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CineEco Seia – 31.ª Edição arranca esta sexta

A 31ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela acontece em Seia, de 10 a 18 de outubro. O primeiro dia conta com o mercado de filmes, o concerto multimédia de Victor Gama, seguido da exibição documentário sobre o trabalho e percurso deste músico, intitulado “Linha de Água”, de Rui Simões.

Paralelamente à seleção oficial competitiva – com mais de 80 filmes de 31 países a concurso – o CineEco oferece um vasto programa de atividades e eventos complementares, reforçando o seu compromisso com a cultura, a sensibilização e o diálogo intergeracional sobre a temática ambiental. À diversidade dos filmes em competição o destaque vai para a transversalidade deste festival que se traduz numa série de propostas culturais que arrancam já esta sexta-feira, 10 de outubro.

Na sexta-feira, a partir das 10H00, no auditório Municipal da Cultura de Seia, e à tarde, às 14H30, no Mercado da cidade decorre o Mercado de filmes, espaço networking que promove encontros entre produtores, realizadores e jovens estudantes do Politécnico do Porto – ESMAD, Universidade da Beira Interior e Universidade Lusófona. Um frente a frente entre aspirantes a realizadores com produtoras, realizadores e/ou argumentistas num espaço privilegiado para a troca de ideias e apresentação de obras inéditas. Um verdadeiro “acelerador de filmes” promovido pelo CineEco.

À noite, às 21H30, o Cineteatro da Casa da Cultura, recebe o espetáculo multimédia “tectonic.Tombwa” de Victor Gama, um projeto conceptual no âmbito do qual o performer volta a usar a música para contar histórias significativas no contexto contemporâneo da África Austral. Neste concerto, que já teve apresentações mediáticas no Carnegie Hall, em Nova Iorque, o compositor apresenta uma obra que usa a música como ferramentas de memória histórica. Interpretado nos instrumentos Acrux e Toha, criados por Gama, o concerto funde polirritmia africana, eletrónica e composição contemporânea. Após o concerto, às 22H30, é exibido o primeiro filme da Seleção Oficial, “Linha de Água” (Competição de Longas-Metragens em Língua Portuguesa) de Rui Simões, que contará com a presença deste cineasta de referência do documentário português. O filme aborda o trabalho e projetos de Victor Gama enquanto artista global.

A sessão da meia noite (24H00) conta com a exibição de “Sirât” de Oliver Laxe, Prémio do Júri no Festival de Cannes 2025 e Candidato aos Óscares 2026 na categoria de Melhor Filme Internacional. De recordar que, em 2020, na 26.ª edição do CineEco, o cineasta franco-espanhol conquistou o Grande Prémio Ambiente (Competição Internacional Longas-Metragens) com o filme, “O que Arde”.

CineEco inaugura exposições com foco nas questões ambientais

No sábado, 11 de outubro, acontece pelas 14H30 a abertura oficial de quatro mostras de arte com diferentes abordagens sobre a temática ambiental, patentes nas galerias da Casa Municipal da Cultura de Seia e no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela.

“O Espírito da Montanha: Somos o vento que assobia por entre as árvores”, é uma reflexão poética que une as artes plásticas (pinturas, esculturas, instalações) ao cinema, com leituras e trabalhos de artistas portugueses e internacionais que exploram a montanha como ser vivo, símbolo e lugar de pertença como é a Serra da Estrela. Esta exposição da Associação de Arte e Imagem (AAIS) estará patente até 30 de novembro e pode ser visitada entre as 10H00 e as 18H00. Mais informações neste link .

“Ciclo da Vida das Imagens”, de Jéssica Anastácio Jacinto, Francisca Mariz e Joana Alarcão propõe “um encontro de práticas experimentais, de investigação artística com biomateriais, que procura meios mais sustentáveis de suporte da memória visual”. Através da fotografia, captura sonora, escultura e ilustração desenha-se a narrativa das macroalgas como objeto de estudo e suporte criativo em diálogo com o imaginário da ciência e investigação. Esta mostra poderá ser vista até 30 de novembro, entre as 10H00 e as 18H00, na Casa Municipal da Cultura de Seia. Mais informações neste link.

