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Religião

Avisos e Liturgia do XXX Domingo do Tempo Comum – ano B

O SALTO SUPLICANTE E CRENTE

Neste Domingo, o texto evangélico apresenta-nos o último acontecimento da viagem de Jesus para Jerusalém, encontrando-se com um cego que pedia “esmola à beira do caminho”. O profeta Jeremias anuncia um Deus que liberta e salva o seu povo, e convida o povo a louvá-Lo com brados de alegria. Em Jesus, o sumo sacerdote que se oferece para nos libertar e salvar, esta atitude de Deus será ainda mais credível e visível. “O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo”. Mas, a este povo que chama, espera o momento para, como a Bartimeu, lhe abrir os olhos, o libertar e o salvar. As leituras bíblicas deste Domingo convidam-nos a rever (voltar a ver com o coração) as coisas boas que o Senhor nos concedeu e fez em nós. É um convite ao louvor e a acção de graças. Esta deve ser uma postura perseverante em nós. Todos os dias, devemos agradecer ao Senhor o dom da vida e o facto de não nos abandonar. Podemos ver, no evangelho deste Domingo, duas maneiras de proceder dos discípulos. Quando o pobre cego começa a gritar por Jesus, o evangelista diz que “muitos repreendiam-no para que se calasse”. Mas, quando Jesus lhe dá atenção, dizem: “Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te”. Estas duas reacções tão imediatas levam-nos a pensar que os discípulos eram um pouco inconstantes. Mas, nós também somos assim. Em casa, no trabalho, na paróquia, com os amigos…muitas vezes, reagimos em função dos medos ou interesses. Também nós nos enganamos, nos precipitamos e prejudicamos os outros, originando danos a algumas pessoas, que se sentem vítimas das nossas precipitações, sendo incapazes, depois, de se concentrarem no mais importante. Apesar disto, Deus continua a agir, acima de todas as nossas desavenças. Ao pedido ambicioso de Tiago e João, de se sentarem com Jesus na glória, como recordamos do Domingo passado, segue-se o pedido insistente de Bartimeu, que pede a Jesus que tenha compaixão dele. Apesar da oposição daqueles que o mandam calar, ele insiste no seu desejo de cura. E as palavras de Jesus, além da cura física, abrem-lhe os olhos à luz de Deus, para que, abertos, possa seguir “Jesus pelo caminho”. A fé humilde e perseverante do cego permite que Jesus faça mais um sinal da salvação que veio realizar neste mundo. Assim, revela aos discípulos a forma como deseja conduzi-los: que se deixem transformar por Ele, que é o único que conduz à luz de Deus. Seguir Jesus é converter-se em seu discípulo, renunciando à glória do mundo e aceitando o sofrimento que resulta desta renúncia: carregar com a cruz e seguir Jesus (cf. Mc 8,34). Jesus é o exemplo desta renúncia: não atribuiu a si a glória de ser sumo sacerdote, mas cumpriu a vontade de seu Pai (2ª leitura). Pelos seus padecimentos e pela sua morte, conduziu a humanidade “às águas correntes, por caminho plano em que não tropecem” (1ª leitura). Em cada Domingo, tenhamos a coragem de Bartimeu: “O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus”. Levantemo-nos e sigamos Jesus pelo caminho. Reconheçamos que, por vezes, o nosso olhar para os nossos irmãos e para o mundo é muito limitado. Procuremos descobrir no rosto da assembleia dominical suplicante um reflexo da luz de Deus e acolher a presença de Cristo que Se transfigura diante de nós, oferecendo-se na sua Palavra e na Eucaristia. para nos transmitir uma Palavra de Vida que nos ajude a revelar e a investir a beleza que temos no mais profundo do nosso ser.

27-10-2024

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Leitura Espiritual

«Senhor, que eu veja»

Em ti, ó Deus vivente, o meu coração e a minha carne estremeceram e a minha alma se alegrou em ti, minha salvação verdadeira (Sl 83,3). Quando Te verão os meus olhos, Deus dos deuses, meu Deus? Deus do meu coração, quando me alegrarás com a visão da doçura da Tua face? Quando preencherás o desejo da minha alma pela manifestação da Tua glória? Meu Deus, Tu és a minha herança, escolhida entre todos, minha força e minha glória! Quando entrarei no Teu poder para ver a Tua força e a Tua glória? Quando então, em vez do espírito de tristeza, me revestirás do manto de louvor (Is 61,10) para que, unida aos anjos, todos os meus membros Te ofereçam um sacrifício de aclamação (Sl 26,6)? Deus da minha vida, quando entrarei no tabernáculo da Tua glória, a fim de cantar em presença de todos os santos e proclamar de alma e coração que as Tuas misericórdias por mim foram magníficas (Sl 70,16)? Quando se quebrará o fio desta morte, para que a minha alma possa ver-Te sem intermediários? (Gn 19,19) Quem se saciará à vista da Tua claridade? Como poderá o olho bastar para ver e o ouvido para ouvir na admiração da glória da Tua face? (Santa Gertrudes de Helfta, 1256-1301, monja beneditina, Exercícios, n°6).

