Um incêndio rural que deflagrou ontem em Cinco Vilas, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, alastrou ao concelho vizinho de Pinhel, atingindo a área de rewilding do Ermo das Águias, gerida pela Rewilding Portugal. O fogo consumiu cerca de 300 hectares de vegetação, incluindo zonas em processo de restauro ecológico.
Apesar da extensão do incêndio, todos os animais que habitam a área encontram-se em segurança, incluindo as várias manadas de cavalos Sorraia e a manada de Tauros que contribuem para a gestão natural do território. A equipa da Rewilding Portugal esteve no terreno desde o início, a colaborar com os bombeiros e as autoridades locais, garantindo a proteção da fauna e prestando apoio nos esforços de combate às chamas, com meios humanos e materiais.
O ano de 2025 está já a ser descrito como um dos piores de sempre em matéria de incêndios rurais em Portugal, apenas comparável a 2017. Dados do Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (EFFIS) indicam que mais de 216 mil hectares arderam desde janeiro, correspondendo a 2,35% do território nacional, colocando Portugal no topo da lista europeia de área ardida. Para além do impacto direto no Ermo das Águias, muitos parceiros da Rewilding Portugal foram também afetados, incluindo apicultores, agricultores e outras iniciativas locais, com perdas significativas em terrenos, apiários, sistemas de rega, maquinaria e plantações. Ler Mais »
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Cruz Vermelha Portuguesa intensifica apoio às populações afetadas pelos incêndios
Zonas de Concentração e Apoio à População ativadas em Coja (Arganil) e Oliveira do Hospital
Unidades Rest Space acionadas em Ponte da Barca e Sabrosa (Vila Real) receberam cerca de 600 operacionais
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), em estreita colaboração com as autoridades e agentes de proteção civil, tem estado no terreno a apoiar as operações de resposta aos incêndios que afetam todo o país, tendo mobilizado mais de 250 operacionais, perto de 30 elementos de logística, apoiados por 50 viaturas de logística.
Atualmente, há operacionais da CVP destacados nos incêndios de Vila Real, Trancoso, Sátão e Piódão. Neste último, a CVP apoia, também, através da Equipa de Drones, que permite a transmissão de imagens visuais e térmicas para o Posto de Comando, permitindo um melhor apoio à decisão.
Na Vila de Coja (Arganil), e em Oliveira do Hospital foram ativadas Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP). Trata-se de uma resposta de emergência em locais com incêndios ativos, que garante abrigo, alimentação e cuidados básicos a quem, por questões de segurança, teve de deixar temporariamente as suas habitações.
As ZCAP são compostas por uma zona de chegada, zona de primeiros socorros (com socorrista em permanência), zona de famílias (zona de lazer para as crianças), zona de refeições e zona de dormitório, onde além da cama de campanha, é distribuído um kit por pessoa composto por toalha, lençol, material de higiene para 72 horas.
A Cruz Vermelha mantém uma cooperação ativa com os Serviços Municipais de Proteção Civil na avaliação de necessidades e otimização de respostas de apoio direto à comunidade e população.
Diocese da Guarda – Nota Episcopal sobre os incêndios no Concelho de Trancoso e outras localidades
Assim, a diocese da Guarda emitiu uma Nota Episcopal, pelo seu Bispo, D.José Pereira referindo: Face aos incêndios que, nos últimos dias, têm atingido diversas localidades do Concelho de Trancoso e outras zonas da Diocese da Guarda, D. José Pereira dirigiu uma mensagem de proximidade, oração e apelo à solidariedade. O Bispo da Guarda manifesta o seu apoio às populações afetadas, aos bombeiros e a todos os que combatem as chamas, recordando também a necessidade urgente de reforçar as medidas de prevenção..
” Pela informação amplamente difundida na comunicação social, e pela informação que recebi no contacto que estabeleci com os respectivos párocos, levanto a Deus uma oração em favor das populações do Concelho de Trancoso mais fustigadas pelos incêndios: Aldeia Velha, Castaíde, Castanheira, Courelas, Fiães, Freches, Golfar, Miguel Choco, Moreira de Rei, Rio de Mel, Rio de Moinhos, Sintrão, Venda do Cepo…
Manifesto a minha proximidade, e confiança nos nossos Bombeiros para quem suplico a assistência de Deus, a fortaleza, e a colaboração das populações.
Na mesma súplica envolvo a população do Pereiro, na freguesia do Sobral de São Miguel, concelho da Covilhã, e os Bombeiros envolvidos no combate às chamas, assim como todos os que estão envolvidos no combate aos incêndios por todo o país.
Uma referência também para quem esteve em sobressalto no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, nos dias anteriores, felizmente hoje já superado.
Deus permita que, após as operações de combate, se possa avançar mais decididamente nas operações de prevenção.”
