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Webinar  intitulado: “AVC em Portugal: o que dizem os dados?”

Vai decorrer um webinar  intitulado: “AVC em Portugal: o que dizem os dados?”, uma iniciativa com o patrocínio da Astrazeneca. Será nesta quarta-feira, dia 20 de novembro, entre as 17h30 e as 18h30.

A sessão contará com a presença do Prof. Vítor Tedim Cruz, presidente da Direção da SPAVC, para a abertura e contextualização, seguindo-se duas apresentações com dados inéditos: o Dr. Miguel Rodrigues, com o tema “O custo de tratar o AVC em Portugal”; e a Dr.ª Elisa Campos Costa, para comunicar os novos resultados do estudo PANORAMA-AVC. 💡

Artigo opinião-Hipertensão arterial: combater o “assassino silencioso” é mais importante do que nunca

O aumento da esperança média de vida, inegavelmente uma das maiores concretizações da sociedade moderna, trouxe o inevitável preço do aumento das doenças neurológicas associadas à idade, onde se inclui o acidente vascular cerebral (AVC), uma doença que,
para além de elevada mortalidade, se associa a incapacidade funcional e dependência.

A pressão arterial pode ser definida como a força que o sangue exerce na parede das artérias. A hipertensão arterial (HTA) ocorre quando o fluxo sanguíneo exerce demasiada “força” ou pressão nas artérias. Define-se pelo registo de valores, para a pressão arterial sistólica, superiores ou iguais a 140 mmHg e/ou para a pressão arterial diastólica, superiores ou iguais a 90 mmHg, em mais do que uma avaliação. A longo prazo, pode causar pequenas lesões nas artérias resultando em zonas de maior fragilidade que podem sofrer rotura e resultar numa hemorragia intracerebral, assim
como promover a formação de placas de aterosclerose ou mesmo a formação de coágulos sanguíneos. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a HTA
afeta cerca de 40% da população adulta. Destes, menos de metade está medicada com medicamentos anti-hipertensores e estima-se que só cerca de 11% tenham a HTA
controlada. Ler Mais »

Nova terapêutica para acidentes vasculares cerebrais (AVC

Um projeto de investigação conduzido pela Universidade de Coimbra (UC), pela Universidade da Beira Interior (UBI) e pela Stemlab (detentora da Crioestaminal) vai receber 150 mil euros para o desenvolvimento de uma nova terapêutica para acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquémicos a partir de células estaminais. Com esta investigação, a equipa pretende trazer novas respostas para os constrangimentos no acesso a tratamentos para este problema de saúde.

Apoiado pela Fundação “la Caixa” – no âmbito do concurso Promove, realizado em colaboração com o BPI e em parceria Fundação para a Ciência e a Tecnologia –, o projeto REPAIR – Reparar e Recuperar no AVC isquémico: novas estratégias de terapia celular vai estar em curso durante três anos, “unindo esforços entre a academia e a indústria para a utilização de terapia celular e a sua modelação por exposição a atmosfera de hipóxia, isto é níveis de oxigénio mais baixos do que os normalmente aplicados em condições laboratoriais”, explica o investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC), Bruno Manadas.

O AVC isquémico ocorre quando o fluxo de sangue no cérebro é reduzido ou interrompido, afetando as células cerebrais, que deixam de funcionar normalmente por causa da falta de oxigénio e de nutrientes.

Este novo tratamento que está a ser desenvolvido pela equipa do REPAIR baseia-se na administração de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical, ou o seu secretoma, na fase pós-aguda do AVC isquémico (fase a seguir ao período crítico, quando deve ser implementado o tratamento). Estas abordagens têm revelado enorme potencial terapêutico em várias doenças graves em modelos pré-clínicos e, no caso do AVC isquémico, podem ser determinantes para “a modulação parácrina dos processos inflamatórios e neuroproteção, elementos cruciais para a redução das perdas de capacidades e aceleração do processo de recuperação funcional”, elucida Bruno Manadas.

Integram também a equipa do projeto REPAIR o investigador do CNC-UC e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, Carlos Duarte; a docente e investigadora da UBI, Graça Baltazar; e a responsável de Investigação e Desenvolvimento da Crioestaminal, Carla Cardoso.

