipo de casas corresponde a lofts e casas em openspace, uma tipologia cada vez mais procurada por millennials e, nacionais e estrangeiros, bem como por altos quadros de profissionais que vêm trabalhar para Portugal, sem família, por exemplo, e que estão à procura de um espaço deste tipo para ficar durante períodos mais curtos de tempo e que podem explicar esta tendência. Não são necessariamente espaços pequenos, mas produtos “trendy”e bem localizados.

Os apartamentos com 4 ou mais quartos foram os únicos a registar uma quebra de preço. O valor por m2 caiu 0,4%, de 2.904 para 2.893 euros, algo que poderá estar relacionado com o próprio perfil de compradores deste tipo de casas, que dará preferência, neste caso, às moradias – tendo em conta que poderá beneficiar de áreas relativamente iguais, com vários quartos, mas com o benefício de ter um jardim ou espaço ao ar livre.

Os dados fornecidos pelo idealista/data revelam ainda uma outra diferença, particularmente interessante, no que às subidas de preços diz respeito. Os apartamentos com jardim mas sem piscina viram o preço por m2 subir mais que os apartamentos com jardim e piscina: no primeiro caso, os valores subiram 5,6%, (de 2.125 para 2.245 euros por m2) e, no segundo, 2,7% (de 2.987 para 2.977 euros por m2). Uma tendência que estará relacionada com o facto de uma casa com piscina significar mais custos de manutenção, no futuro, que uma casa só com jardim e espaço ao ar livre.

Por:Idealista