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Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

Avisos e Liturgia do XXIX Domingo do Tempo Comum – ano B

A SALVAÇÃO ACOLHE-SE

O “PELOURO” DO PODER GENUÍNO “Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem, para os que esperam na sua bondade”. Esta afirmação de fé, que proclama o salmista, não brota do catecismo, nem de uma alocução do magistério, mas de uma experiência de vida. Ele sabe que quem procura a Deus, com um coração sincero, sente a Sua proximidade. Estas verdades que nasceram da experiência de milhares de crentes que nos antecederam, têm um sabor e uma importância singulares, que devemos valorizar. Deus olha-nos e considera-nos como seus amigos. Todos sabemos que estamos sob o olhar atento de Deus. Mas, o que nos diz a Sagrada Escritura está muito longe, do que, geralmente, pensamos. Nos antigos retábulos de talha dourada, encontramos, por vezes, a imagem de um olho que tudo vê. No texto evangélico deste Domingo, é dito que dois amigos de Jesus tudo fazem para subir na vida, para se fazerem a lugares de honra e de prestígio; e os outros seus companheiros ficam invejosos, por eles se terem antecipado. Este é um dos pecados mais repugnantes da fraqueza humana. Deus não nos olha para nos repreender nem para nos condenar, nem para nos afastar da sua presença. Deus não condena, mas une, congrega. De facto, o evangelista diz que, perante o clima tenso gerado, “Jesus chamou-os”, ou seja, juntou-os à sua volta. Deus não se surpreende com o calibre dos nossos pecados. Ele vê-nos a experimentar o pecado; certamente, não gostará da nossa falta de amor e de honestidade. Mas, não nos rejeita.

Quando gostamos de alguém, depois de ter passado o momento da paixão e do encantamento, segue-se uma outra fase em que se descobrem os defeitos e as incapacidades.

Por vezes, ficamos surpreendidos que alguém ame uma pessoa, a qual não apreciamos. Porém, quando se ama alguém, não se valoriza o mal do outro, mas valoriza-se o que tem de bom. Pode, até, o bom ser muito pouco, mas é de uma qualidade suficiente que vale a pena partilhar a vida com essa pessoa. Porquê? Porque o amor verdadeiro não desilude ninguém; nem Deus. Ele olha-nos com amor. Por isso, não se importa de se fazer homem e de sofrer a cruz como profetizou Isaías: “Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento…O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades”. A carta aos Hebreus diz-nos que somos felizes, porque o sumo sacerdote (Jesus) é incapaz de não se compadecer de nós. Ele vê-nos, cuida de nós, conhece-nos muito bem. Pelo pouco de bom que temos, muitas vezes escondido, Ele achou que valia a pena morrer por nós. Hoje, o Senhor continua a juntar-nos para nos explicar que o serviço é a nossa vocação. A nossa condição de baptizados faz com que olhemos a vida de uma forma incompreensível aos olhos do mundo. A quem ambiciona, se não for o primeiro lugar, um posto mais vantajoso do que o que já tem, Jesus recorda-lhe que “quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos”. Revestir-se de Cristo é entrar na condição do Filho do homem, que veio para dar a sua vida pela redenção de todos, cumprindo, assim, a vontade do Pai, sendo o Servo Sofredor. Com o seu sofrimento, suportado livre e convictamente, restaura a comunhão entre a humanidade e Deus. Em cada Domingo, Ele convoca-nos para nos ver (olhar de Deus) e para nos transmitir uma Palavra de Vida que nos ajude a revelar e a investir a beleza que temos no mais profundo do nosso ser.

20-10-2024

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Leitura Espiritual

«Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo»

 

Que necessidade tinha o Filho de Deus de sofrer por nós? Uma grande necessidade, que podemos resumir em dois pontos: necessidade de remediar os nossos pecados e necessidade de nos dar um exemplo de conduta. A Paixão de Cristo dá-nos um modelo válido para toda a vida. Se procuras um exemplo de caridade: «Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). Se buscas paciência, irás encontrá-la na cruz em grau máximo; na cruz, Cristo sofreu grandes tormentos com paciência: «ao ser insultado não ameaçava» (1Ped 2,23), «não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro» (Is 53,7). «Corramos com perseverança a prova que nos é proposta, tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que Lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia» (Hb 12,1-2). Se procuras um exemplo de humildade, olha para o Crucificado; porque Deus quis ser julgado por Pôncio Pilatos e morrer. Se procuras um exemplo de obediência, basta que sigas Aquele que Se fez obediente ao Pai «até à morte» (Fl 2,8). «De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão de tornar justos» (Rm 5,19). Se buscas um exemplo de desapego dos bens terrenos, segue Aquele que é «Rei dos reis e Senhor dos senhores», «em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (1Tim 6,15; Col 2,3): Ele está nu na cruz, tornado motivo de escárnio, coberto de escarros, maltratado, coroado de espinhos e, por fim, dessedentado com fel vinagre. (São Tomás de Aquino, 1225-1274, teólogo dominicano, doutor da Igreja, Conferência sobre o Credo, 6).

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Avisos na Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres de 20 a 27 de outubro de 2024.

Agenda Pastoral Paroquial nas Paróquias de Figueiró da Granja, Maceira, Sobral Pichorro, Muxagata, Fuinhas e Mata.

Fornos de Algodres-Padre Eurico Sousa e do Diácono Permanente Sérgio Amorim tomaram posse


Foi um momento festivo, na Igreja Matriz de Fornos de Algodres, na tarde deste domingo, com a chegada do novo padre Eurico Sousa e do Diácono Permanente Sérgio Amorim, que foram recebidos calorosamente por toda a comunidade, onde se destacaram Agrupamentos de Escuteiros e as entidades oficiais, Manuel Fonseca, Presidente do Município de Fornos de Algodres, Luísa Gomes, Vereadora do Município, representantes dos diversos conselhos económicos entre outros.