10 de agosto de 2025
D. José Pereira, Bispo da Guarda
Foto:Diocese da Guarda
Luís Montenegro, primeiro-ministro anunciou em Penalva do Castelo primeiros apoios financeiros aos agricultores
Penalva do Castelo recebeu a visita do Primeiro-ministro, Luís Montenegro, nesta sexta-feira, para anunciar os primeiros apoios financeiros aos agricultores afetados pelos incêndios que decorreram no passado mês de setembro.
Na cerimónia que decorreu no salão nobre do edifício municipal, com a presença do Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, o Secretário de Estado das Florestas, a Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, entre outras entidades .
Fonte:MPC
GNR Guarda – Celorico da Beira – Constituído arguido por incêndio florestal
O Comando Territorial da Guarda, através do Posto Territorial de Celorico da Beira, constituiu arguido um homem de 49 anos, por incêndio florestal, no concelho de Celorico da Beira.
Na sequência de um alerta de incêndio, os militares da Guarda apuraram que o foco de incêndio teve origem num grelhador que em combinação com as altas temperaturas que se faziam sentir na altura, deram origem à ignição dos combustíveis finos existentes no terreno, tendo consumido cerca de 0,001 hectares de mato.
O indivíduo foi constituído arguido, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Celorico da Beira.
Esta ação contou com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira.
A GNR relembra que:
- As queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal;
- A realização de queimadas, de queima de amontoados e de fogueiras é interdita sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural «muito elevado» ou «máximo», estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos;
- Para evitar acidentes siga as regras de segurança, esteja sempre acompanhado e leve consigo o telemóvel.
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção ambiental e dos animais. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.
Alerta para risco de incêndios
A manutenção do risco de incêndio rural,conduz aos Ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna, do Ambiente e da Ação Climática e da Agricultura determinarem o prolongamento da Situação de Alerta em 14 distritos do Continente.
A Situação de Alerta, prolonga-se agora até às 23h59 horas de sexta-feira, dia 11 de setembro.
Os distritos abrangidos são os de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
A Declaração da Situação de Alerta decorreu da necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco de incêndio previsto pelo IPMA na maioria dos concelhos do continente nos próximos dias.
No âmbito da Declaração da Situação de Alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, estão em vigor as seguintes medidas de caráter excecional:
1) Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;
2) Proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração;
3) Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas nos distritos onde tenha sido declarado o Estado de Alerta Especial de Nível Laranja pela ANEPC;
4) Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais;
5) Proibição de realização de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.
A proibição não abrange:
1) Os trabalhos associados à alimentação e abeberamento de animais, ao tratamento fitossanitário ou de fertilização, regas, podas, colheita e transporte de culturas agrícolas, desde que as mesmas sejam de carácter essencial e inadiável e se desenvolvam em zonas de regadio ou desprovidas de florestas, matas ou materiais inflamáveis, e das quais não decorra perigo de ignição;
2) A extração de cortiça por métodos manuais e a extração (cresta) de mel, desde que realizada sem recurso a métodos de fumigação obtidos por material incandescente ou gerador de temperatura;
3) Os trabalhos de construção civil, desde que inadiáveis e que sejam adotadas as adequadas medidas de mitigação de risco de incêndio rural.
A Declaração da Situação de Alerta implica, entre outros aspetos:
A) A elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas, considerando-se para o efeito autorizada a interrupção da licença de férias e a suspensão de folgas e períodos de descanso;
B) O aumento do grau de prontidão e mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial, pelas entidades competentes das áreas da saúde e da segurança social, através da respetiva tutela;
C) A mobilização em permanência das equipas de Sapadores Florestais;
D) A mobilização em permanência do Corpo Nacional de Agentes Florestais e dos Vigilantes da Natureza que integram o dispositivo de prevenção e combate a incêndios, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P., através da respetiva tutela;
E) A realização pela GNR de ações de patrulhamento (vigilância) e fiscalização aérea através de meios da Força Aérea, nos distritos em estado de alerta especial do SIOPS, para o DECIR, incidindo nos locais sinalizados com um risco de incêndio muito elevado e máximo.
F) A dispensa de serviço ou a justificação das faltas dos trabalhadores, do setor público ou privado, que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário, salvo aqueles que desempenhem funções em serviço público de prestação de cuidados de saúde em situações de emergência, nomeadamente técnicos de emergência pré-hospitalar e enfermeiros do Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P., nas forças de segurança e na ANEPC.
A par da emissão de avisos à população pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil sobre o perigo de incêndio rural, a Força Aérea – através do Ministério da Defesa Nacional – tem disponibilizado os meios aéreos para, em caso de necessidade, estarem operacionais nos locais a determinar pela ANEPC.
