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Religião

Avisos e Liturgia do XXXIII Domingo do TEMPO COMUM – ano C

A VIDA ETERNA EXIGE A VIVÊNCIA DA POBREZA DE JESUS

 No Evangelho ouvimos um fragmento do discurso escatológico que Jesus proferiu junto às portas do templo de Jerusalém. A palavra “escatológico” convida-nos a olhar para o fim dos tempos. Depois disto, Jesus iniciará o seu caminho rumo à paixão. O evangelho diz-nos que alguns dos presentes comentavam as maravilhas e o esplendor do segundo templo que ainda estava a ser construído; a grandeza do templo de Jerusalém, que era o lugar da presença e do encontro dos fiéis com Deus. E Jesus profere uma frase surpreendente: “Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. Desta forma, Jesus faz referência à decadência de toda a grandeza aparente, mesmo que seja a causa do orgulho de um povo. Os profetas, como Malaquias, já o tinham mencionado: “Há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há-de vir os abrasará”; perante a santidade de Deus, todo o mal e toda a injustiça são aniquilados.

Além disso, há uma série de factos que nos recordam a fragilidade da condição humana, como são as guerras, a fome, as pandemias e todos os tipos de cataclismos. Pensemos nas alterações climáticas, que nos lembram não só a nossa fragilidade enquanto espécie, como também a nossa responsabilidade ecológica, a que o Papa Francisco dedicou a encíclica “Laudato si”. Temos de estar conscientes de que o futuro das próximas gerações depende de nós! O templo de Jerusalém, que na altura em que São Lucas escreveu o seu evangelho já tinha sido destruído pelos romanos, foi substituído por um novo templo incorruptível, que é o corpo do Jesus ressuscitado. A partir de agora, este será o lugar da presença e do encontro com Deus. Assim, todas as promessas ditas pelos profetas realizam-se, tendo como fundamento a confiança no Deus da Aliança, que é o salvador: “Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação. É lógico que alguns dos primeiros cristãos pensassem que o fim dos tempos e a gloriosa vinda de Cristo não demorariam muito a chegar. São Paulo tentou esclarecer este mal-entendido que levou alguns membros da comunidade de Tessalónica a não trabalhar e a ter uma atitude de esperança passiva. Além disso, os primeiros cristãos já tinham sofrido conflitos e perseguições, a sua actividade missionária já tinha provocado a rejeição e a oposição daqueles que os viam como uma ameaça. É tão doloroso quando a traição procede da família e dos amigos! Como encarar esta situação com paz e serenidade? Jesus, no evangelho, propõe algumas atitudes: o discernimento perante os falsos profetas e salvadores, “Tende cuidado; não vos deixeis enganar”; ver as perseguições como uma ocasião para dar testemunho; confiar na ajuda de Cristo nestas situações: “Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer”. Finalmente, Jesus convida-nos a confiar na promessa de alcançar a vida eterna: “nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas”. Hoje, também devemos saber dar testemunho de Cristo na nossa sociedade e no mundo. E como dar testemunho, na perseverança, para alcançar a vida eterna? Como Jesus, sermos próximos, disponíveis e pobres para os outros. Há que reflectir sobre o modo de dar uma resposta adequada que traga alívio e paz a tantas pessoas, deixadas à mercê da incerteza e da instabilidade. Temos de crescer no sentido de comunidade e de comunhão, como um modo de vida.

Temos de ir mais além do comportamento assistencialista para com os pobres. A miséria é a pobreza que mata, é a filha da injustiça, da exploração, da violência e da redistribuição injusta dos recursos. Em contrapartida, temos uma pobreza que enriquece; é a que nos é oferecida por Jesus que nos liberta e nos faz felizes. Este é o paradoxo da vida da fé: a pobreza de Cristo torna-nos ricos. A riqueza de Jesus é o seu amor, que não se fecha a ninguém e vai ao encontro de todos, especialmente dos que são marginalizados e privados do que é necessário. Faremos parte dos “novos céus e da nova terra”, ou seja, da vida eterna, se a pobreza de Jesus Cristo for a nossa fiel companheira na vida.

 

16-11-2025

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Leitura Espiritual

«Tereis ocasião de dar testemunho»

 