A cerimónia da tomada de posse, foi presidida pelo novo arcipreste da Beira Alta, Padre Clemente e assim  o Padre Eurico fica coadjuvado pelo Diácono Sérgio para servir a comunidade paroquial da Unidade Pastoral das Paróquias de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres.

Depois da cerimónia de boas – vindas, seguiu-se a Eucaristia dominical, onde no final os novos trabalhadores da messe nesta comunidade, agradeceram o calor desta receção e vêm para ajudar nesta caminhada por estas diversas paróquias.

Avisos e Liturgia do XXVIII Domingo do Tempo Comum – ano B

A SALVAÇÃO ACOLHE-SE

Na viagem para Jerusalém, o evangelho de Marcos narra-nos o encontro de Jesus com um jovem inquieto. A questão sobre o que é mais importante na vida não é nova. Para o rei Salomão, a sabedoria tem o lugar de primazia acima de todos os bens (1ª leitura). Esta sabedoria encontra-se escondida na Palavra de Deus (2ª leitura) e nas palavras de Jesus que indicam o exigente caminho que conduz à vida eterna (evangelho). Somente Ele pode saciar-nos com a sua bondade e tornar prósperas as obras das nossas mãos (salmo). Falar de riqueza, de pobreza, de dinheiro, é sempre muito delicado. Tendo em conta a Palavra de Deus deste Domingo, podemos afirmar que a proposta de Deus de participar do seu Reino supõe exigências radicais, mas a fé assegura-nos que Jesus, Sabedoria de Deus, deve ter a primazia, acima de tudo e de todos. A primeira leitura diz o seguinte: “Orei e foi-me dada a prudência; implorei e veio a mim o espírito de sabedoria”. A sabedoria é melhor que a riqueza, a saúde e a beleza. Com a sabedoria, é-nos dado todos os bens. O salmo reforça esta ideia, afirmando: “Saciai-nos, desde a manhã, com a vossa bondade, para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias”. E a segunda leitura diz-nos que “a palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada de dois gumes”. É ela que julgará as nossas vidas. O texto evangélico apresenta-nos um jovem inquieto que vai ao encontro de Jesus. É de louvar a sua fidelidade aos mandamentos de Deus. Mas a sua riqueza é um obstáculo quando chega o momento de escolher o melhor para si. Com as palavras finais de Jesus a Pedro, conclui-se que a pobreza não é um fim em si mesma; mas é uma forma de nos libertarmos para seguirmos Jesus. O homem rico, que pede conselhos a Jesus sobre como alcançar a vida eterna, não dá conta de que tem diante dele alguém que é mais do que um rabino, do que um sábio conhecedor da Lei. Está a conversar com aquele que o pode conduzir à vida eterna. Recordemos que Jesus está a caminhar para Jerusalém, para a missão confiada pelo Pai, a de salvar a humanidade com a sua morte e ressurreição. Perante este mistério, as riquezas deste mundo não têm qualquer valor, não são de grande utilidade. Jesus conhece a sinceridade deste homem que, verdadeiramente, procura a Deus e que aspira às grandes coisas. É um homem recto e religioso; “Jesus olhou para ele com simpatia”. E atreve-se a fazer-lhe a mesma proposta que fez aos seus discípulos: abandonar tudo. Era o que faltava para ser feliz. Mas, “ouvindo estas palavras, retirou-se pesaroso, porque era muito rico”. Senhor, “ensinai-nos a contar os nossos dias, para chegarmos à sabedoria do coração”. É Deus que nos ensina a viver, a não perder tempo. Pensemos no tempo que já vivemos. Tantas boas recordações, de pessoas e de momentos, tantas canseiras e sofrimentos! Mas apesar de tudo, estamos aqui; com esses momentos, ganhámos sabedoria e maturidade. Não tenhamos medo de incluir, também, os nosso pecados e erros, pois com eles também aprendemos. Pensemos em toda a nossa vida e digamos com o salmo: “compensai em alegria os dias de aflição, os anos em que sentimos a desgraça”. Esta é a alegria de saber que, apesar de tudo, Deus nunca nos abandonou. Apesar dos tempos difíceis e dolorosos que atravessamos, mesmo dentro da Igreja, a nossa missão é dizer que Deus está connosco. Não importa ser rico ou pobre; a beleza, o dinheiro e a saúde não duram sempre, mas Deus está na nossa vida: silencioso, mas sempre presente. Vivamos os mandamentos de Deus, façamos o bem que pudermos. Assim seremos felizes. E se o peso dos nossos pecados nos faz duvidar do amor de Deus, não esqueçamos: mesmo que não te perdoes, Ele perdoa-te, porque para Ele nada é impossível. A salvação não se ganha, mas acolhe-se.

 

13-10-2024

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Leitura Espiritual

Com os olhos fixos em Jesus, o divino pobre Contemplemos Nosso Senhor, que é o nosso modelo em todas as coisas, e a quem queremos seguir por amor.

