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Trancoso – Ação de sensibilização dedicada ao Acidente Vascular Cerebral (AVC)

No âmbito do Eixo 4 – Atividade 1 do Plano de Ação do CLDS, realizou-se  no Auditório do Pavilhão Multiusos, uma ação de sensibilização dedicada ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), com o objetivo de informar a comunidade sobre a importância da prevenção, da adoção de estilos de vida saudáveis e da atuação correta em caso de emergência.

A iniciativa contou com a colaboração da Unidade de Saúde Local (ULS), representada pelas enfermeiras Sofia e Claudina e pela estagiária na área da nutrição Rafaela, que abordaram temas como os sinais de alerta do AVC, a importância de uma alimentação equilibrada e os principais fatores de risco associados à doença.

Os Bombeiros Voluntários de Trancoso também marcaram presença, com a participação do bombeiro, Luís Fonseca, que abordou uma perspetiva prática dos meios de socorro disponíveis e os procedimentos a adotar perante uma situação de suspeita de AVC, reforçando a necessidade de acionar rapidamente os serviços de emergência.

𝗘𝘀𝘁𝗲 𝗣𝗿𝗼𝗷𝗲𝘁𝗼 é 𝗮𝗽𝗼𝗶𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗙𝗦𝗘+, 𝗣𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀 𝟮𝟬𝟯𝟬, 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝟮𝟬𝟯𝟬 𝗲 𝗣𝗲𝗹𝗮 𝗨𝗻𝗶ã𝗼 𝗘𝘂𝗿𝗼𝗽𝗲𝗶𝗮 “𝗢𝘀 𝗙𝘂𝗻𝗱𝗼𝘀 𝗘𝘂𝗿𝗼𝗽𝗲𝘂𝘀 𝗠𝗮𝗶𝘀 𝗣𝗿ó𝘅𝗶𝗺𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗶”.

Por:MT

Artigo de Sara Morais—ANSIEDADE EXISTENCIAL E A HIPNOTERAPIA

A natureza é caracterizada pela sua ciclicidade, lançamos uma semente na terra, esperamos que esta ganhe raízes para que possa germinar, crescer, florescer e morrer. Assim como as fases da lua, como o dia e a noite, como as marés…Há um ritmo inerente a tudo!  O Ser Humano como elemento natural faz parte,também, de um ciclo: nascer, viver e morrer. Durante este “viver”, o leitor cumpre a sua experiência através de uma ciclicidade de eventos como as guerras, pandemias, perdas de referências, crises económicas, afetos e desafetos, grandes e rápidas transformações sociais, doenças, mudanças de valores e comportamentos. Esta roda viva que é a vida favorece aquilo que se designa por ansiedade existencial.

A ansiedade existencial é caracterizada por uma angústia profunda alimentada pelas perguntas centrais da existência: “Quem sou eu?”, “Qual é o sentido da minha vida?”, “Como lidar com a morte e a finitude?”. Embora estas interrogações façam, naturalmente, parte da condição humana e possam impulsionar crescimento pessoal, também, quando persistem de modo recorrente ou intenso, compromete a saúde mental, pois pode criar sofrimento e favorecer o isolamento, assim como afetar o bem-estar, o sono, a motivação, relações inter e intra-pessoais, desencadear depressão ou bloqueios existenciais.

A hipnoterapia surge como uma ferramenta terapêutica que pode oferecer caminhos complementares para aliviar essa ansiedade existencial. Ao induzir um estado de relaxamento e de consciência, existe uma maior atenção e concentração e uma menor funcionalidade crística consciente o que permite a permeabilidade da mente. Neste seguimento, ao intervir na ansiedade existencial é possível trabalhar os valores pessoais, o sentido de vida, permite ao leitor entrar em contacto com o que verdadeiramente lhe é importante, assim como o que pode estar escondido ou esquecido. Esta primeira abordagem poderá aliviar o sentimento de vazio ou de desorientação existencial. Uma outra abordagem é o trabalho sobre a redução de medos profundos, como por exemplo: o medo da morte ou de morrer, medo do sofrimento ou isolamento. Neste âmbito, as técnicas utilizadas ajudam a enfrentar e as reprocessar esses medos. Ainda no modelo interventivo existem as imagens terapêuticas e metáforas que ajudam a trabalhar o sentimento de segurança e a reconciliação com o “eu”. Existe, também, práticas de auto-hipnose e auto cuidado que podem ser trabalhadas para que o leitor reúna as ferramentas necessárias para a auto regulação emocional.