Dou sem cessar graças ao meu Deus, que me guardou fiel no dia da minha tentação, de modo que hoje possa oferecer confiadamente a minha alma em oblação como «sacrifício vivo» (Rom 12,1) a Cristo meu Senhor, que me protegeu de todas as angústias. Por isso digo: quem sou eu, Senhor? Donde me vem esta sabedoria (cf. Mt 13,54), que não era minha, eu que nem o número dos meus dias conhecia e que ignorava a Deus? De onde me veio depois o tão grande e salutar dom de conhecer a Deus e de O amar, a ponto de deixar pátria e família, e de vir para junto dos pagãos da Irlanda pregar o Evangelho, para sofrer insultos por parte dos incrédulos, suportar muitas perseguições, «e até prisões» (2Tim 2,9), de forma a dar a minha liberdade pelo bem de outros? Se for digno disso, estou pronto para dar a minha própria vida sem hesitação; escolho consagrar a minha vida até à morte, se o Senhor mo permitir. Porque sou grandemente devedor de Deus, que me atribuiu esta grande graça de fazer, por meu intermédio, renascer em Deus numerosos povos, conduzindo-os depois à plenitude da fé. Permitiu-me também ordenar por toda parte ministros para este povo recentemente chegado à fé, este povo que o Senhor adquiriu nos confins da Terra, como tinha sido prometido pelos seus profetas (cf. Lc 1,70): «a ti virão os povos dos confins da Terra» (Is 49,6) e «estabeleci-te como luz das nações, para levares a salvação até aos confins da Terra» (Act 13,47). (São Patrício (c. 385-c. 461), monge missionário, bispo, Confissão, 34-38; SC 249).

 

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Avisos e Liturgia do XXX Domingo do TEMPO COMUM – ano C

DIANTE DE DEUS, APRESENTA-TE COMO ÉS E NÃO COMO APARENTAS

 No Domingo passado, na parábola do juiz injusto e da viúva persistente, Jesus ensinava a necessidade de rezar sem desanimar, sem nunca perder a esperança. No Evangelho deste Domingo, na parábola do fariseu e do publicano, Jesus recorda que a oração é a expressão do que temos dentro de nós, e que devemos estar constantemente atentos ao que permitimos que cresça dentro de nós. “Dois homens subiram ao templo para rezar”; dois homens que são muito diferentes um do outro: um fariseu, uma pessoa respeitada por todos e reconhecida por ser um cumpridor exemplar da Lei de Moisés; e um publicano, um cobrador de impostos, um traidor para o seu povo, um pecador. Esta é a aparência deles, ou seja, o que todos vêem exteriormente, esta é a imagem que eles próprios têm de si mesmos: o fariseu, orgulhoso, de pé diante de Deus, faz uma exposição detalhada das suas virtudes e expressa o seu desprezo por “outros homens”; por outro lado, o cobrador de impostos não se atreve a levantar os olhos para o céu, expõe a razão da sua necessidade de ser perdoado, e, batendo no peito, diz: “Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador”. E Jesus afirma: só o publicano regressou a casa perdoado. O fariseu não goza de tal perdão, uma vez que, como diz a primeira leitura, o Senhor não se orienta, através de considerações humanas. O fariseu, a partir da sua arrogância, pede contas a Deus, fala-lhe “tu a tu”, mas diz uma oração inexistente; por isso, não pode ser ouvido nem perdoado. O publicano, a partir da sua humildade, reza a Deus e pede-lhe compaixão, o que Deus não lhe pode negar, porque um pai não pode negar ao seu filho o que ele lhe pede, como disse na semana passada. Com esta parábola, Jesus apresenta-nos uma estrutura para nos fazer pensar, porque o fariseu e o publicano coexistem nos nossos corações. Todos temos dentro de nós aquele orgulhoso fariseu que se considera justo perante Deus e melhor do que os outros; e também temos aquele publicano que reconhece a sua fraqueza e o seu pecado, necessitado da misericórdia e do perdão de Deus. Por isso, Jesus avisa-nos para que a nossa oração, que é a expressão da nossa atitude diante de Deus e dos nossos irmãos e irmãs, não seja feita com a arrogância do fariseu, mas com a humildade do publicano. Assim, teremos a certeza de que esta oração é ouvida. Recordemos o que nos diz a segunda leitura, na qual São Paulo, que também foi um fariseu orgulhoso, que não só desprezava, mas também perseguia os cristãos, reconhece a graça de ter sido conquistado por Cristo e a vontade de se encontrar definitivamente com Ele, agora que “a sua partida está iminente”. A primeira leitura do livro de Ben-Sirá, diz-nos que Deus ouve o grito daqueles que sofrem: “Não despreza a súplica do órfão, nem os gemidos da viúva”. E diz-nos que esta súplica, mesmo que não seja expressa sob a forma de oração, “atravessa as nuvens” até chegar ao Altíssimo. Deus ouve o grito dos oprimidos e acolhe o sofrimento dos pobres. Como é bom saber isto! Mas, e nós não temos nada para ouvir, nada para dizer, nada para fazer? Será que Deus não nos convida a ouvir e a acolher este grito de súplica? É o grito de muitos dos nossos irmãos e irmãs que vivem as consequências de uma sociedade focada no interesse e no benefício económico a qualquer preço, fazendo surgir a exclusão social e muito sofrimento. É o grito daqueles que não conseguem encontrar emprego, daqueles que são expulsos das suas casas, das mulheres que estão sozinhas com os seus filhos, dos imigrantes que são maltratados e que se afogam às portas das nossas fronteiras. Deus ouve estes apelos e comove-se; o que estamos dispostos a ouvir, o que estamos dispostos a fazer? Também hoje, há quem pense, como o fariseu, que está “dentro” do grupo dos predilectos de Deus, mas está fora; e há quem pense que está excluído, mas está “dentro” do grupo dos predilectos de Deus.