 

O que nos ensina a sua vida? Ele desposou, por assim dizer, a pobreza. Ele era Deus. E eis que este Deus encarna para nos conduzir a Ele. E que caminho escolhe? O caminho da pobreza. Quando o Verbo veio a este mundo, Ele, que era o Rei do Céu e da Terra, quis, na sua divina sabedoria, dispor os pormenores do seu nascimento, da sua vida e da sua morte de tal maneira que aquilo que neles mais transparece é a pobreza, o desprezo pelos bens deste mundo. Os mais pobres dos homens nascem, ao menos, debaixo de um tecto; Ele, porém, viu a luz do dia num estábulo, sobre a palha, porque «não havia lugar para Ele na hospedaria» (LC 2,7). Em Nazaré, viveu a vida obscura de um artesão pobre (cf Mt 13,55). Mais tarde, na sua vida pública, não tinha onde reclinar a cabeça, embora as raposas tenham as suas tocas (cf Lc 9,58). E, à hora da morte, quis ser despojado das suas vestes e pregado nu à cruz. Deixou a túnica tecida por sua Mãe aos verdugos; os amigos abandonaram-no; dos apóstolos, só tem João perto de Si. Resta-Lhe sua Mãe – mas não, deu-a ao discípulo (cf Jo 19,27). É o despojamento absoluto. Mas Ele ainda encontra maneira de ultrapassar este grau extremo de despojamento. Ainda Lhe restam as alegrias celestes com que o Pai Lhe inunda a humanidade, e também a elas renuncia, pois eis que é abandonado pelo Pai (cf Mt 22,46): permanece só, suspenso entre o Céu e a Terra. Quando contemplamos Jesus pobre no presépio, em Nazaré, na cruz, estendendo-nos as mãos e dizendo: «Foi por ti», compreendemos as loucuras dos amantes da pobreza. Tenhamos, pois, os olhos postos no divino pobre de Belém, de Nazaré e do Gólgota. (Beato Columba Marmion, 1858-1923, abade, «A pobreza»).

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Avisos de 14 a 20 de outubro na Unidade Pastoral das Paróquias de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres.

Avisos nas paróquias de Figueiró da Granja, Maceira,Muxagata, Fuinhas e Sobral Pichorro.

 

Fonte:Caminho de Emaús

Figueiró da Granja- Padre Carlos Monge tomou posse

Neste domingo, teve lugar , na localidade de Figueiró da Granja , a missa da posse do novo padre nesta localidade, Muxagata, Sobral Pichorro, Fuinhas e Maceira, trata-se do Padre Carlos Monge.

A Celebração desta posse foi presidida pelo novo Arcipreste Padre Clemente, no salão da Freguesia de Figueiró da Granja, uma vez que a Igreja local se encontra em fase de conclusão das obras de requalificação. Perante, uma sala bem composta, o novo padre foi apresentado e empossado para celebrar nestas paróquias, com a presença de membros das diversas paróquias.

Fotos:PFG

 

Avisos e Liturgia do XXVII Domingo do Tempo Comum – ano B

SER FELIZ OU ESTAR CONTENTE?

Talvez um dos defeitos cometidos, durante décadas, na transmissão da fé, tenha sido investir muitas horas a dizer: “não faças isto”, ou, “não faças aquilo”, como se o Evangelho fosse um código de circulação rodoviária. Contudo, ainda não é tarde para mudar; ainda estamos a tempo de recordar que a cada princípio da moral cristã, deve acrescentar-se o seguinte: “se queres ser feliz”. É deste ponto que deve partir a nossa reflexão das leituras bíblicas deste Domingo: “Feliz de ti que temes o Senhor e andas nos seus caminhos”. Ser feliz não é a mesma coisa que estar contente. Muitas pessoas confundem estas duas situações que, na verdade, são tão diferentes. Podemos não “estar” felizes, mas contentes; e não “ser” contentes, mas felizes. Estar contente é algo transitório, superficial; enquanto a felicidade é algo estável, consistente, que não está submetida às “ideologias e hábitos” passageiros ou à moda de um certo momento social. O próprio salmo diz-nos: “Comerás do trabalho das tuas mãos, serás feliz e tudo te correrá bem”. Não diz: “acredita em Deus e espreguiça-te no sofá”. Deus não nos promete uma vida fácil, mas uma felicidade que está escondida e brota de uma forma silenciosa, lenta e constante. Ser feliz supõe aceitar a frustração. Mas, podemos ser felizes, no meio das angústias do dia-a-dia da vida? Claro que sim; se quisermos, porque Deus deseja muito a nossa felicidade. O que é difícil, é dar o primeiro passo. Ou seja, aceitar que as frustrações, os conflitos e os fracassos fazem parte da vida. Em teoria, já sabemos disto, mas quando surgem as dificuldades, alguns ficam arrasados pela depressão, e outros vivem, voltando as costas aos problemas, que vão crescendo, até se tornarem monstros que não os deixam viver. Deus mantém a sua aliança de felicidade. É o que nos diz o texto do Evangelho deste Domingo, quando perguntam a Jesus sobre os problemas da vida, como o fracasso da vida conjugal entre um homem e uma mulher. Enquanto os fariseus teimam em criar ciladas a Jesus sobre os problemas da vida e a exigirem culpados, o Senhor diz-lhes que o desejo de Deus sempre foi que o homem e a mulher vivessem em plenitude; que quem acredita em Deus não pode desanimar com as desilusões; nem procurar, obsessivamente, culpados para os acusar dos seus erros. A preocupação do cristão não pode ser outra que a de se integrar nesse grande projecto de felicidade, delineado por Deus, ou seja, uma aliança que se desenvolve entre as canseiras do trabalho e as dificuldades da vida do casal. Porque Jesus não nos prometeu estar sempre contentes, mas vivermos felizes. Neste Domingo, as leituras bíblicas revelam-nos a profundidade dos vínculos que tecem a vida e a história do ser humano: a relação entre o homem e a mulher, inseparável da relação de amor que os une a Deus. A leitura do Genesis diz que Deus dá ao homem “uma auxiliar semelhante a ele”. Depois de um sono profundo, ou seja, completamente abandonado à acção omnipotente de Deus, o homem recebe a mulher, diante da qual exclama: “Esta é realmente osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Este misterioso encontro, face a face, entre o homem e a mulher fomenta o vínculo de amor e de unidade do casal, de tal forma que os esposos deixam o pai e a mãe, e “os dois serão uma só carne”. A prescrição de Moisés foi necessária devido ao endurecimento dos seus corações, como recorda Jesus aos fariseus. Ainda hoje, a palavra de Jesus convida a acolher o Reino, como uma criança, para o qual todos, e também os casais, são chamados. Solidário com todos, Cristo, depois da sua humilhação, provocada pelos seus sofrimentos, coroado de glória, inunda-nos de alegria, alimenta-nos na Eucaristia e faz-nos participar, como irmãos, na sua glória. As relações familiares são uma bênção de Deus, um dom de Deus que, uma vez recebido, não pode ser abandonado. A união entre o homem e a mulher é a imagem do amor eterno de Deus que nos ama e que, por Jesus Cristo, a todos guia para a salvação.

