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Artigo de opinião-A geração “rasca” já é idosa por inércia de ministros compreensivos

“No meu décimo ano de escolaridade, eu e um pequeno grupo de amigos minha da turma de Humanidades do colégio Salesiano de Lisboa, organizou-se para participar na manifestação que viria a apelidar a minha geração de “rasca”.
Esta manifestação tinha como objetivo contestar a decisão da ministra da educação do governo de Cavaco Silva, na intenção de introduzir as provas globais no ensino secundário com um grande peso na avaliação que era necessária na altura para entrar na faculdade.

Éramos na altura, uns meninos do colégio, colegas do atual ministro socialista Duarte Cordeiro que infelizmente ficou nas aulas. No entanto este pequeno grupo a que eu pertencia, sentimos e compreendiamos verdadeiramente que o ativismo da juventude era necessário para a educação e por isso não nos importamos de ter uns carimbos vermelhos de faltas na nossa caderneta salesiana e lá fomos manifestarmo-nos contra a maioria laranja e contra a decisão de Manuela Ferreira Leite.

Não nos passava pela cabeça que esta manifestação iria apelidar a nossa geração praticamente durante a vida toda pois somos uma geração à rasca durante toda a nossa vida neste país.

Senão vejamos: apanhámos a explosão de licenciados que nos bloqueou o acesso ao emprego em 2001, apanhámos pouco depois de organizarmos a vida, casarmos, etc…a crise imobiliária de 2008 que estoirou com as nossas residuais poupanças, depois apanhámos a troika em 2011 até 2015 que ainda nos deixou mais de rastos, depois foi a pandemia em 2019 e agora as guerras em 2023…

O único sonho que ainda resta a esta geração que é filha dos revolucionários de Abril e que prometeram aos sete ventos construir um Portugal melhor, é ambicionar um pouco de dignidade na sua reforma pois estes governos que mandam no país mostram muita compreensão por quem sofre dizem-se compreensivos mas continuam “sem sair da sala” para irem saberem realmente o sentimento de quem sofre…

Os partidos responsáveis por nos trazerem até aqui não podem continuar a ser vistos pelos portugueses como um clube de futebol que se torce durante toda uma vida porque senão do outro lado da barricada, onde está o povo, também haverá quem toda a vida viva em sofrimento e esteja até aos últimos dias numa geração idosa mas ainda “à rasca”…

Paulo Freitas do Amaral
Professor de História

 

Artigo de opinião- Paulo Freitas do Amaral-“Uma maioria absoluta precisa de fiscalização quinzenal”

Aqui fica um novo artigo, numa nova temática, do Prof. Paulo Freitas do Amaral, desde já agradecemos a sua colaboração.

Uma maioria absoluta precisa de fiscalização quinzenal

Os debates quinzenais voltaram à nossa vida política. Se tivermos em conta que em Inglaterra o primeiro ministro vai todas as semanas ao parlamento prestar contas da sua governação, penso que em Portugal, o executivo com mais governantes da nossa História, terá que prestar contas da ação deste enorme elenco de políticos.

Muito surpreendido fiquei, quando ouvi as declarações da presidente de câmara socialista, Inês de Medeiros, a dizer que esta frequência de debates só seria útil para achincalhar o sistema político e em que nada serviria para o progresso de Portugal.

Se ao menos argumentasse que o debate ficaria mais “afunilado” nos líderes partidários e tiraria agenda à prestação de esclarecimentos dos ministros no parlamento, ainda poderia concordar, agora usar o argumento de degradação do sistema político, parece-me desapropriado e um argumento exagerado, só compreensível devido a algum receio dos partidos do “bloco central” ou não fosse este receio também sentido nas declarações de Ribau Esteves do PSD a propósito da participação do CHEGA nestas sessões que passarão a ser mais frequentes.

Estes debates quinzenais foram introduzidos no mandato de José Sócrates, talvez pelo o próprio achar-se um “animal feroz” na sua capacidade argumentativa mas acabou por expor as suas próprias fragilidades, devido à realidade dos portugueses ser bem diferente, além de outros episódios importantes como os gestos deploráveis de Manuel Pinho que levaram à sua demissão.

A desastrosa liderança de Rui Rio e da sua calamitosa direção, retirou de forma errada, estes debates que agora são repostos a bem da fiscalização do governo, embora com regras temporais mais limitadas do que anteriormente.

Veremos pois os episódios dos próximos capítulos da governação socialista e se não acontecerá como na modalidade desportiva do judo, em que o próprio adversário muitas vezes cai, fruto da sua própria força…

Paulo Freitas do Amaral
Professor de História

Paulo Freitas do Amaral abandona CDS e promete fundação de novo partido

Em comunicado foi referido que: Paulo Freitas do Amaral entregou o cartão de militante do CDS por achar que o partido deixou de cumprir os valores que os seus fundadores quiseram implementar na sociedade portuguesa.
Na perspectiva de Paulo Freitas do Amaral, o grupo próximo de Paulo Portas e Manuel Monteiro, na liderança do partido desde 1993, prefere ver o partido morrer, recusando definitivamente o centrismo e recusando ouvir e permitir os militantes mobilizarem-se e dialogarem dentro do partido.
Nos últimos meses Paulo Freitas do Amaral foi boicotado em diversas iniciativas que tentou realizar no CDS. A palestra cancelada na concelhia da Amadora por ordem de Nuno Melo, a falta de ideias do líder para Portugal muito semelhantes ao CHEGA, o congresso prometido pelo líder do CDS em meados de 2023 mas que não se realizou e as últimas declarações de Nuno Melo que possibilitam uma coligação de poder com aquele partido nas próximas eleições da Madeira em Setembro foram a “gota de água” que fizeram Paulo Freitas do Amaral entregar o seu cartão de militante, procedimento este já aceite pelos serviços de secretaria do CDS.
Paulo Freitas do Amaral afirmou ainda que o CDS se alguma vez se pareceu com uma “Associação de estudantes” como afirmou Paulo Portas na TV em horário nobre e em período de eleições sobre o CDS, agora nas palavras de Paulo Freitas do Amaral “o CDS mais se parece com uma associação de reformados”.
Paulo Freitas do Amaral promete mais novidades para breve na política com a fundação de um partido e diz que é urgente existir uma alternativa centrista em Portugal e que responda à defesa dos costumes, tradições e costumes, mas não esquecendo que o estado social pode diminuir a diferença entre pobres e ricos na sociedade portuguesa.