Em conclusão, a hipnose não é uma “cura milagrosa”, não resolve todos os conflitos existenciais sobretudo se houver condições psiquiátricas graves associadas, ou se for utilizada sem acompanhamento. No entanto, aparece como uma intervenção promissora para aliviar a ansiedade existencial, através da facilitação de significado, redução do medo ou sofrimento, do uso de metáforas simbólicas e da criação de práticas de auto-hipnose, pode ajudar o leitor a encontrar maior sentido de vida, mais aceitação e menos angústia.

 

Sara Morais – Hipnoterapeuta

 

 

ANEM – Med on Tour em Fornos de Algodres

Vai ter início nesta quinta-feira, dia 23 e prolonga-se até domingo, dia 26, uma ação denominada ANEM – MED ON TOUR, por um grupo de estudantes de Medicina desenvolverão várias iniciativas junto da população do Concelho de Fornos de Algodres, nomeadamente:
– Rastreios Cardiovasculares, em locais públicos, e porta-a-porta;
– Sessões em Lares/Centros de Dia;
– Ações de formação em escolas;
– Ações com crianças;
– Ação de sensibilização para a problemática das infeções sexualmente transmissíveis.

De salientar que , o rastreio em local público será, no sábado, dia 25 de outubro, pelas 14h30, no Largo da Misericórdia  (em caso de condições climatéricas adversas será na Residência de Estudantes).

O Med on Tour é um programa da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) e define-se como uma atividade de promoção da saúde e prevenção da doença, através do desenvolvimento de iniciativas cujo objetivo primordial é o aumento da literacia em saúde da população portuguesa.
Através das iniciativas propostas a ANEM pretende aproximar a saúde das populações com mais carência de cuidados e contribuir para a formação de melhores médicos.

Artigo de opinião de Luís Miguel Condeço—Entre o desperdício e a fome

Dia 16 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Alimentação, uma data que, mais do que evocativa, deverá ser um apelo à consciência coletiva. Instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), este dia convida-nos a refletir sobre os desafios globais da alimentação. Nos países desenvolvidos, a atenção recai principalmente sobre a alimentação saudável e a sustentabilidade alimentar, procurando-se reduzir o consumo de produtos ultraprocessados (produzidos industrialmente e com alto teor de sal, açúcar e gorduras), valorizar a produção local e promover dietas amigas do ambiente. Mas enquanto discutimos a origem biológica de um tomate ou a redução da pegada de carbono da carne, há milhões de pessoas que continuam simplesmente a lutar pela sobrevivência.

Cerca de 673 milhões de pessoas estão em situação de fome no mundo, segundo o relatório mais recente da FAO (2024). E não se trata apenas de um dado estatístico, mas de um flagelo que destrói vidas, compromete futuros e mina comunidades inteiras. Entre as suas vítimas mais cruéis estão as crianças, que em muitos países chegam à escola com o estômago vazio e regressam a casa sem garantia de uma refeição. Em zonas de conflito, como Gaza, Sudão ou Iémen, a fome já foi classificada como “catástrofe”, traduzindo-se em milhares de mortes silenciosas, raramente mediáticas, mas devastadoras.

Este cenário contrasta violentamente com o que se passa nas sociedades desenvolvidas. Aqui, o problema não é a escassez, mas sim o excesso e o desperdício. Estima-se que um terço dos alimentos produzidos globalmente nunca seja consumido. Basta olhar para o nosso dia a dia: prateleiras cheias em supermercados, fruta descartada por imperfeições estéticas, refeições preparadas que expiram nas vitrinas e toneladas de sobras que nunca chegam a quem precisa. O desperdício é banalizado, invisível pela abundância, mas carrega consigo uma responsabilidade ética inegável.

A Direção-Geral da Saúde e outras entidades sublinham a importância de uma alimentação equilibrada, diversificada e sustentável, como parte essencial da saúde pública e da mitigação das alterações climáticas. Estas preocupações são legítimas e urgentes, precisamos de reconfigurar os nossos sistemas agroalimentares para produzir de forma mais eficiente, reduzir o impacto ambiental e proteger o futuro das próximas gerações. No entanto, não podemos cair na armadilha de acreditar que sustentabilidade é apenas um conceito associado à ecologia. Não existe sustentabilidade num mundo onde a fome persiste e mata.

