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Saúde

25.º Aniversário da VMER da Guarda

Foram celebrados os 25 anos de dedicação, prontidão e serviço à comunidade! A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Guarda assinala um quarto de século ao serviço da vida.
A data foi marcada com a inauguração de uma mostra fotográfica no átrio da Consulta Externa, disponível até ao final do mês — um tributo visual a todos os momentos vividos por esta equipa incansável.
Durante a sessão comemorativa, a Presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda, Rita Figueiredo, reafirmou a urgência de reforçar os meios ao dispor da VMER, com a reivindicação junto da tutela de novas viaturas de emergência médica.
Esta necessidade foi igualmente destacada pelo Diretor Clínico, Nuno Sousa, e pelos coordenadores da VMER, Pedro Ventura e Honorato Robalo, que enalteceram o compromisso contínuo de toda a equipa em prestar cuidados de excelência.

Foto:DR

Artigo de opinião – Dia Mundial do Ritmo Cardíaco assinalado-Fibrilhação Auricular

Fibrilhação Auricular: A doença silenciosa responsável por um terço dos AVC em Portugal

O coração pode, por vezes, apresentar alterações na sua atividade elétrica, originando o que chamamos de arritmia. A mais comum e clinicamente relevante é a fibrilhação auricular (FA).

Nesta condição, o coração bate de forma irregular e descoordenada, especialmente nas aurículas (as cavidades superiores do coração), que deixam de contrair de forma eficaz. Isso favorece a formação de coágulos no interior do coração, que podem ser libertados para a circulação e causar a obstrução de uma artéria. A consequência mais grave é o acidente vascular cerebral (AVC) isquémico, causado pela interrupção do fluxo sanguíneo a uma parte do cérebro.

A FA é uma doença frequente: afeta cerca de 2,5% da população portuguesa com mais de 40 anos e mais de 6% acima dos 60 anos. Esta arritmia aumenta em cinco vezes o risco de AVC isquémico e é responsável por cerca de um terço dos AVCs em Portugal. Além disso, os AVCs associados à FA são habitualmente mais graves, com maior risco de incapacidade permanente ou morte.

A FA também está associada a outras complicações graves, como a insuficiência cardíaca e a demência.

Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de FA encontram-se: envelhecimento, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, apneia do sono, doenças cardíacas, tabagismo e consumo excessivo de álcool, entre outros.

Em muitos casos, a FA é assintomática. Quando se manifesta, pode provocar palpitações (sensação de batimento acelerado ou irregular), tonturas, cansaço ou até desmaios. O diagnóstico requer a realização de um electrocardiograma (ECG) ou Holter-ECG (registo contínuo durante 24 horas).

Após o diagnóstico, na maioria dos casos é recomendada a toma de anticoagulantes para reduzir o risco de AVC. Existem também medicamentos e procedimentos minimamente invasivos que ajudam a controlar os sintomas e a prevenir complicações.

A adoção de um estilo de vida saudável e o controlo dos fatores de risco vascular são fundamentais para prevenir o aparecimento da FA. Em caso de sintomas, procure avaliação médica. Se lhe for prescrito um anticoagulante, não interrompa a terapêutica sem indicação médica.

Prof. João Pedro Marto
Neurologista na ULS Lisboa Ocidental e membro da Sociedade Portuguesa do AVC

Composição do XXV Governo Constitucional

Foi assim divulgada a lista completa de Ministros que compõem o novo Governo de Portugal, liderado por Luís Montenegro, como Primeiro-Ministro.

