E chegou mais um verão. Desde o dia 21 de junho que estamos oficialmente na época de verão, época essa que termina a 23 de setembro.
Os dias tornam-se mais longos, as noites mais curtas; o tempo aquece substancialmente, as roupas encurtam, para todos e todas, apetece o gelado, e no fim do dia de trabalho apetece ir a uma esplanada e beber umas cervejas com uns tremoços ou amendoins.
É também aquela altura pela qual todos os portugueses, ou a grande maioria, suspira; a praia, as ondas, o descanso depois de meio ano de trabalho, correrias, e outros stresses típicos da vida moderna.
As vilas, aldeias e cidades do litoral, enchem-se de portugueses e também muitos estrangeiros, para que numa qualquer duna de uma qualquer praia deste País se possam refastelar ao sol, descansar e recuperar baterias para o resto do ano que ainda falta.
E mesmo numa altura de aperto de cinto (perdoem-me a expressão), o português arranja sempre uns trocos para poder dar esta escapadinha que tanto merece. Afinal, também merecemos sermos felizes durante uns dias, esquecermos as dificuldades da vida que temos enfrentado nestes últimos tempos, com a crise económica e social, com a guerra, com a inflação; Sim porque perdoe-me agora a fugida à política; não vivemos no paraíso que nos querem fazer crer…
Mas o verão é também aquela altura do ano, em que damos conta das sirenes dos bombeiros mais a miude; dos helicópteros e aviões a passar por cima das nossas casas e locais de trabalho. É aquela altura do ano, em que os noticiários das televisões abrem, muitas vezes, com notícias e imagens dos incêndios rurais e florestais que teimam em não serem reduzidos ao máximo no nosso País.
E digo reduzidos, porque, sejamos honestos e racionais; o fogo faz parte da natureza, nós nunca vamos conseguir erradicar o fogo da floresta; deve ser um desígnio nacional reduzir ao máximo o número de ignições de incêndios rurais a cada ano que passa.
Para termos uma ideia, nos EUA o programa de redução de incêndios florestais, iniciou-se durante a Segunda Guerra Mundial; espantado? Não fique; antes da guerra os EUA já tinham que lidar com grandes incêndios florestais; e com o iniciar da guerra, muitos dos bombeiros que combatiam estes fogos, foram chamados a servir o País nas forças armadas, deixando uma grande lacuna nos bombeiros florestais; foi então que o governo federal, em 1942 iniciou um programa educacional das populações para evitarem comportamentos de risco nas áreas florestais ou rurais, tendo em 1944 aparecido o Smokey Bear.
Vejam a data, 1942 e ainda hoje os EUA têm incêndios; ou seja, a irradicação dos incêndios é impossível. Mas é possível ganhar esta batalha noutro campo; na educação.
Sim, investir na educação de miúdos e graúdos, para que possamos reduzir ao máximo o número de ignição de incêndios rurais; cumprindo o que os nossos governantes legislam acerca das limpezas e controle de material combustível; mas acima de tudo, durante o verão evitar os comportamentos de risco, que infelizmente nos portugueses, costumas achar que isso só acontece aos outros e quando damos por ela, já temos o incêndio pregado.
Por isso neste verão, e não querendo ser maçador; por favor evitem os comportamentos de risco nas áreas rurais e florestais.
Só assim, todos nós como sociedade e País podemos reduzir ao máximo os incêndios florestais…