O futuro da alimentação decide-se em várias frentes. Nos países mais desenvolvidos, passa por políticas de incentivo à produção local, educação alimentar e combate ao desperdício. Nos países menos desenvolvidos, exigem-se estratégias estruturais de combate à fome, reforço da agricultura familiar, acesso equitativo a mercados e apoio humanitário consistente. É urgente reconhecer que a alimentação saudável e a luta contra a fome fazem parte de um mesmo compromisso global.

Evocar o Dia Mundial da Alimentação deve servir para interpelar consciências. Não basta multiplicar campanhas sobre dietas equilibradas se não denunciarmos também a injustiça gritante de um planeta onde alguns contam calorias, enquanto outros contam migalhas. Cada cidadão pode ser parte da solução, reduzindo o desperdício em casa, valorizando os produtores locais, apoiando projetos solidários e exigindo aos decisores políticos que a fome seja tratada como prioridade absoluta da agenda internacional.

Entre o desperdício e a fome, ergue-se o maior paradoxo do nosso tempo. Como pode a humanidade, em pleno século XXI, ainda não ser capaz de garantir a todos o mais básico dos direitos, o direito a alimentar-se com dignidade.

Autor

Luís Miguel Condeço

Professor na Escola Superior de Saúde de Viseu

Município de Celorico da Beira foi distinguido com o Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros

Recentemente, o município de Celorico da Beira foi distinguido com o Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros, numa cerimónia realizada , no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, que contou com a presença do Secretário de Estado da Administração Local, Silvério Regalado, entre outras personalidades, por parte do município celoricense, esteve a vice-presidente , Teresa Cardoso e ainda a Técnica Sofia.
A sexta edição do “Prémio Autarquia do Ano” é uma iniciativa do Jornal ECO, com o apoio do Grupo Mosqueteiro, que visa reconhecer, valorizar e distinguir os Municípios e as Freguesias que se evidenciaram nas mais diversas áreas de intervenção, pelas suas iniciativas e práticas inovadoras de gestão rigorosa do interesse público.
Os projetos candidatados foram sujeitos à avaliação de um júri, constituído por personalidades da sociedade civil, que os apreciou, selecionando os projetos que melhor serviram o interesse público, para atribuição do galardão.
Neste contexto, o município Celorico da Beira foi distinguido, mais uma vez, a nível nacional, com a atribuição deste prémio, pelo trabalho desenvolvido na área da “Saúde e Bem-estar”.