 

26-10-2025

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Leitura Espiritual

«Tem compaixão de mim, que sou pecador»

 

Um fariseu e um publicano subiram ao Templo para a oração. O fariseu começa por enunciar as suas qualidades: «Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano». Miserável, que te atreves a julgar todo o mundo! Porque espezinhas o teu próximo? E ainda tens necessidade de condenar o publicano! Acusaste todos os homens, sem excepção: «por não ser como os outros homens nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos». Infeliz! Quanta presunção nestas palavras! O publicano, que ouviu esta oração, podia ter retorquido: «Quem és tu, para te atreveres a proferir tais murmurações sobre mim? Donde me conheces? Nunca viveste no meu meio, não pertences ao grupo dos meus amigos. A que se deve tamanho orgulho? Aliás, quem pode comprovar as tuas boas acções? Porque fazes o elogio de ti próprio e quem te incita a gloriares-te desse modo?». Mas não fez nada disso; muito pelo contrário: prostrou-se por terra e disse: «Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador». Porque fez prova de humildade, saiu justificado. O fariseu abandonou o Templo privado de absolvição, enquanto o publicano se foi embora com o coração renovado pela justiça. E, no entanto, não havia nele ponta de humildade, no sentido em que usamos este termo quando algum nobre se abaixa do seu estado. No caso do publicano, não era de humildade que se tratava, mas de simples verdade: ele dizia a verdade. (São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja, Homilias sobre a conversão, 2).

 

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Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

Avisos

De 26 de outubro a 02 de novembro
Paróquias de Maceira, Fuinhas,Sobral Pichorro, Muxagata, Figueiró da Granja e Mata.

Avisos e Liturgia do XXIX Domingo do TEMPO COMUM – ano C

A FONTE DA ORAÇÃO BROTA DA PALAVRA DE DEUS

As leituras deste Domingo são um convite a nunca perder a esperança na nossa caminhada como cristãos. Jesus, que está a instruir os seus discípulos a caminho de Jerusalém, quer ensinar-lhes a importância da oração perseverante. E fá-lo com esta parábola, que explica o contraste entre um juiz sem escrúpulos e uma viúva que lhe pede justiça; a insistência constante da viúva irá provocar uma reacção favorável deste homem injusto. Jesus sublinha que é a insistência desta mulher, e não tanto o desejo de fazer justiça do juiz, que fará que ela alcance os seus objectivos. Com esta parábola, Jesus quer encorajar os seus discípulos, e a nós hoje, a não enfraquecer a sua confiança em Deus. Muitas vezes as dificuldades que encontramos na vida – fracassos, doenças, adversidades de todos os tipos – podem provocar em nós um profundo sentimento de desânimo, tristeza, angústia. Se um juiz injusto é capaz de ouvir o grito de uma pobre viúva, como podemos duvidar que Deus não esteja perto do nosso sofrimento pessoal? Como podemos pensar que Deus, nosso Pai, não ouve, dia e noite, o nosso grito de angústia? Os discípulos foram testemunhas de que a oração era o centro de toda a vida e missão de Jesus. Nos principais momentos da vida de Jesus, a oração está presente: no seu baptismo no Jordão, diz-se que “estando em oração, o Céu rasgou-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele, como uma pomba. E do Céu veio uma voz: Tu és o meu Filho muito amado”; na sua morte, antes de expirar na cruz, diz uma oração: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Também sabemos que Jesus ia, assiduamente, a lugares isolados para rezar; especialmente quando tinha de tomar uma decisão importante na sua missão. Este testemunho constante da oração de Jesus será tão importante para os discípulos que lhe pedirão que lhes ensine uma oração, e Jesus lhes ensinará o Pai-Nosso. Hoje, dois mil anos depois, podemos também contemplar Jesus como mestre de oração para todos nós; e podemos pedir ao Pai para nunca perdermos a confiança nele; que faça crescer em nós as virtudes da perseverança diante das adversidades e da fidelidade à sua mensagem, pois são elas que alimentam a confiança. E perante os problemas do mundo e dos nossos irmãos e irmãs, não podemos esquecer que somos todos responsáveis por enfrentar juntos estas situações. Assim como Moisés na colina de Refidin rezou diante de uma batalha (1ª leitura), hoje somos convidados a travar o combate pela justiça num mundo cheio de leis injustas. A construção do Reino de Deus, que Jesus iniciou e pela qual deu a sua vida na cruz, não pode depender apenas da acção divina, mas também da nossa conduta diária, como cristãos. O grito dos irmãos e irmãs que sofrem, não só deve ser ouvido por Deus, como também deve chegar até nós, e temos de ter a coragem e o compromisso de lhes oferecer uma resposta eficaz. Estejamos cientes de que a esperança de muitos dos nossos irmãos pode depender desta resposta. As leituras de hoje convidam-nos, também, a valorizar a oração comunitária, que é uma fonte de unidade e comunhão, especialmente na Eucaristia; como também a oração comunitária feita pela família em sua casa, onde os pais ensinam as crianças a rezar; a oração que fazemos no início ou no fim de cada encontro de catequese; a presença constante da oração nas várias actividades que decorrem na paróquia; a oração que os visitadores dos doentes fazem com eles nas suas casas. Finalmente, a leitura da segunda carta a Timóteo fala-nos da importância do conhecimento e do uso da Palavra de Deus na comunidade cristã, que “é útil para ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça. Assim o homem de Deus será perfeito, bem preparado para todas as boas obras”. São Jerónimo dizia que “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. Procuremos, portanto, que o nosso conhecimento de Cristo esteja bem fundamentado na leitura da sua Palavra.