Este novo organograma, surge com algumas caras novas e assim fica aqui a sua composição:

-Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: Paulo Rangel
-Ministro de Estado e das Finanças: Joaquim Miranda Sarmento
-Ministro da Presidência: Leitão Amaro
-Ministro da Economia e da Coesão Territorial: Manuel Castro Almeida
-Ministro Adjunto e da Reforma do Estado: Gonçalo Matias
-Ministro dos Assuntos Parlamentares: Carlos Abreu Amorim
-Ministro da Defesa Nacional: Nuno Melo
-Ministro das Infraestruturas e Habitação: Miguel Pinto Luz
-Ministra da Justiça: Rita Alarcão Júdice
-Ministra da Administração Interna: Maria Lúcia da Conceição Abrantes Amaral
-Ministro da Educação, Ciência e Inovação: Fernando Alexandre
-Ministra da Saúde: Ana Paula Martins
-Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: Maria Palma Ramalho
-Ministra do Ambiente e Energia: Maria da Graça Carvalho
-Ministra da Cultura, Juventude e Desporto: Margarida Balseiro Lopes
-Ministro da Agricultura e Mar: José Manuel Fernandes

Artigo de Luís Miguel Condeço—–Candeia que vai à frente…

Há ditados populares que carregam verdades intemporais.

Apesar do gradual desaparecimento daquela luminária, que queimava lentamente as gorduras (como o azeite) e os hidrocarbonetos (como o petróleo), através da mecha, e que de uma forma geral o povo entendia que à frente alumiava duas vezes, lembra-nos do poder transformador de quem guia o caminho, iluminando não só a sua própria rota, mas também a de quem vem atrás. Esta visão luminosa, deve convidar todos a refletir sobre liderança, progresso e esperança, uma vez que vivemos “uma mudança de época” (como diria o Papa Francisco) política, religiosa e social.

Neste mês de maio, esta visão ganha um significado especial ao recordar o nascimento de Florence Nightingale. Esta mulher de sangue inglês, viu pela primeira vez a luz em Florença, no dia 12 de maio de 1820, sendo reconhecida anos mais tarde como a fundadora da enfermagem moderna. Embora passados mais de cento e cinquenta anos do choque bélico que a tornou célebre – a Guerra da Crimeia (já no século XIX em conflito armado), ainda hoje lhe reconhecemos a coragem e dedicação com que, cuidou de soldados feridos em condições precárias. Também ela munida de uma candeia, com a qual vigiada os doentes durante as noites, aliviando-lhes o sofrimento e a solidão.

O legado de Nightingale mudou para sempre a forma como vemos a enfermagem e a prestação de cuidados de saúde, transformando a prática de enfermagem numa atividade profissional, assente no conhecimento científico, com uma metodologia científica e voltada para a investigação, abandonando de vez, o cariz não profissional. A ênfase que colocou na higiene, na organização hospitalar e na formação de enfermeiras salvou inúmeras vidas e estabeleceu padrões seguidos até hoje. Não admira que, o dia do seu nascimento (12 de maio), tenha sido o escolhido para instituir o Dia Internacional do Enfermeiro, em sua homenagem, evocando o valor destes profissionais.

O Dia Internacional do Enfermeiro é uma oportunidade para valorizarmos quem, tal como Nightingale, se dedica ao cuidado do próximo. Em hospitais, centros de saúde e unidades de saúde familiares, lares e unidades de cuidados continuados, ou em muitos outros, os enfermeiros são candeias que iluminam “caminhos” difíceis, mesclando competências técnicas, relacionais, instrumentais, comunicacionais, científicas, e acima de tudo – humanas. É justo destacar o papel vital que desempenham nas nossas comunidades: estão na linha da frente do cuidado, desde a maior das instituições até ao mais pequeno dos serviços. Ao assinalarmos este dia, reforçamos a gratidão e o respeito por quem cuida, inspirando-nos no seu exemplo.

Mas a luz que guia não se limita à saúde. Também na esfera cívica e política precisamos de candeias que vão à frente, apontando caminhos de futuro. Portugal vive mudanças políticas significativas, com eleições legislativas que nos trará mais um ciclo governativo. Após momentos de incerteza, os portugueses irão às urnas e demonstrarão a vitalidade da nossa democracia. A forte participação e a serenidade do ato eleitoral foram sinais de maturidade, que passados cinquenta anos de voto livre (25 de abril de 1975), devem manter a chama da liberdade acesa, possibilitando ao povo escolher de forma pacífica e consciente.