Cruz Vermelha assinala o Mês da Saúde Mental

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinala o Mês da Saúde Mental reforçando as iniciativas que implementa junto da população para promover o bem-estar emocional das pessoas e das comunidades.
Num contexto social cada vez mais exigente, a saúde mental tornou-se uma prioridade transversal da ação humanitária da CVP, presente em todas as fases da vida e em múltiplas respostas: da infância à idade sénior, do apoio individual à intervenção comunitária, passando por programas de capacitação e inclusão social.
De norte a sul do país, a CVP está no terreno, próxima das comunidades e das suas realidades. A saúde mental cruza-se diariamente com o trabalho das equipas: nas escolas, nas respostas sociais, nos programas de emergência e nos projetos de reintegração e envelhecimento ativo.
Com mais de uma centena de técnicos que integram equipas multidisciplinares capacitadas para ouvir, acompanhar e apoiar pessoas em diferentes momentos da vida, promovendo competências pessoais e sociais, autonomia e bem-estar, através de ações como:
Projeto EU4Health, iniciativa financiada pela União Europeia e coordenada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, capacitou profissionais e voluntários de diferentes organizações, nomeadamente a comunidade escolar, em Primeiros Socorros Psicológicos, reforçando a resposta junto das pessoas deslocadas pelos conflitos na Ucrânia. Deste projeto, resultou o Guia de Etiqueta em Saúde Mental – recurso gratuito que oferece orientações práticas sobre como ouvir, apoiar e cuidar emocionalmente dos outros com respeito e empatia.
Projetos comunitários e de inclusão social, que combinam apoio psicossocial, dinâmicas de grupo, atividades recreativas e ações de prevenção, promovendo autonomia, equilíbrio emocional e coesão social.
Intervenção em contexto de crise e catástrofe, com programas de recuperação emocional e sessões de grupo após incêndios e outras emergências, garantindo o acompanhamento das populações afetadas e dos operacionais envolvidos.
Programas educativos e didáticos, que ajudam as crianças a identificar sentimentos, gerir emoções, desenvolver empatia e aprender a cuidar da própria saúde mental.
Apoio psicológico e terapia acessível através de parcerias locais com municípios, serviços de saúde e escolas, assegurando o acompanhamento individualizado de crianças, jovens, adultos e seniores em situação de vulnerabilidade.
Projetos de envelhecimento ativo, com atividades de estimulação cognitiva, expressão artística, grupos de partilha e sessões de sensibilização que promovem o bem-estar e a inclusão de idosos que, na sua grande maioria, se encontram isolados por razões geográficas, de saúde ou familiares.
Serviço de Teleassistência, um dispositivo simples que garante companhia, segurança e resposta imediata a quem vive sozinho ou em situação de maior vulnerabilidade. Através deste serviço, a CVP assegura não só monitorização e contacto permanente, mas também um sentido de presença e tranquilidade que faz toda a diferença na vida de quem é acompanhado.
Apoio especializado a pessoas em situação de exclusão ou sem-abrigo, com acompanhamento técnico, psicológico e psiquiátrico, favorecendo a estabilização emocional e a reintegração social.
A CVP tem também vindo a integrar soluções digitais e tecnológicas nos seus programas de promoção da saúde mental, para chegar mais longe e a mais pessoas. Campanhas online, vídeos interativos e materiais pedagógicos digitais tornam o tema mais acessível, natural e próximo: porque falar de saúde mental deve ser simples, seguro e possível em qualquer contexto.
António Saraiva, Presidente Nacional da CVP destaca: “Vivemos tempos exigentes, em que a solidão pesa mais e as vulnerabilidades se tornam mais visíveis. É nestes momentos que a presença da Cruz Vermelha faz a diferença. A saúde mental é parte deste compromisso. É estar ao lado das pessoas, nos dias em que o silêncio é mais pesado, nas horas em que o medo aperta, nas fases em que o futuro parece distante. Somos uma resposta de proximidade, que nasce do encontro humano, da empatia e da convicção de que cuidar é o gesto mais transformador que podemos oferecer.”
Consciente do impacto da saúde mental junto da população, a CVP vai, através das suas Escolas Superiores, organizar o Congresso Nacional de Saúde Mental, a realizar-se no dia 31 de outubro, em formato online e de acesso gratuito. O encontro reunirá especialistas, profissionais e comunidade académica para refletir sobre os desafios atuais e futuros da saúde mental, sublinhando a importância de integrar este tema em todas as respostas humanitárias e sociais.

Saúde – Artigo de opinião- Vitamina B12 revelou-se um suporte essencial na gestão da dor neuropática

Dor neuropática é debilitante e afeta até 10% da população mundial

A dor neuropática é uma condição debilitante que afeta entre 6,9% e 10% da população geral[1], resultante de lesões ou disfunções no sistema nervoso. Trata-se de um dos maiores desafios clínicos na prática médica, com impacto significativo na qualidade de vida dos doentes. Apesar da sua complexidade, cresce a evidência científica que aponta para o papel fundamental da vitamina B12 no apoio à saúde neurológica e no alívio da dor[2]. Num contexto clínico cada vez mais atento aos fatores nutricionais como moduladores da dor, a vitamina B12 assume um papel central na abordagem multidisciplinar da dor neuropática.

A vitamina B12 é essencial para funções vitais do organismo, incluindo a produção de glóbulos vermelhos, a síntese de ADN (ácido desoxirribonucleico) e a manutenção da integridade do sistema nervoso[3]. A sua ligação à dor neuropática deve-se sobretudo ao papel central na produção de mielina – a camada protetora que envolve os nervos e assegura a correta transmissão dos impulsos nervosos. Quando os níveis de vitamina B12 são insuficientes, os nervos ficam mais expostos e vulneráveis a transmitir sinais de dor de forma anómala. Além disso, o défice pode desencadear processos inflamatórios e oxidativos que agravam os sintomas.

A deficiência desta vitamina pode, entre outros, manifestar-se em sinais como fadiga, alterações cognitivas, perturbações do humor e dor persistente. Está também associada ao aumento da homocisteína, um marcador inflamatório associado ao risco cardiovascular e neurológico, e à redução da produção de mielina, o que conduz a disfunções neurológicas, hiperexcitação do sistema nervoso e agravamento da dor. Se não for corrigido, o défice está também frequentemente associado a complicações mais graves, incluindo síndromes demenciais[4].