19-10-2025

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Leitura Espiritual

Rezar sempre sem desfalecer

Gostar de rezar. Sente muitas vezes, ao longo do dia, a necessidade de rezar. A oração dilata o coração, a ponto de ele se tornar capaz de receber o dom de Deus, que é Ele próprio. Pede, procura, e o teu coração alargar-se-á para O receber e O guardar como seu bem. Desejamos tanto rezar bem, e depois não conseguimos; então perdemos a coragem e desistimos. Se queres rezar melhor, tens de rezar mais. Deus aceita o fracasso, mas não quer que percas a coragem. Ele quer que sejamos cada vez mais crianças, cada vez mais humildes, cada vez mais cheios de gratidão na oração. Quer que nos recordemos de que pertencemos ao corpo místico de Cristo, que é oração perpétua. Ajudemo-nos uns aos outros com a oração. Libertemos o espírito. Não rezemos longamente: que as nossas orações não sejam intermináveis, mas breves e cheias de amor. Rezemos por aqueles que não rezam. Quem quiser ser capaz de amar tem de ser capaz de rezar. (Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade, «Não há amor maior»).

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Padre Carlos Casal e o Padre Jorge Carvalhal mantém funções de Vigário Geral e Vigário Geral Adjunto

Padre Carlos Casal e o Padre Jorge Carvalhal, que assumiram nos últimos cinco anos as funções de Vigário Geral e Vigário Geral Adjunto, respetivamente, tomaram hoje posse para um novo mandato de cinco anos.
A posse foi dada hoje à tarde, na Casa Episcopal, pelo Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, com a presença do Chanceler da Cúria, Padre Alcides Vilarinho, e de mais dois membros da Cúria.
Os vigários nomeados assumiram o compromisso, com a respetiva profissão de fé e juramento de fidelidade.
O Bispo agradeceu aos sacerdotes o trabalho realizado no mandato anterior e desejou-lhes as maiores bênçãos no exercício do seu ministério, em prol do maior bem da Diocese de Viseu e do povo de Deus que lhe está confiado.

Foto:DR

Avisos e Liturgia do XXVIII Domingo do TEMPO COMUM – ano C

A FÉ TEM FRUTOS QUE SE PROLONGAM NO TEMPO E QUE REQUEREM A PACIÊNCIA DO CAMINHO

 

Jesus continua a caminhar para Jerusalém com os seus discípulos. A certa altura, dez homens vão ao encontro de Jesus e, de longe, imploram ajuda: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”. São leprosos. No tempo de Jesus, a lepra era mais do que apenas uma doença grave e contagiosa; implicava a exclusão social dos doentes e, além disso, era um sinal de castigo divino. O leproso era um homem doente, um marginalizado, um maldito de Deus; ou seja, alguém que não era digno da compaixão de ninguém. Mas, não é assim que Jesus olha para os dez homens que pedem a sua ajuda. Jesus considera-os filhos de Deus, irmãos e irmãs e, portanto, dignos de receber a misericórdia do Pai. Jesus ouve e acolhe o grito destes homens, lançado a partir da sua miséria, mas pede-lhes que façam um acto de fé nele e que se apresentem aos sacerdotes, como está prescrito pela Lei de Moisés. Era o sacerdote que tinha de certificar a cura e diligenciar a reinserção social do restabelecido. E aqueles homens, que depositaram a sua confiança em Jesus e que se puseram a caminho, são curados. Deus escutou as suas preces. Hoje, podemos sentir-nos identificados com estes dez leprosos, porque todos temos atitudes e pecados que nos tornam impuros aos olhos de Deus e que prejudicam a nossa relação com os outros. Reconhecer estas atitudes e pecados faz-nos conscientes da nossa pobreza diante de Deus. Façamos nosso o seu pedido de ajuda: “Jesus, tem compaixão de mim”. É uma oração que será sempre ouvida e acolhida. Se reconhecermos a nossa pobreza, tornamos possível a acção amorosa e gratuita de Deus em nós. E lembremo-nos que esta oração – “tem piedade de mim, Senhor” – está presente no início da Eucaristia por três vezes: “Senhor, tende piedade de nós”, “Cristo, tende piedade de nós”, “Senhor, tende piedade de nós”. Iniciamos sempre a celebração da Eucaristia reconhecendo a necessidade de sermos acolhidos, perdoados, amados por Aquele que “permanece fiel” (2ª leitura). Jesus curou estes dez leprosos de uma doença que lhes causa sofrimento, que os faz viver fora das cidades. Seguindo estritamente as instruções de Jesus, põem-se a caminho para obter o documento do sacerdote que certificará a sua cura. No entanto, um deles toma consciência de uma realidade mais profunda; percebeu que a sua cura não significa apenas a cura de uma doença, mas foi uma experiência da salvação amorosa e gratuita, oferecida por Deus; e tem necessidade de agradecer e de transformar esta gratidão em louvor; por isso, “voltou atrás” para ir ter com Jesus. “Era um samaritano”; ou seja, um irmão odiado e rejeitado que a história separou do tronco comum partilhado pelo resto dos judeus; de tal forma que se consideravam, mutuamente, como “estrangeiros”. Jesus fica sensibilizado com a atitude deste homem e reconhece nele a acção salvífica do Pai, que não faz distinções por origem ou nacionalidade, dizendo-lhe: “Levanta-te, e segue o teu caminho, a tua fé te salvou”. Tal como antes nos podíamos identificar com os dez leprosos que imploraram misericórdia, agora podemos identificar-nos muito mais com este leproso que agradece a Jesus e glorifica a Deus por ter experimentado a sua salvação. Pensemos naquilo que temos para dar glória a Deus: pelo dom da vida, por ter conhecido Jesus Cristo, por ter encontrado uma família na nossa comunidade cristã…. Certamente todos podem acrescentar as suas causas pessoais. Tenhamos a consciência do general sírio Naamã, na primeira leitura, e do salmista que canta ao Senhor “pelas maravilhas que Ele operou” e que afirma que “os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus”. Nós também experimentamos na vida a salvação do nosso Deus. Louvemos o Senhor pelas maravilhas que faz em nós e por todas as graças que nos concede.