Videoarte é uma mostra que integra a Seleção Oficial do CineEco 2025 com nove filmes apresentados em formato exposição-galeria, permitindo uma fruição mais imersiva e contínua destas obras. Estará patente até ao final do CineEco, 18 de outubro, na Casa Municipal da Cultura de Seia. Mais informações neste link.

Até 30 de novembro, no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela será possível apreciar 30 anos de história do CineEco através de uma exposição de cartazes que acompanham e firmam o seu legado como um dos festivais de referência na Europa sobre cinema ambiental.

Ao longo do festival haverá ainda o compacto curtinhas para os mais pequenos, apresentação de livros, oficinas de cinema para todas as idades, workshops e sessões de cinema em debate e cinema clássico. O espetáculo de encerramento do CineEco, a 18 de outubro no Cineteatro de Seia, caberá à Quorum Dance Company que irá apresentar Storm, uma criação original do maestro e compositor Armando Mota. Com coreografia de Daniel Cardoso, o bailado alerta para o aquecimento global e a subida do nível do mar, focando-se no que pode ser o futuro das ilhas algarvias da Culatra e Armona.

CineEco 2025 terá sessões de cinema em debate e clássicos

Além da competição oficial com mais de 80 filmes de 31 países, a 31ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela traz, este ano, uma programação extracompetição que reforça o papel do cinema também como espaço de reflexão e debate intergeracional. Revisitar momentos da nossa memória coletiva, redimensionar a ideia de paisagem, desconstruir a visão antropocêntrica da vida na Terra, refletir sobre a relação com os recursos hídricos, as nossas economias ‘de afeto’, a identidade cultural e a herança de uma região são algumas das temáticas afloradas nas sessões especiais e de cinema clássico, que decorrem nos dias 13, 15, 16 e 17 de outubro, na Casa Municipal de Cultura em Seia.

Cinema em Debate: redimensionar a paisagem

Quatro documentários integram o ciclo Cinema em Debate, sessões especiais que irão contar com a participação de jovens alunos de várias escolas de Seia e que terão a oportunidade de refletir e abordar diferentes visões que existem sobre a paisagem – seja esta selvagem, a hídrica, energética ou até cultural. Ler Mais »

III Jornadas de Urologia da Beira Interior em Seia

Após o assinalável sucesso científico e o impacto positivo das duas primeiras edições, a Unidade de Urologia da ULS Guarda volta a  realizar  III Jornadas de Urologia da Beira Interior, que terão lugar nos dias 23 e 24 de outubro de 2025, no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia.
O programa incluirá a abordagem de múltiplos temas relevantes da Urologia, dirigidos a profissionais de saúde e estudantes da área. Pretende-se, com este encontro, promover a melhoria contínua dos cuidados urológicos na região e fortalecer a colaboração entre os vários intervenientes na prestação de cuidados de saúde.
Destacamos ainda os Workshops Urológicos que se realizarão dia 23 Outubro entre as 16h30 e 19h30.
𝗪𝗼𝗿𝗸𝘀𝗵𝗼𝗽 𝟭
Abordagem do doente com patologia prostática
Público-alvo: médicos e estudantes de medicina
𝗪𝗼𝗿𝗸𝘀𝗵𝗼𝗽 𝟮
Diagnóstico e tratamento da incontinência urinária feminina e masculina
Público-alvo: médicos e estudantes de medicina
𝗪𝗼𝗿𝗸𝘀𝗵𝗼𝗽 𝟯
Incontinência urinária: da avaliação à intervenção cirúrgica e reabilitação.
Público-alvo: enfermeiros, fisioterapeutas e estudantes de enfermagem/fisioterapia
Esperam contar com a presença de profissionais e estudantes de diferentes áreas da Medicina — médicos de Medicina Geral e Familiar, especialistas de outras áreas médicas e cirúrgicas, enfermeiros, bem como todos os interessados no desenvolvimento da Urologia.
Link para inscrição: https://forms.office.com/e/0mzH4u82hx até dia 25 de setembro.
Fonte:ULSG