Por ser um fator corrigível, a suplementação com vitamina B12 representa uma oportunidade relevante no tratamento da dor neuropática. Estudos clínicos[5] demonstram que a administração desta vitamina pode regenerar fibras nervosas, reduzir a inflamação e aliviar a dor em diferentes condições, como neuropatia diabética, nevralgia do trigémio e dor lombar crónica. Num ensaio randomizado com doentes com lombalgia, a suplementação intramuscular reduziu em 87% a dor e em 82% a incapacidade funcional[6]. Adicionalmente, a vitamina B12 demonstrou propriedades anti-inflamatórias semelhantes às dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)4, promovendo analgesia de forma segura.

Segundo o Dr. Raul Marques Pereira, coordenador do Grupo de Estudos de Dor da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), “A vitamina B12 é essencial para a síntese de mielina e regeneração axonal, protegendo os nervos de danos. Atua na redução da homocisteína e modula neurotransmissores, contribuindo para o alívio da dor neuropática. A sua suplementação tem um efeito importante na função nervosa e na redução dos sintomas de neuropatia.”

A literatura científica sugere ainda que a vitamina B12 pode ter um efeito sinérgico quando associada a outras terapêuticas, como antidepressivos ou analgésicos opioides, aumentando a eficácia global do tratamento e permitindo reduzir doses elevadas dessas terapias. Além disso, a administração intramuscular tem-se mostrado segura, com efeitos adversos mínimos (como dor ou hematoma no local da injeção), reforçando a sua utilidade clínica quando bem indicada.[7].

O Dr. Raul Marques Pereira acrescenta ainda que “A vitamina B12 mostra maior eficácia em neuropatia causada por compressão nervosa, neuropatia diabética, pós-herpética e induzida por quimioterapia, especialmente com suplementação através de formas ativas de B12.”

Embora muitas vezes lembrada apenas pelo seu papel no metabolismo e na energia, a vitamina B12 desempenha um papel decisivo na integridade do sistema nervoso. O reconhecimento da sua importância, aliado a estratégias de diagnóstico precoce e suplementação adequada, pode tornar-se um passo fundamental no combate à dor neuropática e na melhoria da qualidade de vida dos doentes.

fonte:Recordati foto:DR

 

Clan – Dia Mundial da Saúde Mental: 5 estratégias para estimular o bem-estar corporativo

A saúde mental, que durante muito tempo foi um tema tabu, tornou-se num dos pilares estratégicos fundamentais para o sucesso corporativo. Num mundo empresarial em que se exige agilidade e eficácia, a gestão de pessoas requer, por sua vez, uma abordagem cada vez mais humanizada. Assim, a forma como a liderança aborda e integra o bem-estar mental é crucial para que os colaboradores se sintam verdadeiramente valorizados, sendo também a base para a construção de equipas produtivas e confiantes, capazes de corresponder às expectativas das empresas.

Neste dia 10 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Saúde Mental, uma data crucial para refletir sobre os benefícios de criar ambientes de trabalho que fomentem o equilíbrio e a entreajuda.

Nesse sentido, o Clan, empresa com mais de 30 anos de experiência no setor dos recursos humanos, apresenta 5 estratégias que pretendem ajudar as empresas a contribuir para o bem-estar das suas equipas.

1. Comunicar abertamente

É fundamental que cada pessoa se sinta à vontade para partilhar os seus problemas, pensamentos e angústias. Promover atividades e sessões de sensibilização ao longo do ano ajuda a criar um espaço seguro onde as pessoas tenham vontade de partilhar as suas experiências. É importante mostrar que a empresa está atenta e que as pessoas são uma das suas grandes prioridades.

2. Promover a desconexão

Promover ativamente pequenas pausas ao longo do dia é uma estratégia fundamental para o bem-estar e o equilíbrio das equipas. Ao acompanhar os colaboradores nesses momentos, cria-se uma oportunidade valiosa para, de forma informal, avaliar o seu estado de espírito e perceber se necessitam de apoio. Por vezes, uma breve pausa de apenas dois minutos fora do ambiente de trabalho é suficiente para renovar a energia e a concentração.