 

12-10-2025

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Leitura Espiritual

A fé que purifica

 

Estes dez leprosos representam o conjunto dos pecadores. Quando Cristo Nosso Senhor veio ao mundo, todos os homens sofriam de lepra da alma, embora nem todos estivessem fisicamente doentes. Ora, a lepra da alma é bem pior que a do corpo. Mas vejamos a continuação: «Conservando-se a distância, disseram em alta voz: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”». Esses homens mantiveram-se a distância porque não ousavam, tendo em conta o seu estado, aproximar-se mais dele. O mesmo se passa connosco: enquanto permanecemos nos nossos pecados, mantemo-nos afastados. Para recuperarmos a saúde e nos curarmos da lepra dos nossos pecados, supliquemos com voz forte: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!». Porém, que esta súplica não nos saia da boca, mas do coração, porque o coração fala mais alto. A oração do coração penetra nos Céus e sobe até ao trono de Deus. (São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo, Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 2, 40; PL 165, 426-428).

 

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Unidade Pastoral das P.Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres.

De 12 a 19 de outubro de 2025

Avisos e Liturgia do XXVII Domingo do TEMPO COMUM – ano C

 

SER “SERVOS INÚTEIS”, NA HUMILDADE E GENEROSIDADE DE JESUS

 Jesus está a caminho de Jerusalém, e vai instruindo os discípulos. Nos versículos anteriores ao texto de Lucas que temos diante de nós neste Domingo, Jesus disse aos discípulos que devemos sempre perdoar o irmão que nos ofendeu: “Se o teu irmão te ofender, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: ‘Arrependo-me’, perdoa-lhe”. É possível que este mandamento de Jesus tenha provocado uma reacção nos discípulos, especialmente naqueles que eram apóstolos, devido à dificuldade de o realizar. A partir daí, deve ter surgido uma oração, que poderá ser entendida como um pedido de ajuda ao Senhor: “Aumenta a nossa fé”. Certamente já fizemos esta experiência de nos sentirmos muito limitados no momento de pôr em prática os ensinamentos de Jesus: no seu amor generoso, na necessidade de perdoar aquele que nos ofendeu, na confiança em Deus Pai nos momentos difíceis, em dar a vida na rotina de cada dia… Por isso, está na hora de fazer o mesmo que os apóstolos: voltar o nosso olhar para o Senhor e confiar que ele pode sempre agir nos nossos corações para que sejamos mais fiéis ao Evangelho. Cada um de nós também deve dizer todos os dias: “Aumenta a nossa fé”. Não importa que esta fé seja pequena como a semente de mostarda, porque quem actua no nosso coração não é a nossa força de vontade, mas a graça de Deus; e Jesus diz-nos, com imagens tiradas da sabedoria oriental, que esta graça vai sempre para além do nosso olhar humano. Certamente, alguns pensaram que “isto não era possível”, quando ouviram a parábola da amoreira plantada no mar! Não coloquemos limites à acção de Deus no nosso mundo! Nesta altura do ano, estão a iniciar-se muitas actividades dirigidas a crianças e a jovens: a catequese, o ano escolar, os escuteiros…. Então, podemos ter presente o que Paulo diz a Timóteo: “Toma como norma as sãs palavras que me ouviste, segundo a fé e a caridade que temos em Jesus Cristo. Guarda a boa doutrina que nos foi confiada, com o auxílio do