Politécnico da Guarda lidera projeto de digitalização de empresas na Região Centro

Foi aprovado quase um milhão de euros de verbas europeias do COMPETE 2030 para o projeto de apoio à digitalização de empresas na Região Centro liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda – IPG. Durante 24 meses,
o IPG irá impulsionar a transição digital de pequenas e médias empresas (PME) nos setores industrial, agrícola e agroindustrial, de turismo e de serviços, para além de startups.
O consórcio é participado em 40% pelo Politécnico da Guarda, detendo a Associação Distrital para a Sociedade de Informação do Conhecimento (ADSI), o NERGA – Núcleo Empresarial da Região da Guarda e a Capital
Douro – Associação Industrial, Comercial e de Serviços de São João da Pesqueira as quotas restantes, no valor de 20% cada uma. As verbas europeias do Portugal 2030 são 849.672,24 euros e virão do Programa Temático Inovação e Transição Digital do COMPETE. Os membros do consórcio investirão em conjunto 149.942,15 euros de verbas próprias. O valor total do projeto aprovado é de 999.614,39 euros .
“O Politécnico da Guarda e os seus parceiros irão aplicar este dinheiro apoiando empresas da região na introdução de Inteligência Artificial (IA), de Internet das Coisas (IOT) e de tecnologias Blockchain nos seus modelos de negócios”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG. “Na primeira linha desta intervenção estarão empresas da região da Guarda e as startups instaladas na própria incubadora desnuclearizada do IPG”.
Este projeto do Politécnico da Guarda e dos seus parceiros distinguiu-se num concurso em que dez candidaturas foram qualificadas para repartir seis milhões de euros: só a candidatura do IPG, ADSI, NERGA e Capital Douro ficou com um sexto do montante global, mais do dobro dos restantes projetos.
“O Politécnico da Guarda afirma-se como um polo dinamizador de investigação e de inovação na Região Centro, comprovando a sua ligação direta à sociedade e às empresas que sustentam o futuro do território”, afirma
Joaquim Brigas. “Com este e com outros projetos, o IPG mostra a sua capacidade de ligar associações empresariais e de desenvolvimento com o tecido empresarial, reforçando a missão de servir a sociedade e valorizar o
Interior.”
A capacitação das PME da Região Centro para a transição digital está alinhada com os objetivos e metas da Estratégia Europa Digital. O IPG e os seus parceiros irão promover a utilização e a adoção de novas tecnologias através da disponibilização de ferramentas digitais, facilitando a análise de dados, a identificação de oportunidades de melhoria e apoiando o aumento da cibersegurança das empresas, alertando-as para riscos cibernéticos em que as
suas atividades incorrem.
O IPG, ADSI, NERGA e Capital Douro irão promover a utilização de ferramentas digitais de apoio ao marketing digital e à gestão de projetos, aumentando a eficiência dos processos e, consequentemente, contribuir para a redução de emissões e outras metas de sustentabilidade.

Fonte:IPG

Gala da AF Guarda com apresentação do Projeto da Academia de Futebol e nova plataforma digital

Teve lugar, na noite deste sábado, na Quinta da Cerca das Palmeiras (Minhocal – Celorico da Beira), a Gala da AF Guarda, com a presença de clubes, dirigentes, patrocinadores e demais entidades, onde foram entregues as placas e diplomas de certificação de Entidades Formadoras aos clubes presentes e mais algumas novidades.

 Visita de Pedro Proença e apresentação do Projeto da Academia de Futebol da AF Guarda
A  anteceder a gala, o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, visitou a Academia de Futebol da AF Guarda, situada em Celorico da Beira e assinou um protocolo entre a FPF, AF Guarda e Município de Celorico da Beira, para execução deste projeto que prevê a nova sede da Associação de Futebol da Guarda, pavilhão, campo de futebol de praia e mais um campo sintético.
Depois , seguiu a Gala com a presença de um vasto leque de convidados

, onde marcaram presença os patrocinadores, parceiros fundamentais que assim vão dar o naming aos diversos campeonatos distritais, sempre muito importantes para apoiar os clubes e valorizar o futebol distrital. Destaca-se a 1ªLiga Cima Tavfer que inicia já no dia 28 de setembro.