3. Promover o equilíbrio entre vida profissional e familiar

Ajudar as equipas a encontrar um equilíbrio saudável entre as responsabilidades profissionais e a vida pessoal é um dos maiores contributos que a empresa pode dar para a saúde mental. O objetivo deve ser capacitar os colaboradores com ferramentas e flexibilidade. Isto pode incluir desde horários mais flexíveis até à promoção de políticas claras sobre comunicação fora do horário de trabalho. Incentivar a partilha de estratégias bem-sucedidas entre colegas pode criar uma cultura de apoio mútuo, onde o equilíbrio é visto como um objetivo comum e alcançável.

4. Oferecer programas de bem-estar

Para alguns profissionais, lidar com desafios de saúde mental pode ser um grande obstáculo. Muitas vezes, a sobrecarga do dia a dia, dentro e fora do trabalho, impede-os de sequer considerar o seu próprio bem-estar, e operam num piloto automático exaustivo. O papel da liderança é facilitar o acesso a ajuda, por exemplo, criando parcerias com profissionais de saúde mental, para acompanhar as equipas. As empresas devem investir os seus recursos não só em formações de hard skills, mas também na preservação do bem-estar dos seus colaboradores.

5. Reconhecer e valorizar

Demonstrar apreço pelas equipas é um elemento-chave na sua motivação. Agradecer as pequenas conquistas do dia a dia pode fazer toda a diferença. Nesse sentido, a implementação de sessões de feedback regulares e construtivas pode ser crucial, pois reforça o reconhecimento e promove o desenvolvimento contínuo e o alinhamento de expectativas.

Por :Clan /foto:Sima

Med On Tour passa por Figueira Castelo Rodrigo

Deste modo, nos próximos dias 26 e 28 de setembro, o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo vai receber o Med On Tour, um projeto de intervenção e sensibilização na área da saúde, desenvolvido por estudantes de medicina, que percorre diversas localidades do país, com o objetivo de promover rastreios e ações de formação e esclarecimento em escolas, lares e junto das comunidades. O Med On Tour realiza avaliação de risco contra fatores cardiovasculares em aldeias e vilas do norte e centro de Portugal, capacitando estudantes de medicina ao aplicar seus conhecimentos na prática.
A iniciativa promove o desenvolvimento de um olhar crítico sobre as desigualdades em saúde e a responsabilidade social. Além dos rastreios, palestras de literacia em saúde educam comunidades vulneráveis, ajudando-as a tomar decisões informadas sobre sua saúde.

Por:MFCR/MOT

III Jornadas de Urologia da Beira Interior em Seia

Após o assinalável sucesso científico e o impacto positivo das duas primeiras edições, a Unidade de Urologia da ULS Guarda volta a  realizar  III Jornadas de Urologia da Beira Interior, que terão lugar nos dias 23 e 24 de outubro de 2025, no Auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia.
O programa incluirá a abordagem de múltiplos temas relevantes da Urologia, dirigidos a profissionais de saúde e estudantes da área. Pretende-se, com este encontro, promover a melhoria contínua dos cuidados urológicos na região e fortalecer a colaboração entre os vários intervenientes na prestação de cuidados de saúde.
Destacamos ainda os Workshops Urológicos que se realizarão dia 23 Outubro entre as 16h30 e 19h30.
𝗪𝗼𝗿𝗸𝘀𝗵𝗼𝗽 𝟭
Abordagem do doente com patologia prostática
Público-alvo: médicos e estudantes de medicina
𝗪𝗼𝗿𝗸𝘀𝗵𝗼𝗽 𝟮
Diagnóstico e tratamento da incontinência urinária feminina e masculina
Público-alvo: médicos e estudantes de medicina
𝗪𝗼𝗿𝗸𝘀𝗵𝗼𝗽 𝟯
Incontinência urinária: da avaliação à intervenção cirúrgica e reabilitação.
Público-alvo: enfermeiros, fisioterapeutas e estudantes de enfermagem/fisioterapia
Esperam contar com a presença de profissionais e estudantes de diferentes áreas da Medicina — médicos de Medicina Geral e Familiar, especialistas de outras áreas médicas e cirúrgicas, enfermeiros, bem como todos os interessados no desenvolvimento da Urologia.
Link para inscrição: https://forms.office.com/e/0mzH4u82hx até dia 25 de setembro.
Fonte:ULSG