Com uma nova legislatura, renova-se a esperança de que o país possa enfrentar os desafios com energia redobrada. Independentemente das cores partidárias, espera-se que prevaleça o compromisso com o bem comum. Apesar dos gigantescos desafios na saúde, educação e economia, há sempre a oportunidade de fazer melhor. As nossas populações anseiam pela promoção do desenvolvimento económico e social, e pela valorização dos serviços essenciais à comunidade.

Da enfermagem à governação, a lição é clara: a liderança pelo exemplo tem um efeito multiplicador. Florence Nightingale, com a sua “candeia”, iluminou mais do que os corredores de um hospital de campanha – abriu caminho para a dignificação do cuidar e para o desenvolvimento da saúde pública. Do mesmo modo, cada candeia que assume a dianteira – seja um enfermeiro proficiente, seja um governante comprometido – pode iluminar o porvir de todos.

“Candeia que vai à frente alumia duas vezes”: cada passo pioneiro beneficia tanto quem o dá como toda a comunidade que o segue. O futuro constrói-se com a confiança de quem leva a candeia e a determinação de quem segue essa luz.

Autor:

Luís Miguel Condeço

Professor na Escola Superior de Saúde de Viseu

LPCC duplica investimento em Bolsas para a investigação em oncologia na região Centro

Numa edição com novidades, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC) abriu, a partir desta terça-feira (6 de maio) e até 14 de julho, o processo de candidaturas às Bolsas de Investigação em Oncologia. Na edição 2025/26, o NRC.LPCC irá disponibilizar 168 mil euros para o incentivo a projetos de investigação sobre o cancro, atribuindo um total de 14 Bolsas: dez de apoio a Centros de Investigação e quatro Bolsas Honoríficas.

A investigação científica em oncologia é entendida pelo NRC.LPCC como um dos pilares da missão que leva a cabo. Na sessão formal de lançamento das Bolsas, Vítor Rodrigues, presidente da Direção Regional do Centro da LPCC, destacou que “o aumento dos valores angariados com o último Peditório e com a Consignação de IRS possibilita este incremento no número e, consequentemente, no montante atribuído”, acrescentando que “procuramos – nós, sociedade, e através da LIGA – fornecer aos investigadores mais verbas para desenvolverem o seu trabalho, que pode surtir efeitos a curto, médio ou longo prazo”.

10 Bolsas para Centros de Investigação e 4 Bolsas Honoríficas

A atribuição das Bolsas continuará a conferir um valor individual de 10 mil euros, agora com um acréscimo de dois mil euros/Bolsa para apoio à publicação. Serão atribuídas quatro Bolsas Honoríficas: Bolsa Dr. Rocha Alves, com vista ao apoio a trabalhos de investigação relevantes na área da radioncologia realizados em Portugal; Bolsa Dr. Dário Cruz, destinada a equipas de investigação que integrem investigadores que apresentem um projeto de investigação na área da senologia; Bolsa Professor Carlos de Oliveira, que se destina a projetos de investigação na área da ginecologia oncológica; Bolsa Dra. Manuel Mendonça, atribuída pela primeira vez e por legado próprio da psiquiatra, dirigida a projetos na área da nutrição oncológica.

No que diz respeito às Bolsas de apoio a Centros de Investigação, juntam-se às atribuídas ao CIMAGO (duas), destinadas às equipas de Investigação desta Instituição – no mesmo número e com o mesmo financiamento – as Bolsas destinadas a equipas de investigação dos Centros Académicos Clínicos de Coimbra, das Beiras (Covilhã) e Egas Moniz Health Alliance (Aveiro) e, ainda, do IPO de Coimbra.

Catarina Oliveira, vogal da Direção e Coordenadora da Investigação Científica do NRC.LPCC, sublinhou que se “pretende promover a investigação colaborativa, com um alargamento a mais Instituições da região Centro, ampliando, assim, o âmbito do apoio à Investigação”.