Nova viatura da Freguesia de Queiriz para combate a incêndios
Face à grande onda de incêndio que anualmente assolam a região da Beira Interior , a Freguesia de Queiriz , liderada pelo Vítor Hugo, adquiriu para a Unidade de Proteção Civil , uma nova viatura que permite a prevenção e o combate aos incêndios que ocorrerem na localidade.
Trata-se de uma viatura pesada que permite ajudar numa primeira intervenção em caso de incêndios.
Incêndios ativos nos concelhos de Gouveia e Celorico da Beira
Ao longo do dia de hoje, um forte incêndio tem assolado o concelho de Gouveia, mais concretamente em Ribamondego , onde cerca de uma centena de operacionais e algumas dezenas de viaturas, onde ao fim da noite está em fase de resolução.
Já outro foco, surge na zona de Vila Cortês da Serra, com cerca de dezena e meia de operacionais e algumas viaturas.
Todos este calor e as noites com temperaturas elevadas contribuem para os incêndios deflagrarem.
PAN requer audição do MAI sobre as medidas de prevenção da época de incêndios florestais
Em comunicado, o PAN – Pessoas-Animais-Natureza anunciou que requereu uma audição urgente, por videoconferência, do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, com vista a apurar quais são as medidas e meios que estão previstos para preparar a época de maior risco de incêndios florestais, particularmente no atual exigente contexto de surto epidemiológico de Covid-19. Uma das preocupações do PAN prende-se com o facto de o Governo ter decidido adiar o prazo para que os proprietários procedam à limpeza dos terrenos, mas também com a necessidade de assegurar a melhor coordenação e gestão dos recursos humanos e materiais, de modo a que se possa garantir em simultâneo um combate eficaz à propagação da Covid-19 e aos incêndios florestais.
“Pretendemos com esta audição que o ministro da Administração Interna venha prestar ao Parlamento e aos cidadãos todos os esclarecimentos sobre como se está a preparar o país para prevenir épocas de incêndios com a gravidade como aquela a que, infelizmente, temos vivido nos últimos anos”, explica a líder parlamentar e deputada do PAN, Inês de Sousa Real. “A última coisa de que o país precisa neste momento é de duas crises em simultâneo: a Covid-19 e os incêndios”, remata.
O PAN pretende, por conseguinte, garantir que, tanto quanto possível, esteja definida atempadamente uma estratégia coerente e integrada, com uma clara definição de competências e dos meios atuantes no terreno na fase de prevenção e de combate aos fogos florestais, um flagelo, que no quadro das alterações climáticas, tem devastado, em particular nos anos mais recente, povoações, valores naturais e habitats com elevado estatuto de proteção, feito centenas de vítimas humanas e não-humanas.
No âmbito da Operação Floresta Segura 2020, a GNR registou 23.468 incumprimentos na limpeza de terrenos nas 1.124 freguesias prioritárias e instaurou 225 autos de contraordenação por queimadas e queimas de sobrantes, até ao passado dia 15 de março. Devido ao estado de emergência, e de acordo com esta fonte, encontram-se suspensas, desde 12 de março, as ações de sensibilização e todas as ações que impliquem a concentração de pessoas.
Em 2019, de acordo o último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que disponibiliza ainda apenas os dados provisórios – os quais ficam aquém dos números da GNR -, entre 1 de janeiro e 16 de outubro do ano passado, registaram-se 10.841 incêndios rurais que resultaram em 41.622 hectares (ha) de área ardida.
Operação de preventiva contra incêndios no concelho de Mangualde
Operação preventiva, enquadrada na execução do Plano Municipal de Defesa da Floresta, totaliza um investimento de cerca de 100 mil euros.
Com o objetivo de promover uma eficiente gestão florestal no concelho de Mangualde, a União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães, no âmbito da candidatura ao PDR2020, nomeadamente a Operação 8.1.3. Prevenção da Floresta contra Agentes Bióticos, tem em curso os trabalhos de execução da faixa de gestão de combustíveis da Rede Primária. Esta operação de silvicultura preventiva, enquadrada na execução do Plano Municipal de Defesa da Floresta, compreende uma área de aproximadamente 120 hectares e totaliza um investimento de cerca de 100 mil euros.
A Rede Primária contempla a criação de faixas de redução e/ou faixas de interrupção de combustível com uma largura não inferior a 125 metros, que criarão compartimentos de redução da carga combustível, contribuindo assim para a defesa da floresta e aglomerados populacionais contra os incêndios.
Neste momento encontram-se já executados cerca de 30 hectares, maioritariamente em áreas de matos. O Presidente da Câmara Municipal, Elísio Oliveira, o Vice-presidente, Rui Costa e o Presidente da U.F. de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães, Rui Valério, juntamente com os serviços técnicos do Gabinete Técnico Florestal e do Serviço Municipal de Proteção Civil realizaram uma visita esta manhã, dia 2 de março, ao terreno para se inteirarem dos trabalhos em curso.
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