O projeto conta ainda com a colaboração do diretor da Unidade de Investigação Neurovascular da Universidade Complutense de Madrid, Ignacio Lizasoain.

Artigo opinião-Dia Mundial do AVC: Um alerta para a luta contra as Doenças Cerebrovasculares

Em Portugal, o acidente vascular cerebral (AVC) permanece como a principal causa de morte e incapacidade em adultos. Contudo, devemos sublinhar uma mensagem de esperança: o AVC é prevenível e tratável. Esta dualidade da doença – o seu potencial devastador, mas também a promessa de prevenção e recuperação – realça a urgência e importância de desenvolver estratégias que possam minimizar o impacto do AVC no nosso país.

O Dia Mundial do AVC, que se assinala a 29 de outubro, não deve ser apenas uma data no calendário, mas uma oportunidade para reflexão e mobilização. Estima-se que uma em cada quatro pessoas sofrerá um AVC ao longo da vida. Dados recentes do estudo internacional “Global Burden of Disease” indicam que o número global de mortes por AVC isquémico subiu de 2,04 milhões em 1990 para 3,29 milhões em 2019, sendo previsto que este valor cresça para 4,90 milhões até 2030. No entanto, cerca de 90% destes episódios poderiam ser evitados com o controlo de fatores de risco vascular, tais como hipertensão, excesso de peso, elevação do colesterol, diabetes mellitus, tabagismo e sedentarismo. Deste modo, reconhecer e controlar estes fatores de risco deve ser o primeiro passo para a prevenção deste flagelo em termos de saúde pública.

Entretanto, a par com a prevenção, é crucial lutar também pela eficácia do tratamento. Uma resposta rápida e adequada a um evento vascular cerebral pode significar a diferença entre a recuperação e a incapacidade permanente. Por isso, é também imperativo que toda a população reconheça os sinais de um AVC, conhecidos como “os 3F”: “Face” (se ao sorrir há uma assimetria da boca), “Força” (se ao tentar levantar os braços um deles descai ou não se move) e “Fala” (se não consegue falar ou o discurso está arrastado). Ao identificar uma destas queixas, é fundamental ligar de imediato para o 112. Os avanços no tratamento do AVC, incluindo a implementação da "Via Verde do AVC", transformaram o prognóstico desta doença. No entanto, o sucesso destes tratamentos reduz-se com o tempo, tornando crucial o reconhecimento imediato dos sinais sugestivos de AVC e a ativação dos serviços de emergência, com pré-notificação e encaminhamento para o hospital que se encontra mais bem preparado para receber cada caso específico.

Assim, e nesta ocasião, devemos recordar que a batalha contra as doenças cerebrovasculares não é apenas uma questão médica, mas uma questão de saúde pública. Por isso, a nossa abordagem deve ser abrangente, envolvendo profissionais de saúde, educadores, decisores políticos e, sobretudo, todos os cidadãos.

Juntos, podemos reconfigurar a epidemiologia do AVC e construir um futuro mais saudável.

Prof.ª Diana Aguiar de Sousa
Neurologista
Membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC)

APDP alerta: Diabetes aumenta risco de Acidente Vascular Cerebral

A propósito do Dia Mundial do AVC, assinalado anualmente a 29 de outubro, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para a perigosa interação entre a Diabetes e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Pessoas com diabetes têm um risco duas vezes maior de virem a sofrer um AVC face à população em geral.

Em Portugal, estima-se que a Diabetes afete 14,1% da população entre os 20 e os 79 anos, sendo que o AVC continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. O risco de desenvolver AVC ou outras complicações associadas à diabetes diminui consideravelmente quando há um controlo adequado da glicemia e de outros fatores de risco cardiovasculares.

“De forma simplificada, a diabetes caracteriza-se por uma alteração do metabolismo que leva à redução da produção de insulina ou uma insulinorresistência periférica, que leva à elevação da glicemia. Associa-se frequentemente a outras alterações, como é o caso da obesidade, hipertensão e dislipidemia. Com o passar do tempo, esse excesso de açúcar em circulação poderá contribuir para a criação de depósitos de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos e formação e crescimentos de placas. Este processo é designado por aterosclerose e pode levar à formação de trombos, que causam obstrução nos vasos. Ao impedirem a normal passagem de sangue, podem então levar ao AVC ou outras complicações, como o enfarte do miocárdio.”, explica Pedro Matos, cardiologista da APDP.