Recorde-se que, anualmente, têm sido abertas candidaturas às Bolsas de Investigação em Oncologia, sendo que, na última edição foram distinguidos sete projetos, num investimento total de 70 mil euros. Nesta edição, o investimento ascende a mais do dobro do montante, que será distribuído, equitativamente, pelas 14 Bolsas.

Desde 2015, o NRC.LPCC já atribuiu 44 Bolsas (32 Bolsas LPCC-NRC/CIMAGO, nove Bolsas Dr. Rocha Alves, duas Bolsas Dr. Dário Cruz e uma Bolsa Professor Carlos de Oliveira), tendo contribuído, assim, ao longo destes anos, com cerca de 504 mil euros para a investigação em Oncologia.

Todas as informações e os formulários de candidaturas às Bolsas de Investigação em Oncologia 2025/26 encontram-se disponíveis em www.ligacontracancro.pt/bolsas.

Formalizada venda de terreno ao grupo Embeiral para construção do Hospital São Mateus Guarda, num investimento de 25M

Foi assinada esta terça-feira, dia 15 de abril, a escritura da venda de um terreno ao grupo Embeiral para a construção de um hospital privado, na Quinta da Torre, junto ao Parque Industrial. O operador comprou o lote para investir 25 milhões de euros na criação de uma unidade de saúde que vai servir toda a Beira Interior, com cerca de 200 postos de trabalho.

A venda foi formalizada, numa sessão realizada no edifício dos Paços do Concelho, entre o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa e os representantes do operador privado. O grupo, já com outras unidades de saúde em funcionamento na região centro, tem agora o prazo de um ano para apresentar o projeto à Câmara Municipal e fica obrigado a iniciar a obra nos seis meses seguintes ao aval da autarquia. Os investidores estimam que a unidade de saúde possa estar concluída dentro de três anos.

O presidente do Conselho de Administração do grupo Embeiral, Carlos Lemos, salientou que o projeto será bom tanto para o setor privado, como para o setor público. A expectativa é que seja um complemento do sector público e que à semelhança do que sucede noutros pontos do país consiga captar médicos para a cidade.

“Acho que vai ser uma conjugação de esforços que vai funcionar bem, tal como tem funcionado em Viseu, onde nós já estamos há uns anos. Somos um complemento do público. Não vamos ser concorrentes”, sustentou o empresário.

A Guarda será o ponto central do projeto, mas a intenção dos investidores é que a nova unidade de saúde sirva toda a Beira Interior.

O futuro Hospital São Mateus – Guarda deverá criar cerca de 200 postos diretos e outros indiretos. A nova unidade de saúde será explorada pela empresa do grupo Cliniform Saúde que já desenvolve atividade na Guarda e em diversos concelhos da região. O projeto, a desenvolver numa área de 10 mil metros quadrados, terá todas as valências e especialidades, incluindo internamento, blocos operatórios, consulta externa, urgência 24 horas, análises clínicas e exames de diagnóstico.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, tem reiterado que a ideia que a Guarda deve ter um hospital público de excelência, mas considera que à semelhança de outras cidades podem existir unidades de saúde privadas para complementar a oferta.

 