Espírito Santo, que habita em nós”. Deus confia-nos um grande tesouro que é a fé de muitas crianças e jovens das nossas paróquias: “Exorto-te a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos”. Nós, que temos a missão de ensinar e de acompanhar, somos convidados a reanimar a chama daqueles que nos foram confiados, apesar das dificuldades, e manter vivo o Espírito que nos foi dado, que não é de “timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação”. Esta recomendação de Paulo também se dirige às famílias, para que possam procurar reacender todos os dias a chama do amor mútuo e do amor pelas crianças, que são o tesouro que Deus lhes confiou. Finalmente, temos de pensar como pôr em prática este dom da fé que tem crescer todos os dias; como reacender constantemente a chama deste dom do Espírito que nos foi dado? Jesus responde-nos no Evangelho deste Domingo: no serviço generoso e desinteressado ao irmão. Mais uma vez, coloquemos o nosso olhar em Jesus: ele é o primeiro a dar o exemplo. Assim, quando os discípulos mostram um desejo de fama e prestígio e pedem para se sentarem à sua direita e à sua esquerda, Jesus diz-lhes: “quem entre vós quiser fazer-se grande, seja o vosso servo; e quem no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão”. Se o nosso Mestre e Senhor nos dá este exemplo, a nossa missão é servir os nossos irmãos. À nossa volta, temos muitos exemplos de serviço generoso e desinteressado: na família, no nosso local de trabalho, nos vários serviços da comunidade paroquial, ou de algumas instituições sociais. Agradeçamos a Deus por tantas pessoas que hoje ajudam os nossos irmãos e irmãs com a humildade e a generosidade que Jesus nos ensina, vivendo, assim, a fé que professam e celebram.

 

05-10-2025

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Leitura Espiritual

«Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer»

 

Sê sempre fiel nas pequenas coisas, pois é nelas que reside a nossa força. Para Deus, nada é pequeno. A seus olhos, nada tem pouco valor. Para Ele, todas as coisas são infinitas. Põe fidelidade nas coisas mais mínimas, não pela virtude que lhes é própria, mas por essa coisa maior que é a vontade de Deus – e que eu respeito infinitamente.

Não procures realizar acções espectaculares. Devemos renunciar deliberadamente ao desejo de contemplar o fruto do nosso labor, fazendo apenas o que podemos, o melhor que pudermos, e deixando o resto nas mãos de Deus. O que importa é a dádiva que fazes de ti mesmo, o grau de amor que pões em cada acção que realizas. Não te permitas perder a coragem perante os fracassos, se de facto deste o teu melhor. E recusa a glória sempre que fores bem-sucedido.

Oferece tudo a Deus com a mais profunda gratidão. Sentires-te abatido é um sinal de orgulho, que mostra quanto acreditas nas tuas forças. Deixa de te preocupar com o que as pessoas pensam. Sê humilde e coisa alguma te importunará. O Senhor ligou-me aqui, ao lugar onde estou; será Ele a desligar-me. (Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade, «Não há amor maior»).

 

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Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

De 05 a 12 de Outubro

Paróquias de Fuinhas, Maceira, Muxagata, Sobral Pichorro e Figueiró da Granja.

Avisos e Liturgia do XXVI Domingo do TEMPO COMUM – ano C

A TEOLOGIA DA POBREZA: RICOS NA POBREZA DE DEUS

 