A diabetes é um conhecido e importante fator de risco para complicações cardiovasculares, como é o caso do AVC, que pode ser isquémico (quando o fluxo de sangue num vaso é interrompido) ou hemorrágico (quando ocorre uma hemorragia cerebral por rotura de um vaso).

“A Diabetes não é, ainda assim, o único fator que merece preocupação. Quanto mais fatores de risco, como todos os relacionados com o estilo de vida, uma pessoa tiver, maior será a probabilidade de vir a sofrer um AVC. Além disto, alguns dos fatores que deve controlar para prevenir um AVC são igualmente importantes para o controlo da diabetes.”, relembra o cardiologista.

Fatores como história de Acidente Isquémico Transitório (AIT), quando o acidente dura apenas entre alguns minutos e poucas horas, idade, tensão arterial, tabagismo, obesidade, colesterol e sedentarismo potenciam a ocorrência de um AVC. E também são fatores a ter em conta na gestão da diabetes.

Apesar de alguns serem não modificáveis (como a idade, o sexo ou a história familiar), a grande maioria são fatores passíveis de alteração ou controlo, através da adoção de hábitos mais saudáveis ou até do cumprimento da medicação prescrita pelo médico (por exemplo, para a diabetes, a hipertensão arterial ou o colesterol alto).

Em caso de sintomas que o façam suspeitar de um AVC, os mais típicos são a dificuldade em falar, a falta de força num braço e a face descaída, deve ligar de imediato para o 112.

 

Mais de quatro centenas de doentes com AVC foram assistidos na ULS Guarda no último ano

Dia Nacional do Doente com AVC
Assim no último ano foram assistidos na ULS da Guarda 420 doentes com AVC, deste total só em um quarto foi ativada a Via Verde do AVC, são os dados da ULSGuarda, neste dia nacional do doente com AVC.
Seundo nota da ULS Guarda:”Recorde-se que estão envolvidos no tratamento e diagnóstico do doente com AVC os serviços de Urgência, Medicina Interna, Cardiologia, Imagiologia, Neurologia, Fisiatría, Patologia Clínica, Psiquiatria e Nutrição .Este dia visa chamar a atenção da população geral para a realidade do Acidente Vascular Cerebral em Portugal e sensibilizar toda a sociedade para as medidas que se podem e devem tomar para o evitar”.
A ULS da Guarda registou 92 casos de AVC’s encaminhados para a Via Verde de AVC’s, foram mais quatro casos comparativamente ao ano anterior, em que se contabilizaram 88 casos.
Pela Unidade de Internamento de AVC’s foram contabilizados no último ano 250 doentes, mais 10 que em 2019.

ULS Guarda com atividades no Dia do Doente com AVC

O Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi instituído no ano de 2003, a 31 de março, com o objetivo de sensibilizar a população para a realidade da doença em Portugal e promover a melhoria das práticas profissionais de saúde, incentivando uma dinâmica que conduza a novas atitudes.
A Unidade Local de Saúde da Guarda assinala esta data com um conjunto de actividades que decorrerão no Hospital Sousa Martins e no Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia. No dia 1 de abril de 2019, pelas 14h 30m vai ser levada a cabo uma ação de sensibilização para utentes e profissionais de saúde no Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia.
Na terça-feira, 02 de abril, das 10h e até às 17h decorrerá um rastreio no átrio do edifício da Consulta Externa da ULS do HSM, aonde estará também patente uma exposição alusiva à prevenção do AVC.

Por:ULSG

Artigo de opinião–A Terapia da Fala na Reabilitação do AVC

artigo opiniao terapia da falaO AVC é uma das principais causas de morte em Portugal, acarretando consequências devastadoras na própria pessoa e nos familiares. No geral, a pessoa apresenta sequelas devido à lesão cerebral, que vão variar de acordo com a zona do cérebro afetada, gravidade da lesão e da própria saúde no momento em que ocorre o AVC. O estilo de vida sedentário, bem como a hipertensão arterial são fatores de risco para a ocorrência de um AVC.

Leia o restante artigo na nossa edição em papel de 30 de abril