Celorico da Beira-Projeto Equipa Móvel de Proximidade apresentado

Decorreu nesta terça-feira , pelas 9H00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a apresentação  pública do Projeto Equipa Móvel de Proximidade e uma ação promocional no Mercado Municipal.
A cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara, Carlos Ascensão e dos representantes das entidades parceiras.
Equipa Móvel de Proximidade é um projeto promovido pela Câmara Municipal de Celorico da Beira em parceria com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira, a GNR, através do Núcleo de Idosos em Segurança do Posto Territorial de Celorico da Beira, e a ULS Guarda, através da UCC Celorico/Fornos.
Composta por 4 elementos, um por cada entidade parceira, a Equipa Móvel de Proximidade é uma equipa multidisciplinar que pretende atuar junto das populações nas próprias localidades, deslocando-se para o efeito todos meses, às quintas feiras, entre 4 a 6 freguesias, numa carrinha, que se estacionará num ponto estratégico da aldeia (igreja, praça Junta de Freguesia, IPSS), a fim de prestar apoio aos interessados, entre as 9H00 e as 17H00, nas áreas da competência dos elementos que acompanham o veículo.
A Equipa Móvel de Proximidade irá dar apoio à comunidade, nas vertentes de saúde e ação social, segurança e proteção civil, com o propósito de melhorar as condições de vida e combater o isolamento geográfico e social a que estão mais sujeitos alguns grupos populacionais vulneráveis no interior do país, como idosos, pessoas em idade ativa e/ou desempregada, entre outros.
Neste âmbito, irá sinalizar e encaminhar casos para os serviços de saúde e ação social; promover a educação para a saúde e estilos de vida saudáveis; combater o isolamento social e identificar necessidades de vigilância e de proteção civil.
As datas das deslocações às freguesias serão divulgadas em tempo oportuno.

Fotos:M.Celorico da Beira

Viseu – III International Congress “The Child in the world Today and Tomorrow”

Vai decorrer o III International Congress “The Child in the world Today and Tomorrow”,  nos dias 02 e 03 de junho, numa iniciativa da Unidade Científico Pedagógica de Enfermagem da Criança e do Adolescente da Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSV) no Auditório Carlos Pereira da ESSV. No primeiro dia do evento (02/06), decorrerão cursos pré-congresso sobre “Abordagem do Acesso Venoso em Pediatria”, “Gestão e Otimização dos Sistemas de Perfusão de Insulina” e “Massagem Infantil”.

No segundo dia (03/06), a partir das 09h30, irão decorrer diversas Conferências e Sessões de Comunicações Livres.

Artigo de opinião de Luís Miguel Condeço— O valor da saúde

Foi durante a criação da Organização das Nações Unidas, cedo se percebeu a necessidade de instituir um organismo internacional responsável pela saúde. De tal forma que, rapidamente o Comité Técnico nomeado pelo primeiro Secretário-Geral da ONU, o norueguês Trygve Halvdan Lie, elaborou e apresentou propostas para uma constituição, à Conferência Internacional da Saúde, que seria aprovada no ano de 1946 por 51 países membros e 10 países não membros.

Esperando cerca de dois anos pela ratificação de 26 dos países fundadores, a Constituição da Organização Mundial da Saúde entra em vigor no dia 7 de abril de 1948, sendo a data consensual para a fundação da organização.

E foi ao sétimo dia do mês de abril, em 1950, que se comemorou o primeiro Dia Mundial da Saúde, para apoiar e consciencializar prioridades à época como a malária, a saúde das mulheres e crianças, a tuberculose, as infeções sexualmente transmissíveis, a nutrição e a saúde ambiental. Com o passar dos anos, o trabalho da OMS ampliou-se para fazer face aos problemas de saúde que não eram sequer conhecidos em 1948, como as “novas” doenças – vírus da imunodeficiência humana, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), ou o coronavírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2).

Passados 75 anos da evocação deste dia, a OMS continua a destacar a importância da saúde materna e neonatal como pilares fundamentais para sociedades mais sustentáveis, prósperas e justas. No entanto, sabemos que a cada ano, aproximadamente 300 mil mulheres perdem a vida devido a complicações relacionadas com a gravidez ou o parto. E mais de 2 milhões de Recém-nascidos morrem no primeiro mês de vida, e outros milhões nascem sem ela. A cada 7 segundos contabilizamos uma morte, que poderia ser evitável.​

Os países enfrentam desafios significativos para alcançar as metas globais de sobrevivência materna até 2030, e 80% deles não conseguirão cumprir os objetivos estabelecidos. Este cenário sublinha a necessidade urgente de implementar estratégias eficazes que garantam a sobrevivência e o bem-estar de mães e recém-nascidos.​

É essencial garantir que todas as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade antes, durante e após o parto. E que não devem abranger apenas as complicações obstétricas, mas também as questões relativas à saúde mental, doenças não transmissíveis e planeamento familiar. Uma gravidez saudável e um parto seguro contribuem significativamente para a construção de comunidades mais saudáveis e resilientes, assegurando um futuro pleno de esperança para todos.