Neste Domingo, temos diante de nós a parábola do pobre Lázaro. O texto começa por introduzir os dois personagens principais, embora o pobre seja aquele que é descrito com mais pormenor: ele está numa situação desesperada, sem forças para se levantar; está deitado à porta do homem rico e come as migalhas que caem da sua mesa; tem o seu corpo cheio de chagas e os cães lambem-lhe as feridas. Esta situação é ainda mais dramática se considerarmos que o pobre homem se chama Lázaro: um nome que é um grito, um apelo à consciência do homem rico que vive indiferente ao seu infortúnio, uma vez que Lázaro significa “Deus ajuda”. Os pobres às portas dos ricos são um apelo para que os ricos se convertam e mudem as suas vidas. O primeiro convite que esta parábola nos faz é abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada um é um dom, seja o nosso vizinho ou um pobre estranho. Um pobre que fica à porta, à espera de compaixão, é um dom para nós e muito grande, porque os pobres estão no centro do Evangelho. Encontramos no Evangelho de Lucas um texto central e programático (Lc 4,14-21). É aquele em que Jesus vai à sinagoga de Nazaré, recebe o pergaminho do profeta Isaías, abre-o e lê a passagem de Isaías 61,1-2: “ O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu: enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros”. Os pobres não são pessoas sem importância, é como o rico o vê, mas estão no centro da vida, no centro do Evangelho. Para o Papa Francisco, a base da “teologia da pobreza” está nisto: “a pobreza é o centro do Evangelho, tanto que se retirarmos a pobreza do Evangelho, nada da mensagem de Jesus seria entendida. Paulo, com o seu pensamento, apresenta o fundamento daquilo a que podemos chamar “a teologia da pobreza”: “Conheces a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, fez-se pobre, para nos enriquecer na sua pobreza”. “Ser pobre é deixar-se enriquecer pela pobreza de Cristo e não querer ser rico com riquezas que não são as de Cristo, ou seja, é fazer o que Cristo fez”. Porque a pobreza cristã significa “que eu dou do que preciso e não do supérfluo, mesmo do necessário, aos pobres, porque sei que eles me enriquecem”. E porque é que os pobres me enriquecem? “Porque Jesus disse que ele próprio está nos pobres” (Francisco, “Meditações Diárias”, 16 de Junho de 2015). O seu nome, Lázaro, também significa que, aqueles que são esquecidos por todos, Deus não os esquece: quem não vale nada aos olhos dos homens, é valioso aos olhos do Senhor. O texto mostra como a injustiça na terra é ultrapassada pela justiça divina: após a morte, Lázaro é recebido “no seio de Abraão”, isto é, em felicidade eterna, enquanto o homem rico acaba “no inferno, no meio dos tormentos”. A este respeito, outra pergunta que podemos fazer a nós mesmos é o destino dos ricos. Como se concilia o inferno com a misericórdia de Deus? A mesma pergunta é colocada por Dostoievsky no romance The Brothers Karamazov, que comenta esta parábola com este grande texto: “Meus pais, o que é o inferno? Acho que é como o sofrimento de não ser capaz de amar. A certa altura, num momento de espaço e tempo infinitos, um ser espiritual tem a possibilidade, através da sua aparência na Terra, de dizer a si mesmo: “Eu existo e amo”. Só por uma vez lhe foi concedido um momento de amor activo e vivo. Para tal, foi-lhe dada vida terreste, de tempo limitado. Bem, este ser feliz rejeitou o dom inestimável; não lhe deu ânimo nem olhou para ele com carinho: observou-o ironicamente e permaneceu insensível a ele. Este ser, quando deixa a terra, vê o seio de Abraão, conversa com ele, como vemos na parábola de Lázaro e do homem rico com um coração mau; contempla o paraíso e a possibilidade de se elevar para o Senhor. Mas é atormentado pela ideia de chegar sem ter amado, de entrar em contacto com aqueles que não amou, tendo-os desprezado” (Parte Dois, Livro VI, Capítulo 3). O inferno é o sofrimento de não ser capaz de amar. Vivamos neste mundo, sem desperdiçar o dom que recebemos. Vamos semear o amor e seremos recompensados com o melhor das colheitas.

 

28-09-2025

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Leitura Espiritual

Um pobre jazia junto do seu portão

 

Deus destinou a Terra, com tudo o que ela contém, a todos os homens e todos os povos; de modo que os bens criados devem chegar equitativamente às mãos de todos, segundo a justiça, secundada pela caridade. Sejam quais forem as formas de propriedade, conforme as legítimas instituições dos povos e segundo as diferentes circunstâncias, deve-se atender sempre a este destino universal dos bens. Por esta razão, quem usa esses bens não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de poderem beneficiar, não só a si, mas também aos outros. De resto, todos têm o direito de ter uma parte de bens suficiente para si e para a sua família. Assim pensaram os Padres e os Doutores da Igreja, que ensinaram que os homens têm obrigação de auxiliar os pobres, e não apenas com bens supérfluos. E quem se encontra em extrema necessidade tem o direito de tomar, dos bens dos outros, aquilo de que necessita. (Nota: Nestes casos, aplica-se o princípio: «Em momentos de necessidade extrema, todas as coisas são comuns, isto é, todas as coisas devem ser tornadas comuns»). É claro que, para a recta aplicação deste princípio, devem ser respeitadas todas as condições moralmente exigidas. Sendo tão numerosos os que no mundo padecem fome, o sagrado Concílio insiste com todos, indivíduos e autoridades, para que, recordados daquela palavra dos Padres – «alimenta quem tem fome, porque, se o não alimentaste, mataste-o» –, repartam realmente e distribuam os seus bens, procurando sobretudo prover esses indivíduos e povos dos auxílios que lhes permitam ajudar-se e desenvolver-se. (Concílio Vaticano II, Constituição sobre a Igreja no mundo actual, «Gaudium et Spes», 69).

 

http://www.liturgia.diocesedeviseu.pt/

Unidade Pastoral das P. de Fornos de Algodres, Cortiçô, Casal Vasco, Infias, Vila Chã e Algodres

Avisos de 28 de setembro a 05 de outubro.

Diocese de Viseu – Sacerdotes propuseram 16 aspirantes ao Diaconado Permanente

A Diocese de Viseu tem 16 aspirantes ao Diaconado Permanente, propostos pelos párocos ao Bispo D. Antonio Luciano, que serão acompanhados pelo responsável deste sector da pastoral, Padre António Jorge.