Apresentação da nova plataforma digital da AF Guarda

Foram entregues as placas e diplomas de certificação de Entidades Formadoras aos clubes presentes .
Este reconhecimento resulta do processo de certificação levado a cabo pela Federação Portuguesa de Futebol, em articulação com a AF Guarda, e contempla 30 clubes do distrito, desde o Centro Básico de Formação até ao nível de 3 Estrelas.

Uma das grandes novidades da noite, foi a apresentação da nova plataforma digital da AFG , será uma ferramenta inovadora que marca um novo ciclo de modernização no futebol distrital.
Desenvolvida em parceria com a COMUNILOG e a WEBIQ, esta plataforma destaca-se pelo seu sistema de Resultados na Hora, permitindo o acompanhamento em tempo real dos jogos, classificações, calendários e muito mais.
Luís Brás, presidente da AF Guarda, era um homem satisfeito, foi um dia de grandes feitos para o desenvolvimento do Futebol distrital, e avanços a nível nacional no futuro.
Por: António Pacheco

Artigo de opinião -Incêndios Florestais: entre cinzas e promessas e a retórica da resiliência

A tragédia dos incêndios de 2017 marcou uma viragem na gestão do território rural.

A partir daí iniciava-se uma reforma na política de prevenção de incêndios florestais que incluía várias medidas, tais como o programa ‘Aldeia Segura, Pessoas Seguras’, a obrigação da limpeza de terrenos privados, o cadastro florestal, a criação de faixas de proteção e a criação de modelos de gestão coletiva do território.

Várias destas medidas começaram a avançar, tendo havido uma mudança de orientação na gestão política e técnica dos fogos. Mas a memória da tragédia foi-se esvanecendo e o plano derrapou. O essencial ficou por cumprir.

A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), que coordenava a reforma, lançava um alerta: ‘’sem um novo ímpeto, o país arrisca-se a assistir de novo à destruição de infraestruturas ou a danos nas comunidades urbanas”.

Ao cenário de dificuldade na implementação das medidas, juntavam-se outros fatores: as vastas áreas de monocultura intensiva de eucalipto e pinheiro, o crescimento de espécies invasoras, as condições climáticas extremas e o problema do despovoamento.

E foi então que, em agosto de 2022, 25% da área total do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) ficou destruída. A Serra voltava a arder como se nada tivesse sido aprendido. Como se o sofrimento de 2017 tivesse sido em vão. Como se os relatórios, os diagnósticos, os planos e as promessas não passassem de palavras ocas. Ler Mais »

CineEco regressa em outubro com 81 filmes em competição e várias estreias nacionais

De 10 a 18 de outubro, Seia volta a ser o centro do Cinema Ambiental mundial. A Seleção Oficial dos filmes em competição na 31ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela é agora revelada. Estão a concurso 81 longas, médias e curtas-metragens internacionais e em língua portuguesa, filmadas em 31 países, e com ângulos de abordagem diversificados, tendo no Ambiente a sua temática transversal.

O CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, um dos festivais de referência de cinema ambiental da Europa, celebra este ano a sua 31ª edição. De 10 a 18 de outubro, Seia, bem no sopé da mais alta montanha de Portugal continental, a Serra da Estrela, volta a ser o centro da reflexão, debate e partilha de conhecimento sobre as questões climáticas e ambientais.

Este ano, o festival apresenta uma seleção oficial de 81 longas, médias e curtas-metragens internacionais e em língua portuguesa de 31 países, propondo um mosaico cinematográfico rico e diversificado sobre os desafios ambientais contemporâneos.

Na Seleção Internacional de Longas-metragens é de realçar um conjunto de dez obras em estreia absoluta em Portugal onde o fator humano é sempre determinante na investigação, observação ou vivência de uma dimensão da crise climática.