06-10-2024

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Leitura Espiritual

«Deixai vir a Mim as criancinhas»

Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, têm uma gravíssima obrigação de educar a prole e, por isso, devem ser reconhecidos como seus primeiros e principais educadores. Esta função educativa é de tanto peso que, onde não existir, dificilmente poderá ser suprida. Com efeito, é dever dos pais criar um ambiente de tal modo animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens que favoreça a educação integral, pessoal e social, dos filhos. A família é, portanto, a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade. Mas é sobretudo na família cristã, ornada da graça e do dever do sacramento do matrimónio, que os filhos devem ser ensinados, desde os primeiros anos, segundo a fé recebida no baptismo, a conhecer e a adorar a Deus, e a amar o próximo; é aí que eles encontram a primeira experiência, quer da sã sociedade humana, quer da Igreja; é pela família, enfim, que são a pouco e pouco introduzidos no consórcio civil dos homens e no Povo de Deus. Caiam, portanto, os pais na conta da importância da família verdadeiramente cristã na vida e no progresso do próprio Povo de Deus. (Concílio Vaticano II, Declaração sobre a educação cristã, «Gravissimum Educationis», 3).

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

 

Unidade Pastoral das Paróquias de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres.

Missa de Tomada de Posse do Sr. Padre Eurico Sousa, será realizada no dia 13 de outubro (Domingo) às 15:30h na Igreja Matriz de Fornos de Algodres.

 

Avisos Pastorais Paroquiais nas Paróquias de Figueiró da Granja, Fuinhas, Maceira, Muxagata e Sobral Pichorro.

Fonte:Paróquia de Fuinhas

Avisos e Liturgia do XXVI Domingo do Tempo Comum – ano B

 

CHAMOU OS QUE ELE QUERIA

Jesus dirige-se, com os seus discípulos para a cidade de Jerusalém. E nesta viagem, ia ensinando claramente os discípulos (Mc 8,32). Se no Domingo passado, os discípulos ficaram incomodados e calados, depois de terem discutido sobre qual deles era o mais importante, agora, um dos Doze, João, toma a iniciativa e espera encontrar complacência em Jesus, quando denuncia a acção de alguém que se vale do Seu nome para expulsar demónios, apesar de não pertencer ao grupo. A semelhança é muito grande com a passagem do livro dos Números quando Josué, jovem como João, ousou dirigir-se a Moisés para lhe pedir algo parecido: “Moisés, meu senhor, proíbe-os” (1ª leitura). Quando defendemos a verdade sem caridade, caímos no descrédito. É inadmissível pensar que podemos controlar a acção do Espírito de Jesus a partir dos nossos cálculos e segundo as estratégias humanas. “O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito” (Jo 3,8). O discípulo João pensava que tinha autoridade para decidir quem podia fazer, ou não, parte do grupo dos seguidores de Jesus, ou, o que é pior, quem podia agir em nome de Jesus. Mas, o Mestre respondeu-lhe: “Quem não é contra nós é por nós”. O coração humilde e misericordioso de Jesus alarga o horizonte humano, deformado pelo egoísmo. Bem conhecemos qual foi o critério de escolha dos Doze. Não foi como uma selecção para uma empresa. Jesus nunca pediu o “curriculum vitae” aos que iriam fazer parte do grupo dos Apóstolos: “chamou os que Ele queria e foram ter com Ele” (Mc 3,13). É Ele quem escolhe os discípulos sem levar muito em conta as capacidades de cada um. Esta perspectiva é fundamental, se quisermos compreender os direitos e os deveres que se têm dentro da Igreja, num espírito de serviço e de entrega humilde. A intervenção de João diante de Jesus exagera no “nós”, acima do “tu” (referido a Jesus). Não tinha entendido, ainda, que pertencer à comunidade dos apóstolos não dá nenhuma exclusividade nem privilégio. Fora de Jesus, que é a Verdade, ninguém pode dizer que possui a verdade na sua plenitude. “Cristo, mediador único, estabelece e continuamente sustenta sobre a terra, como um todo visível, a Sua santa Igreja…Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo. 21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo (cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da verdade» (1Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja Católica… embora, fora da sua comunidade, se encontrem muitos elementos de santificação e de verdade, os quais, por serem dons pertencentes à Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica” (LG 8). A Igreja, pois, guarda a verdade, a ela confiada por Cristo, mas não a possui plenamente. Por isso, é importante dar valor a tudo o que existe de bom, de belo e verdadeiro para além das fronteiras estruturais da Igreja, porque a Bondade, a Beleza e a Verdade, têm uma origem comum em Deus. A missão dos apóstolos, escolhidos por Jesus para pregar o Evangelho e anunciar o Reino de Deus, supõe a abertura a uma realidade imensa onde Deus vai escrevendo a história da salvação. Nesta história, têm prioridade, aos olhos de Cristo, os mais pequenos, os simples, os pobres, os necessitados, para os quais tem de se dedicar tempo e energia. A grandeza da fé consiste, pois, não em sentirmo-nos superiores por uma espécie de privilégio recebido, como se os que não a tivessem fossem inferiores, mas em viver sem extinguir o Espírito Santo, examinando tudo à sua luz e valorizando tudo o que é bom. Aqueles que presidem à Igreja e, sobretudo, à celebração dos santos mistérios, dos quais somos somente dispensadores e não proprietários, têm de exercer o seu ministério com generosidade e celebrar com dignidade, evitando escândalos e protegendo os mais pequeninos, para que muitas pessoas possam acolher nos seus corações a graça e a misericórdia de Deus.