Reuniram no Seminário de Viseu o padre responsável pelo Diaconado, os párocos dos aspirantes e o Bispo, D. António Luciano, para em conjunto refletirem sobre a importância da missão dos diáconos na Diocese, ouvindo as motivações e anseios de cada sacerdote, tendo ainda sido dadas orientações sobre todas as etapas do processo de admissão, que começa com um tempo de discernimento.

Foi ainda apresentado o projeto formativo do Ano Propedêutico para os aspirantes ao Diaconado Permanente, que contempla as dimensões humana, espiritual, intelectual, e pastoral.

Na sua intervenção inicial, o Bispo reforçou que “a Igreja precisa deste ministério ordenado para estar presente no mundo com os leigos”, olhando para as necessidades das paróquias, comunidades e serviços.

Apontou a liderança da Igreja como um trabalho e necessidade que deve “envolver todos os cristãos”. “Este é um projeto que começa agora, que queremos ajudar a crescer e que chegará ao tempo em que os irmãos propostos serão ordenados no ministério do diaconado”, referiu o Prelado.

D. António Luciano pediu ainda aos sacerdotes presentes que, em simultâneo, trabalhem também o projeto das vocações ao ministério presbiteral, laical e à vida consagrada, “porque sem vocação comprometida não há Igreja dinâmica”.

O Padre António Jorge reforçou a importância do Diaconado Permanente para um bom funcionamento da Diocese e da Igreja. “Tendo em conta as responsabilidades e atividades assumidas atualmente pelos sacerdotes nas suas comunidades, os presbíteros têm necessidade de ter pessoas competentes e formadas que possam viver o espírito do serviço”, enalteceu o Padre António Jorge, adiantando que “se uma Igreja diocesana não tem diáconos permanentes significa que a sua diaconia está mal partilhada”.

Atualmente existem na Diocese de Viseu 13 diáconos permanentes. A formação de um diácono permanente é um processo sério e estruturado, que envolve preparação teológica, espiritual, pastoral e humana. É voltada para homens (casados ou celibatários) que se sentem chamados a servir a Igreja por meio do ministério diaconal. É um processo que envolve várias etapas, ficando concluído com a formação teológica-pastoral, que tem a duração de três anos.

Foto:DR

Município de Fornos de Algodres recebeu Prémio “Autarquia do Ano” – Grupo Mosqueteiros e Jornal ECO

Projeto “Resíduos Orgânicos com Valor” (recolha porta-a-porta de resíduos)

Teve lugar a entrega do Prémio “Autarquia do Ano” – organizado pelo Grupo Mosqueteiros e Jornal ECO , com o Município de Fornos de Algodres a ser distinguido pelo projeto “Resíduos Orgânicos com Valor” (recolha porta-a-porta de resíduos).
Na entrega deste prémio, esteve Bruno Costa (Chefe de Gabinete do Executivo) e referiu que :”Este prémio é dos Fornenses, que são um exemplo ao nível da consciencialização e boas práticas ambientais.
Mas não é um ponto de chegada, antes um ponto de partida que nos incentiva a fazer ainda mais e melhor. É por isso que temos como meta, no próximo mandato, alargar o projeto a todas as freguesias do concelho”.

Fotos:BC

Novos Cónegos na Diocese da Guarda

O Bispo da Guarda, D. José Pereira, publicou nesta terça-feira, dia 23 de setembro de 2025 um decreto de nomeações pastorais, com especial incidência no Colégio de Consultores e no Cabido da Sé Catedral.
No documento, o Prelado sublinha a importância deste órgão colegial, que coopera com o Bispo diocesano na missão de santificar e ensinar, promovendo também a formação litúrgica e teológica a partir da Catedral.
O Cabido da Sé é chamado a desempenhar um papel significativo no diálogo entre fé e cultura e no anúncio do Evangelho da Esperança à sociedade.
Por seu turno, o Colégio de Consultores, que coincide na Diocese da Guarda com o Cabido da Sé, é um importante órgão de colegialidade e comunhão com o Bispo na condução da ação pastoral.
Após o pedido de jubilação, por idade e saúde, do Rev.do Cónego Abel António Albino, o Colégio de Consultores encontrava-se em risco de não reunir o número mínimo de membros necessário para deliberar. Deste modo, tornava-se necessário regularizar a situação, garantindo a continuidade e vitalidade destes órgãos.
Assim, depois de consultado o Cabido, o Bispo da Guarda nomeou como Cónegos e membros do Colégio de Consultores: Pe. Francisco Pereira Barbeira, Pe. Henrique Manuel Rodrigues dos Santos e Pe. Joaquim Cardoso Pinheiro.
Com estas nomeações, D. José Miguel Barata Pereira reforça o dinamismo pastoral e a missão do Cabido e do Colégio de Consultores, sublinhando que este serviço não deve ser entendido como uma posição de privilégio, mas como uma verdadeira missão ao serviço da Diocese