Comecemos com dois filmes-denúncia: WHITE HOUSE EFFECT, de Bonni Cohen, Pedro Kos, Jon Shenk, EUA, que explora a história dramática da origem da crise climática e como uma batalha política no governo de George H.W. Bush mudou o curso da história. Na mesma linha de ação, BLACK SNOW, de Alina Simone, EUA, o filme está centrado numa eco-ativista siberiana, apelidada de “Erin Brockovich da Rússia”, que luta pela sua comunidade.

A comédia subtil CLIMATE IN THERAPY, de Nathan Grossman, Olof Berglind, Malin Olofsson, Suécia, coloca sete cientistas do clima em terapia para lidar com as suas próprias emoções. Já o drama documental, A NEW KIND OF WILDERNESS, de Silje Evensmo Jacobsen, Noruega, acompanha uma família que procura uma existência livre e selvagem. O conto sombrio PET FARM, de Finn Walther, Martin A. Walther, Noruega, aprofunda os laços afetivos com os animais. Essa relação também é observada em MILCH INS FEUER (Smell of Burnt Milk), de Justine Bauer, Alemanha, uma meditação rural sobre o significado de ser um agricultor moderno, a feminilidade e a maternidade.

Os lugares mais marcantes desta programação surgem em THE TOWN THAT DROVE AWAY, de Grzegorz Piekarski, Natalia Pietsch, Polónia, filmado no Curdistão com os últimos residentes de uma cidade secular ameaçada quando o governo turco inunda as suas terras. KATWE, Nima Shirali, Uganda/Suécia, filmado num lago de sal africano onde a extração deixou de sustentar uma comunidade, e XUE SHUI XIAO RONG DE JI JIE (After the Snowmelt), de Yi-Shan Lo, Taiwan/Japão, retrata uma trágica expedição nos Himalaias.

A Seleção Oficial Internacional fica completa com a longa-metragem animada ÂNGELO NA FLORESTA MÁGICA, de Alexis Ducord, Vincent Paronnaud, França/Luxemburgo, sobre um rapaz de dez anos que sonha tornar-se explorador e zoólogo.

Já na Seleção de Longas-metragens em Língua Portuguesa destaca-se a estreia nacional do documentário brasileiro TESOURO NATTERER, de Renato Barbieri. Grande vencedor da edição 2024 do É Tudo Verdade, principal festival documental da América Latina, o filme narra a aventura desconhecida de um indigenista austríaco pela Amazónia no século XIX. O mesmo tema do olhar estrangeiro e exótico sobre a grande floresta brasileira retorna sob uma outra perspetiva no ensaístico e provocador NÃO HAVERÁ MAIS HISTÓRIA SEM NÓS, de Priscilla Brasil. A Amazónia também aparece na ficção ENQUANTO O CÉU NÃO ME ESPERA, de Christiane Garcia. Protagonizado pela estrela brasileira Irandhir Santos, o filme narra o drama vivido pelas populações ribeirinhas com a perturbação do ciclo das chuvas causada pelas mudanças climáticas.

Da Amazónia, a competição em língua portuguesa segue para Luanda, onde o documentário LINHA DE ÁGUA, de Rui Simões, retrata o trabalho único do artista angolano Victor Gama, que une natureza e experimentação sonora. Já em Portugal, a realizadora Marta Pessoa faz um passeio estético e poético pelos jardins de Lisboa em ISTO NÃO É UM JARDIM. E a cineasta indiana Kopal Joshy vai até à Serra da Estrela, onde estabelece uma amizade inesperada e comovente com um antigo morador local no documentário SOMOS DOIS ABISMOS.