29-09-2024

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Leitura Espiritual

«Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, não perderá a sua recompensa. Dá os bens deste mundo e receberás os bens eternos. Dá na Terra e receberás no Céu. Mas a quem os darás? Escuta o que te diz a Escritura: «Quem dá ao pobre empresta ao Senhor» (Pr 19,17)

Deus não precisa de ti, seguramente: mas outro precisará. O que deres a um, outro o receberá. Porque o pobre nada tem para te dar; bem quereria, mas nada encontra para dar; nele, há apenas essa vontade vigilante de rezar por ti. Mas, quando um pobre reza por ti, é como se dissesse a Deus: «Senhor, recebi um empréstimo, sê Tu a minha caução». Se o pobre com quem lidas está insolvente, tem um bom fiador, pois Deus diz-te: «Não tenhas receio de dar, Eu respondo por ele, Eu darei, sou Eu que recebo, é a Mim que dás». Acreditas que Deus te diz: «Sou Eu que recebo, é a Mim que dás»? Sim, seguramente, pois Cristo é Deus, e nisto não há dúvidas. De facto, Ele disse: «Tive fome e destes-Me de comer». E, quando Lhe perguntamos: «Senhor, quando foi que Te vimos com fome?», Ele mostra-nos que é de facto o fiador dos pobres, que responde por todos os seus membros, e diz-nos: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35s). (Santo Agostinho, 354-430, bispo de Hipona, norte de África, doutor da Igreja, 3º Sermão sobre o Salmo 36).

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Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres.

Programação de Celebrações da Semana, 05 e 06 de outubro.

 