Em Portugal, o Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade para reforçar as políticas e programas dedicados à saúde materna e neonatal. Iniciativas que promovem o acompanhamento pré-natal, o acesso a partos assistidos por profissionais qualificados e o apoio pós-parto são essenciais para reduzir a mortalidade materna e infantil. Além disso, a educação para a saúde reprodutiva e a promoção de estilos de vida saudáveis desempenham um papel crucial na prevenção de complicações durante a gravidez e o parto.​

Este ano, a OMS convida-nos a refletir sobre os avanços alcançados e os desafios que persistem na área da saúde reprodutiva e infantil. É um momento para renovar compromissos, mobilizar recursos e fortalecer colaborações entre instituições governamentais, organizações não-governamentais, profissionais de saúde e comunidades. Podemos trabalhar juntos, para um futuro onde cada nascimento seja um momento de comemoração e cada criança tenha a oportunidade de crescer saudável e feliz.​

A participação ativa da sociedade civil é fundamental para o sucesso das iniciativas no âmbito da saúde materna e neonatal. Ao promovermos a consciencialização sobre a importância dos cuidados pré e pós-natais, incentivamos as mulheres a procurarem os serviços de saúde disponíveis e a adotarem práticas benéficas para a sua saúde e a dos seus bebés. Comunidades informadas e envolvidas são mais capazes de apoiar as mulheres durante a gravidez e o pós-parto, criando redes de suporte que contribuem para melhores resultados de saúde.​

Ao assegurarmos “inícios saudáveis”, estamos a construir “futuros cheios de esperança”, onde cada indivíduo tem a oportunidade de alcançar o seu pleno potencial e contribuir para um mundo mais saudável e equitativo. É este o valor da Saúde!

Autor

Luís Miguel Condeço

Professor na Escola Superior de Saúde de Viseu

6ªedição do Fim de Semana da Saúde no Palácio do Gelo Shopping

Dando continuidade às ações integradas na sua Política de Responsabilidade Social, o Palácio do Gelo Shopping promove, nos dias 5 e 6 de abril, a 6ª edição do Fim de Semana da Saúde.

O grande objetivo deste evento é proporcionar, a todos quantos visitem o centro comercial e o desejem, a realização de diversos rastreios à saúde, de forma gratuita.

À disposição dos interessados estarão técnicos de saúde para rastreios à visão, numa parceria com as lojas OMB, Wells e Multiópticas; rastreios auditivos oferecidos pela loja Widex; rastreios de saúde oral por parte da Smile Up, rastreios capilares da Insparya, e rastreios cardiovasculares por parte da Farmácia Pinto de Campos e dos alunos do Instituto Piaget.

O Hospital CUF Viseu efetuará rastreios diversos em várias áreas da saúde e a associação Giro HC realizará rastreios à diabetes.

O Fim de Semana da Saúde no Palácio do Gelo Shopping decorrerá no Piso 0, entre as 11h00 e as 20h00 e com ele será assinalado o Dia Mundial da Saúde, que ocorre a 7 de abril.
Para a diretora do shopping, “Com a realização desta iniciativa, para a qual nos rodeamos de alguns parceiros, a maioria com lojas no Palácio do Gelo Shopping e entidades ligadas à área da saúde localizadas nas imediações do centro comercial, queremos proporcionar aos nossos clientes e ao público em geral que o deseje, uma avaliação a alguns aspetos da saúde. Consideramos da maior importância oferecer este tipo de rastreios à população, sendo uma forma muito simples, prática, direta e gratuita de avaliação da saúde. Este ano temos como novidade os rastreios à saúde capilar. É com o maior gosto que estamos de portas abertas nos dias 5 e 6 de abril para promover a saúde dos nossos concidadãos, sendo também essa uma responsabilidade social da nossa empresa”, realça Cristina Lopes.