Nesta seleção oficial do CineEco 2025, contamos ainda com a Competição de Curtas e Médias Metragens tanto internacionais como de língua portuguesa. Nas internacionais, destacamos a curta documental A QUI LE MONDE (Blooming), de Marina Russo Villani e Victor Missud, França, que teve a sua estreia nos Rencontres Internacionales de Paris e Berlim e ganhou o Green Festival Award deste ano. Já a produção luso-croata THAT´S HOW I LOVE YOU, de Mário Macedo, venceu o Grande Prémio do Curtas Vila do Conde do ano passado e PET FARM, do norueguês Martin A. Walther, foi menção honrosa já este ano em Salónica, no Thessaloniki Film Festival. Já o multipremiado filme de terror de Gonçalo Almeida, ATOM & VOID, arrecadou o Méliès d’Argent deste ano no HÕFF – Haapsalu Horror and Fantasy Film Festival, na Estónia, e Menção Honrosa no Fantastic Fest, EUA, do ano passado. Quanto às curtas em língua portuguesa, destaque para as co-produções luso-brasileiras: ENXOFRE, Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes, TEMPO DE SORRIR (Time to Smile), de Jonas Almeida Braga Amarante, e CANTOS DA METAMORFOSE OU AQUELA VEZ EM QUE EU ENCARNEI COMO BOTO, de Ainá Xisto.

Não menos importante é a Secção Competitiva Panorama Regional, dedicada a filmes com narrativas centradas no território e na Serra da Estrela e que, este ano, conta com as participações de O ÚLTIMO PASTOR DE SABUGUEIRO, de Laurène da Palma Cavaco, O INCÊNDIO, de Joana Cabete, SOMOS DOIS ABISMOS (We are two Abysses), de Kopal Joshy, TALHADOS NA PEDRA, de Tiago Cerveira, MONTAÑA ABAIXO (Down the Mountain), de Carlos Martínez-Peñalver Mas, e de PORTA-TE BEM, de Joana Alves.

De ressalvar que, este ano, o CineEco inclui pela primeira vez uma nova categoria na competição para Curtas-metragens de Ficção, Não Ficção e Animação, na qual concorrem 13 filmes de 12 países.

Conversa com João Bento– Balanço da temporada nos sub-17 do Seia FC

Depois de na temporada 2024/25 ter orientado o Seia FC , nos Nacionais de sub-17, João Bento enfrentou um desafio de dar vitalidade à formação senense e ficou por pouco a manutenção nos nacionais.

Foi um grande trabalho deste treinador muito experiente que nos falou deste desafio.

Que balanço faz desta temporada que foi um grande desafio ao orientar formação, neste caso o Seia FC?
Foi um desafio enorme pois há quase 30 anos não treinava formação e sabia que ia orientar uma equipa que nos anos anteriores sempre que disputava campeonatos nacionais estava condenada não só a descida como a lugares e resultados não muito positivos. Mas em boa hora aceitei e abracei este desafio, pois, apesar de não termos alcançado o que tanto fizemos por alcançar, conheci e convivi com pessoas fantásticas que me fizeram te readquirir o gosto pelo treino.

Regressar a Seia, depois de noutro tempo ter sido campeão, agora trabalhar uma equipa de sub-17 que merecia a manutenção?

Merecíamos mesmo fazer aquilo que ainda não foi feito: foste este aliás o lema desde o primeiro dia de trabalho.
Mas fizemos, ainda assim, muito!
Tivemos qualidade, melhoramos muito quer individual quer coletivamente os nossos atletas, conseguimos resultados aliados a exibições que nos deixaram imensamente felizes. Ficou a faltar muito pouco, pois depois de uma primeira fase em que assumidamente não nos preocupamos com os resultados mas somente com o processo, 2a fase começou com zero pontos para todos, iniciamos a 2a fase com muita vontade de fazer história e alicerçados nos jogos no nosso estádio, que acabou por nos ser nefasto nesta reta final por não estar nas melhores condições nem para treinos nem para jogos, estivemos na luta pela manutenção até a penúltima jornada, mesmo tendo sofrido com alguns erros externos que teimavam em nos querer afastar mais cedo da luta.
A sua carreira tem sido com muitos êxitos, qual o melhor momento e o menos bom?