Avisos e Liturgia do XXV Domingo do Tempo Comum- ano B

AS CRIANÇAS – A REALIDADE DOS PREDILECTOS DE JESUS

Todos os pais e os professores sabem que os filhos e os alunos só fixarão uma mensagem importante se for repetida várias vezes. Até os técnicos informáticos e de publicidade sabem disto: pequenos vídeos com pequenas mensagens, repetidos assiduamente, são os mais eficazes. Também Jesus deveria saber esta táctica, porque, neste Domingo, repete a mensagem que ouvimos no Domingo passado: “O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-lo; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará”. Os discípulos não percebem estas palavras e não se atrevem a perguntar o seu significado; é sinal de que não estão em sintonia com Jesus, nem, ainda, são capazes de captar o que estão a ouvir, sem compreender. Contudo, Jesus dá conta do embaraço existente, e é o primeiro a “quebrar o gelo”: “Que discutíeis no caminho”? “Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior”. Para Jesus, este silêncio terá sido muito decepcionante. Eles ainda se orientavam segundo os princípios mundanos e discutiam sobre qual deles era o maior. Passaram dois mil anos e não mudou muito a situação! A sério? Este continua a ser, hoje, o motivo de muitas disputas entre irmãos, colegas de trabalho, militantes de partidos…Também dentro da Igreja temos os grandes pecados do clericalismo e do carreirismo, que não acontece somente nas “cúpulas” da hierarquia da Igreja, mas também entre os voluntários numa paróquia, num centro social ou numa associação recreativa, desportiva e cultural. Jesus, como bom técnico de comunicação, pronuncia uma mensagem breve e categórica, que merece ser repetida muitas vezes: “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. Está tudo dito! Os bispos, os presbíteros são configurados a Cristo Cabeça e Pastor. Os Diáconos configuram-se a Cristo Servidor, sendo fundamental este aspecto ser vivido, também, pelos Bispos e Presbíteros, os que encarnam Jesus que tira o manto, cinge a toalha, ajoelha-se e lava os pés dos seus discípulos. Porém, a dimensão de Cristo Servidor deve ser vivida por todos os cristãos. A dimensão do serviço caracteriza os cristãos, de acordo com a vontade de Jesus. Não se governa o Povo de Deus com um domínio escravizante, mas como Jesus, o servo de todos. Não deve ser objectivo de os cristãos dominar a sociedade e estabelecer uma supremacia da Igreja, mas curar-lhe as feridas e anunciar a Boa Nova da Salvação a um mundo que necessita da luz do Evangelho. “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. A esta frase, Jesus acrescenta-lhe uma imagem: “E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe”. Não era fácil ser criança no tempo de Jesus. As crianças não contavam para nada até que, aos doze ou treze anos, eram admitidos no grupo dos adultos. Nem hoje é fácil ser criança! Tantas crescem em situações de pobreza, de instabilidade familiar, sendo abusadas e maltratadas; tantas sofrem com os conflitos entre o pai e a mãe; outras são exibidas como um tesouro, mas sem atenção e amor dos pais, atarefados com os seus negócios e objectivos profissionais: nada lhes falta no aspecto material, mas falta-lhes a presença afectuosa e educativa dos pais. A criança é a imagem viva da humildade que os discípulos de Jesus têm de viver. São a realidade e o símbolo dos fracos e dos indefesos, dos pobres e dos doentes, dos que sofrem e dos que não têm nada. Esta tem de continuar a ser a preocupação preferencial da comunidade cristã. As crianças trazem-nos uma presença de Cristo que temos de saber acolher e dar-lhe primazia. Nas crianças, encontramos o rosto sofredor de Jesus e o rosto do Pai: “Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou”. Esta é a chave da filiação de Jesus, do verdadeiro sentido da sua entrega ao Pai e da essência do Cristianismo para as gerações futuras.

22-09-2024

Paroquiasagb

Leitura Espiritual

«Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe»

Nós, cristãos, somos o corpo de Cristo e seus membros, como diz o apóstolo Paulo (cf 1Cor 12,27). Aquando da ressurreição de Cristo, todos os seus membros ressuscitaram com Ele: passando pelos infernos, Ele fez-nos passar da morte para a vida. O termo «páscoa» em hebraico significa passagem ou partida. Ora, este mistério é o da passagem do mal ao bem. E que passagem! Do pecado à justiça, do vício à virtude, da velhice à infância. Refiro-me à infância que está ligada à simplicidade e não à idade. Pois também as virtudes têm a sua idade própria. Ontem, a senilidade do pecado conduzia-nos ao declínio. Mas a ressurreição de Cristo faz-nos renascer para a inocência das crianças: a simplicidade cristã torna sua a infância. A criança não sente rancor, não conhece a fraude, não ousa agredir. Assim, pois, a criança que é o cristão não se exalta se for insultada, não se defende se for despojada, não devolve os golpes se lhe baterem. O Senhor exige mesmo que ela reze pelos seus inimigos, que entregue a túnica e a capa aos ladrões, e que ofereça a outra face aos que a esbofeteiam (cf Mt 5,39ss). A infância de Cristo ultrapassa a infância dos homens. Esta deve a sua inocência à fraqueza, aquela à virtude. E ainda é digna de mais elogios: o seu ódio ao mal não emana da impotência, mas da vontade. (São Máximo de Turim, ?-c. 420, bispo, Sermão 58; PL 57, 363).

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

 

Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

Programação de Missas da Semana de 24 a 29 de setembro.
Em breve será anunciado a data da Missa de Posse do Sr. Pe. Eurico Sousa.

Homenagem às vítimas do acidente ferroviário de Alcafache assinalada

A cerimónia de homenagem às vítimas do acidente ferroviário de Alcafache, ocorrido há 39 anos, a 11 de setembro de 1985, na EN 234 Mangualde-Nelas | km 94,850 ( local do acidente), teve lugar , neste domingo. Assim estiveram presentes os bombeiros, GNR, o presidente da Comafa, Carlos Ramos, um sobrevivente neste acidente, Marco Almeida , Presidente da Câmara de Mangualde e demais convidados e pessoas que se associaram nesta homenagem.

Já o presidente da Câmara Municipal, Marco Almeida, lembrou todos os que perderam a vida, assim como mostrou solidariedade às famílias que carregam a dor dessa perda.
O autarca reconheceu ainda a coragem e a dedicação dos primeiros socorristas, bombeiros, profissionais de saúde, voluntários e até passageiros que seguiam no comboio, que tudo fizeram para salvar vidas.

Ainda se realizou uma Eucaristia em memória de todos quantos ali perderam a vida, naquele trágico acidente.

Fotos:MM

Avisos e Liturgia do XXI Domingo do Tempo Comum- ano B

“Saboreai e vede como o Senhor é bom”.