O melhor momento ainda está para vir, mas não nego que o privilégio de conhecer, conviver, partilhar com pessoas de bem é o meu maior troféu. E nisso, esta época foi brutal. Quiçá a melhor, até porque estive em dois contextos em
Simultâneo, muito enriquecedores.
Quanto ao negativo, fica a impotência de não controlarmos fatores que colocam em causa o nosso trabalho, empenho e dedicação, em especial quando temos a certeza de serem premeditados e propositados. Junto ainda a falta de compromisso de alguns agentes desportivos no cumprimento das suas obrigações.

No futuro próximo, existe já um novo projeto na calha?

Sim já existe e em breve penso que o clube o irá anunciar.
Irei continuar a trabalhar onde me sinto bem, onde me sinto feliz e realizado e onde sinto que as pessoas também se sentem felizes com a minha pessoa e com o meu trabalho.

Que mensagem deixa a toda comunidade desportiva?

Uma mensagem simples. No final da época nem todos podem alcançar os resultados que desejam. Há sempre equipas campeãs, as que conseguem a manutenção e as que descem. Sempre. Há que respeitar e enaltecer o trabalho, a dedicação, o empenho e a paixão que TODOS colocam na missão que abraçam independentemente do resultado final não ser o desejado, tantas vezes não por culpa própria.

Comunicado – USGUARDA/CGTP-IN da conferência em Seia

A DEFESA E REFORÇO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

O Programa visa aprofundar o enfraquecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a desresponsabilização do Estado, com a intensificação da promoção do negócio com a
doença que só beneficia os grupos privados da saúde – para quem é já canalizado mais de metade do orçamento do SNS -, e também da transferência de algumas competências para o chamado sector social. Esta política debilitou e debilitará ainda mais o SNS e colocará o sector privado e o sector social, que a Lei de Bases da Saúde – que o Governo pretende alterar – define como meramente supletivos, como substitutos ou pelo menos em pé de igualdade com o serviço público, naquilo que o Governo designa como “sistema de saúde”.

Ao invés de reforçar a resposta pública, o Programa prevê a reestruturação da gestão do SNS, reorganizando-o em Sistemas Locais de Saúde com a participação do sector
privado e social; um incremento sustentado das USF tipo B e alargamento das USF tipo C aos territórios com baixa cobertura de médico de família; realizar convenções com
médicos de família do sector social ou privado e contratualizar consultas de especialidade nesses sectores para cumprir tempos de espera; lançar mais novas Parcerias Público-Privadas em hospitais; um programa de saúde oral com unidades sociais e privadas de medicina dentária; reforço da rede de cuidados continuados e paliativos, incluindo através de novas Parcerias Público-Sociais.

Quanto aos investimentos que reforcem o Serviço Nacional de Saúde, verifica-se uma grande dependência do PRR, que até final de 2024 só estava executado em 20%.

Na ULS GUARDA é fundamental e urgente a requalificação do PAVILHÃO 1 DO HSM que o investimento necessário tem que ser contemplado no OE 2026, tendo em
conta o elevado valor do investimento necessário a rondar os 80 milhões na nossa apreciação comparativa com outras obras até agora realizadas. Apesar do anúncio
do CA de investimentos de mais de 8 milhões suportados no PRR, não contemplam o investimento na requalificação completa do sistema de ventilação/refrigeração no
HNSA e outros espaços físicos da ULS Guarda.

As propostas apresentadas no que diz respeito aos trabalhadores do sector falham em responder ao que é verdadeiramente essencial para garantir a sustentabilidade do SNS:
salário base digno, valorização das carreiras e melhoria efectiva das condições de trabalho. Por exemplo, a promessa de incentivos para a fixação de médicos de família em zonas carenciadas (benefícios salariais, habitação subsidiada, apoio familiar e acesso preferencial à formação) não resolve o problema central: a ausência de uma carreira médica atractiva e estável, bem como de condições estruturais adequadas em todo o país.

No ano que passou as fragilidades do SNS agravaram-se por ação e inação do Governo, mas o Programa não deixa de culpabilizar os imigrantes por essa degradação, o que,
além de ser falso, configura uma visão racista e xenófoba deste problema.

O SNS, conquista de Abril, é o instrumento que, apesar das insuficiências que urge colmatar, leva a saúde a todas as classes e camadas da população. Longe de ser um
“modelo esgotado”, o SNS precisa de mais investimento, de maior abrangência, quer de âmbito da intervenção e promoção da saúde, quer em termos territoriais, precisa de ter os seus trabalhadores valorizados.

A CGTP-IN exige e lutará pelo cumprimento da actual Lei de Bases da Saúde e pela garantia do direito à saúde liberto da lógica do lucro para a qual o Governo o quer
remeter.

Não há uma única linha sobre contratação ou de um Plano com esse objetivo de curto, médio e longo prazo.

Não apresenta medidas para a retenção de enfermeiros, médicos e outros trabalhadores.

Fala em flexibilizar horários sem qualquer concretização

Em 2024 mais de metade do orçamento do SNS foi transferido para o sector privado, num total de 8,4 mil milhões de euros. A desresponsabilização do Estado prossegue também com a transferência de facto de algumas competências para o sector social, devendo estes dois sectores ser meramente supletivos da acção do Estado – tal como define a Lei de Bases da Saúde – e não ser substitutos ou estar em concorrência e\ou igualdade com o público. A CGTP-IN defende o reforço do SNS, pelo que considera prioritário:
1. Exigência imediata de aprovação do PDO/mapa de Pessoal para 2025 que permita a contratação para as necessidades permanentes e transitórias de todos
os trabalhadores necessários na ULS Guarda;
2. A valorização dos salários e carreiras de todos os trabalhadores do SNS e o fim da precariedade e subcontratação, regularizando os vínculos que correspondam a necessidades permanentes e aplicando as 35h a todos os trabalhadores;
Mantém-se a nossa exigência de consagrar um regime de dedicação exclusiva voluntária remunerada (acréscimos de 50% sobre o salário base).
3.  Uma política de financiamento que responda às necessidades dos serviços, impedindo o seu encerramento, a eliminação de todas as taxas moderadoras e a
autonomia das unidades de saúde, totalmente públicas, que possibilite uma gestão eficaz, nomeadamente a contratação de profissionais para 2026 sem autorização prévia de autorização ministerial ou outra, ou seja fomentando uma verdadeira autonomia administrativa e financeira do CA da ULS Guarda;
4. Uma aposta clara na melhoria e na universalidade dos cuidados de saúde primários no quadro do SNS, tendo por base a promoção da saúde e prevenção
da doença;
5. O fim das parcerias público-privadas e da compra de serviços a privados (outsourcing), uma vez que tem relevada repercussão do parco orçamento da nossa ULS Guarda;

6.  O fim do processo de transferência de competências para as autarquias do qual resultará o agravamento das desigualdades regionais;
7. O alargamento da rede pública de cuidados continuados e paliativos;
8. A alteração da regulamentação do estatuto do Serviço Nacional de Saúde, de modo a reflectir os conteúdos mais progressistas da nova Lei de Bases de Saúde
e priorizar a implementação dos sistemas locais de saúde.

Assistente Paulo Brás nomeado para a Supertaça Cândido de Oliveira Betano

O Conselho de Arbitragem da FPF deu a conhecer a equipa de arbitragem para o jogo da Supertaça Cândido de Oliveira Betano, a realizar na próxima quinta-feira, às 20h45, no Estádio Algarve, colocando frente a frente as equipas do Sporting CP e do SL Benfica.

O destaque para o árbitro assistente Paulo Brás da AF Guarda que foi nomeado.

Árbitro: Fábio Veríssimo
Assistentes: Paulo Brás e Hugo Marques
4.ª árbitro: David Silva
VAR: Bruno Esteves
AVAR 1: Pedro Felisberto
AVAR 2: Rui Costa

Os árbitros jovens, escolhidos pela APAF, são: Leonor Albergaria (AF Aveiro) e Tiago Sousa (AF Viana do Castelo)

fonte:FPF