  1. a)       Quando nos apercebemos que algumas pessoas deixaram de “ir à missa” e que se afastaram de uma prática cristã, somos tentados a pensar que é fruto do nosso fracasso. Mas, não é bem assim. No Evangelho, encontramos algumas passagens da vida e do ministério de Jesus em que também Ele não colheu os frutos que desejava (os seus fracassos). No Actos dos Apóstolos, encontramos muitas passagens que nos relatam as dificuldades que tiveram os discípulos para evangelizar a sociedade do seu tempo, pregando os valores cristãos. O discurso do Pão da Vida não teve muito êxito. Muitos discípulos, ou seja, não só os fariseus que sempre estavam contra Ele, mas também alguns que O seguiam assustaram-se com o que Jesus dizia e “já não andavam com Ele”. Por que se escandalizaram? De que se escandalizaram? Como vimos nestes últimos domingos, o discurso do Pão da Vida tem dois temas: Jesus em quem se deve acreditar e Jesus que se deve comer, ou seja, a Fé e a Eucaristia. De qual “deles” se assustaram? É evidente que era duro de aceitar que era necessário “comer” Jesus para se alcançar a salvação e ter a vida. Mas também era inconcebível que fosse necessário “acreditar” em Jesus como o Enviado de Deus; Ele que era o filho do carpinteiro e que todos conheciam os seus familiares.

  1. b)       A fé exige uma opção. Se alguém acredita que Jesus vem de Deus, terá de aceitar a Sua mensagem como vinda de Deus. A fé em Cristo supõe aceitar o estilo de vida que Ele nos propõe. Aqui é que mora a dificuldade. A fé exige uma opção; para isso nos prepara a primeira leitura. Depois da travessia do deserto, Josué, o sucessor de Moisés, antes de entrar na terra prometida, reúne o povo em Siquém e coloca-o perante um dilema: está disposto a servir ao Deus Único e Verdadeiro que o libertou do Egipto e o orientou na travessia do deserto, mas que lhe propôs uma Aliança muito exigente e comprometedora, ou prefere optar por deuses mais tolerantes que conheceu de outros povos que contactou na viagem ou na terra em que vai entrar? “Escolhei hoje a quem quereis servir”. Cheio de emoção, o povo responde: “Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses”. Bem sabemos como foram breves estes bons propósitos! Hoje, a opção é apresentada a cada um de nós. Acreditar e aceitar Jesus não é uma questão pontual e de um certo momento: supõe aceitar o estilo de vida de Jesus, a sua Nova Aliança, o seu evangelho com a lista das bem-aventuranças que é muito mais exigente que as “promessas e garantias” dos deuses falsos do nosso mundo. A quem devemos servir: a Jesus Cristo ou aos múltiplos mestres e messias e ídolos? Há que fazer uma opção a nível pessoal, não caindo na tentação do “sempre foi assim” ou porque é tradição da família.

  1. c)       Perante a “dureza” das palavras de Jesus, nem todos O abandonaram. Os Doze, com Pedro à cabeça, ficaram com Jesus. Pedro era um discípulo com uma fé e um amor radicais a Jesus, apesar de não entender o que estava a ouvir e de negar o Senhor na hora suprema. Pedro gostava mais da experiência do Monte Tabor do que ouvir falar de morte e de entrega. Mas confia totalmente em Jesus: “Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Tomou a mesma atitude de Maria: “Faça-se em mim, segundo a tua palavra”; é a resposta de Samuel: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”; é a atitude de Saulo a caminho de Damasco: “Senhor, que queres que eu faça?”; é a atitude de milhões de pessoas que dizem “sim” a Deus. Procuremos não abandonar o Mestre, seduzidos pelas “promessas, garantias” e ideologias fáceis deste mundo. Não podemos andar vacilantes ou indecisos (“com meias tintas”). Sempre a confiar em Jesus Cristo, firmes no caminho que nos levará à verdadeira vida e à plena felicidade.

Ver: https://liturgia.diocesedeviseu.pt/LITURGIAEVIDA/index.html

25-08-2024

Paroquiasagb

Leitura Espiritual

«Tu tens palavras de vida eterna»

A novidade que se verificou na Última Ceia foi a nova profundidade conferida à antiga oração de bênção de Israel, que desde então se tornou a palavra da transformação, permitindo-nos participar na «hora» de Cristo (Jo 13,1). Jesus não nos ordenou que repetíssemos a Ceia pascal, que, de resto, como aniversário, não é repetível a nosso bel-prazer. Ordenou-nos que entrássemos na sua «hora».

Entramos nela mediante o poder sagrado das palavras da consagração, uma transformação que se realiza mediante a oração de louvor, que nos coloca em continuidade com Israel e com toda a história da salvação, ao mesmo tempo que nos conduz à novidade para a qual tendia, no seu sentido mais profundo, aquela oração. Esta oração, a que a Igreja chama eucarística, realiza a Eucaristia: ela é palavra de poder, que transforma os dons da terra, de maneira totalmente nova, na doação que Deus faz de Si, e nos envolve nesse processo de transformação. É por isso que chamamos a este acontecimento «Eucaristia», que é a tradução da palavra hebraica «beracha»: agradecimento, louvor, bênção, e uma transformação operada pelo Senhor, a presença da sua «hora».

A hora de Jesus é a hora em que o amor vence. Por outras palavras: foi Deus que venceu, porque Ele é Amor. A hora de Jesus quer tornar-se a nossa hora e tornar-se-á a nossa hora se nós, mediante a celebração da Eucaristia, nos deixarmos envolver por aquele processo de transformações que o Senhor quer operar. A Eucaristia deve tornar-se o centro da nossa vida (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013, Homilia nas XX Jornadas Mundiais da Juventude, 21/08/2005).

http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/

 

Unidade Pastoral  das Paróquias de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã, Algodres e Freixiosa.

Programação de Celebrações e Missas da Semana de 27 de agosto a 01 de setembro.